quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Reveillon snob

Batatas fritas e caju, vinho tinto para ele, ice tea para mim, revezando episódios de Dexter com episódios de True Blood.

O Gabriel no meio.

Muito, muito acima de fogos de artifício e passas.

O melhor ano de sempre!

Lembram-se daquele joguinho

O Snake?



É o Gabriel cá dentro.Já deve ter bués pecinhas.

Às quatro da manhã

As dúvidas e medos podem tornar-se avassaladores.

Se me virar sobre o meu lado direito, sentirei uma mão quentinha na minha barriga. Se brincar com o anel que lá está, sei que vai ficar tudo bem.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Popota

Ando cada vez mais cansada, pois cada vez durmo menos. Um útero a 30 cm do osso púbico tem o seu preço na qualidade de sono.

A minha simpatia vai hoje para as pregnantes com emprego com horário pré-estipulado. Eu sempre posso, quando a natureza manda, encostar-me aqui na cadeirinha e passar pelas brasas.


Eu te anuncio nos sinos das catedrais

Alguém me disse um dia que esta canção era sobre Deus, mas para mim, hoje, é sobre o meu filho.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Mais um ataque de fome nocturno

Pelo andar da carruagem, sou eu que vou acordar o meu filho para que me dê de comer.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Maricotinha cara-de-pipoca

Na minha anterior e mui mal sucedida tentativa de blog, pus este post, que copio para cá para que não se perca mais um fragmento da mamãe.


Quando tinha aí uns quatro ou cinco anos, a minha mãe e todas as outras mães do infantário compraram o livro de cromos da turma da Mônica. Talvez fosse por ser algo made in Brazil, ou por não haver outros livros de cromo no mercado, mas a verdade é que todos nós o tínhamos. "Nós", salvo seja: Éramos mais chuchas e batatada no recreio, aquilo era um passatempo mais das mães do que outra coisa.
Não sei como era cá, mas no Brasil do início da década de 80 os cromos estavam longe de ser "distribuídos em quantidades iguais", como diz uma mensagenzinha que li num envelope da Panini outro dia. Havia uns bem difíceis.
Havia uns incrivelmente difíceis.

E havia a Maricotinha-Cara-de-Pipoca.

Não sei quem é a Maricotinha Cara-de-Pipoca, apenas me lembro que era da turma do Chico Bento. Procurei na net há pouco, não encontrei nenhuma ocorrência. A verdade é que também não havia quase nenhuma ocorrência da Maricotinha Cara-de-Pipoca nos envelopes de cromos. Andavam todas as mães do infantário à procura da dita cuja, mesmo na recta final da colecção. Estávamos todos penduradíssimos pelo raio do cromo. As progenitoras, essas, andavam cada vez mais ferozes, alertas, obstinadas.

E então, como num filme bom, o meu tio Lauro encontra o cromo. O mais engraçado é que, na altura, ele era um aborrescente de 14 ou 15 anos e não devia ligar a mínima à turma da Mônica. Ele devia ser mais... sei lá, não faço a menor ideia dos gostos do meu tio Lauro aos 15 anos, mas decerto não passava por bonecos. Sei que hoje é campeão de tiro e gosta de caçar. Mas adiante.

Eu não era a única sobrinha dele a fazer o álbum. A Sunny e a Luciana também andavam a fazê-lo. As três estavam penduradas pela Maricotinha Cara-de-Pipoca.

Mas, não sei porque carga d'água, o cromo veio para mim. Não faço a menor ideia do que terá a minha mãe lhe oferecido para que me desse a figurinha. Lembro-me, sim, de a minha mãe me puxar por um braço e saírmos as duas a correr para fora da casa da minha avó, feito criminosas desvairadas. Ao entrar no fusquinha, ela mostrou-me a Maricota e arrancou em disparada.

Não me lembro de ver o álbum completo. Não me lembro de mais nada além de a Sunny ter passado uns tempos com a burra amarrada e do ar triunfal da minha mãe no dia seguinte, quando me foi pôr ao infantário.

Bem, isto tudo para dizer que encontrei o álbum completo à venda no ebay. Por 75 reais!!! Gente, é um ABSURDO. Ou falsificaram o cromo da Maricotinha Cara-de-Pipoca ou a pessoa não faz a menor ideia do que tesouro que tem em mãos (Na verdade não deve ter, porque nem sequer sabe o ano da publicação do dito). Juro-vos, não conheço mais ninguém em Fortaleza que tenha completado o livro. E algum maluco sem noção o pôs à venda por 75 reais, míseros 25 eur. É de doidos.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Se passei...

Um mês inteiro ao longo desta gravidez sem apanhar uma ou outra constipação, passei muito.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Uma grávida assaltou o frigorífico

Às 04h51 da manhã a dita grávida levantou-se do seu leito e, sem fazer barulho para não alertar a vizinhança, trancou-se na cozinha. Lá, munida de uma grande tigela, partiu duas bananas em bocados pequeninos, cobriu de cornflakes e regou com leite em abundância. Consta que comeu a mistura em colheradas lentas, porém precisas e certeiras. Às 05:02 retornou, pé ante pé, ao seu leito e adormeceu mais feliz.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Bem-vindo, Tomás!



Eles não param de chegar...

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Yellow Gabi




Pilinha e bochechas.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Descobrindo o meu Silvino

Sim, que se as malas do homem estão à minha porta, é o "meu" Silvino. O meu Silvino escreveu um livro chamado "Os Descolonizadores e o Crime de Traição à Pátria".

Que delícia de título. :D

Off-Gabriel: Cel. Silvino Silvério

Fui beber café à rua com papai, e eis que me deparo com isto ao pé do ecoponto:








Claro que a mediocridade da máquina e da fotógrafa não permitem ir muito longe, mas são baús com etiquetas de viagens de navio de 1a classe, vindas não sei de onde para o Porto de Lisboa. Papai, dramatissíssimo, disse logo que os baús eram do século XVIII, mas a mim fizeram-me logo lembrar dos retornados da telenovela. E acho que tinha eu razão.

Os baús pertenceram a um tal Cel. Silvino Silvério Marques - aí está, um pouco menos de mediocridade e teria aqui as etiquetas a atestar. Uma googlada rápida diz deste senhor:

Silvino Silvério Marques (Nazaré, 23 de Março de 1918) foi um militar e alto funcionário ultramarino.

Concluiu os estudos secundários em Lisboa, tendo frequentado os preparatórios de Engenharia na Universidade desta cidade e o curso de engenharia militar na Escola do Exército. Seguiu a carreira militar, sendo promovido a general.

Foi Governador de Cabo Verde de 1958­ a 1962, Governador de Angola de 1962 a 1966, administrador da Siderurgia Nacional de 1967 a 1970, Director interino da Arma de Engenharia, e 2° Comandante da Região Militar de Moçambique de 1971 a Janeiro de 1973. Foi vogal do Conselho Su­perior Ultramarino até 1973, mas não foi re­conduzido por desavenças com Marcelo Caetano àcerca da política ultramarina, posta em prática por este, cuja finalidade era a autonomia progressiva das Provincias Ultramarinas. Em Dezembro de 1973 foi colocado na Direcção de Instrução do Es­tado Maior do Exército. Em Maio de 1974, foi convidado pelo general António de Spínola para o cargo de Governador de Angola, cargo que ocupou até finais de Julho, por não dar garan­tias de cumprir as instruções da Junta de Salvação Nacional. Passou à reserva em 1975.


E pronto, depois de tudo isso, os baús foram parar ao ecoponto.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Angústia miudinha...

... há uns dias.
Não sei porquê. Talvez escrevendo isto aqui, aqui a deixe.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Acima de mim

Há uns tempos, antes da GVGT - Grande Vaga de Gravidezes de Tradutoras - eu e a minha miudagem preferida reuníamo-nos na esplanada de São Pedro e passávamos lá horas a falar mal do patronato e da vida em geral. E lembro-me que falávamos de bebés e gravidez também, com a diferença que na altura só a Betita tinha passado por isso.

Claro, meia dúzia de jovens a entrar nos 30 e tendo de trabalhar como mulas para fazer um bom salário tinham opiniões algo parecidas sobre todo o processo, especialmente o parto: não quero dor, não quero sofrer, ai que horror, coisa de vacas (tá, essa foi minha), quero é despachar, quero é não passar por isso acordada, quero é que me tirem desse filme o mais depressa possível.

A Beta, do alto da sua magnífica experiência de ter um filho e mesmo assim um filho a mais que todas nós, só nos dizia: na hora, vocês querem é o melhor para o vosso filho.

Nós todas, ao imaginar a confusão de entranhas e sangue envolvida num parto, olhávamos - eu, pelo menos - como se a Beta tivesse vindo de outro planeta.

E hoje sei que ela tem razão.

Há uma grande possibilidade de o Gabriel ter de chegar por cesariana e eu, de uns (poucos) dias para cá, estou gradual e naturalmente a deixar de pensar nas minhas necessidades - conforto, privacidade, segurança, miminhos, muitos miminhos, controlo da dor, etc - e a pensar se ele chegará bem por via cirúrgica, se for o caso. Se não lhe faltará nada naqueles momentos iniciais - que imagino serem sofridos e confusos para ele - se não puder vir directamente para o meu colo. Se o levam para longe de mim e se isso lhe faz alguma diferença.

Acho que à medida que o tempo vai passando, vou cedendo o centro deste palco para a verdadeira estrela. E sem pensar muito no assunto.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Gabrielões

São pontos de depósito de Gabriel espalhado em vários lugares da cidade, para quando os pais precisam de folga.

Casa do Nando - Alameda
Casa da Isabel - S. João do Estoril
Casa da Ana Moura - Alverca
Casa da Tatas e do Minúsculo - Junqueiro


Já sabem, se desejarem ter um gabrielão ao pé de si, contactar os pais.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

bebés amarelos

Decidi-me a fazer a inutilíssima e foférrima eco 3D!!!
Estava numa crise de forretice aguda - nem é forretice, é mesmo zelo, mas num momento de mais fraqueza peguei no telefone e marquei. Pronto, já está. É mais uma traduçãozinha extra, que se lixe.


Mas claro, se alguém quiser aliviar a minha consciência e souber de alguma utilidade que aquilo tenha além de me fazer dizer ohhhs e ahhhs, por favor, diga alguma coisa.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Pagodão no ventre

O Gabriel hoje está impossível. Será claustrofóbico como eu e está numas de "TIREM-ME DAQUI OU ACENDAM A LUZ JAAAAA", ou está a curtir um smooth jazz a bater pezinho, ou estará a dar grandes mergulhos em piruetas doidas?

Hoje pela primeira vez vi uma das manobras, um grande alto na barriga. POING!

Que coisa tão Alien, Sigourney-Weaver-alien.

sábado, 6 de dezembro de 2008

São quatro da manhã...

Voltei a tomar o suplemento de ferro, ordens da médica. E faz-me muito, mas muito mal.
Para estar às voltas de dores de barriga na cama, mas vale vir para cá trabalhar e fofocar.

O Gabriel está cada vez mais palpável na minha barriga. Hoje foi o pai, que, a barrar-me como é habitual, sentiu-lhe os contornos todos à volta do umbigo. Ficou contente, o Huguinho, mesmo dizendo, de uma forma tão pacóvia que até enternece, que não gosta de "incomodar o menino".

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Para o Gabi, Samuca, Joana, Laura, Bruna, Tomás, Alice, Adriana, Vasco, Gui e todos os bebés que chegaram e chegarão

O som podia ser melhor, mas vale a pena na mesma.

Joaninha

Ontem fomos visitar a tia à maternidade. A tia e a Joaninha.
O teu pai deixou-se hipnotizar pela tua prima. Não conseguia parar de olhar para ela.


Imagino como será contigo. Espero que não sejas de corar facilmente.

Bem-vinda, Laura!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Sonhos

Por vezes sonho com a tua avó. É raro ela estar de saúde nos meus sonhos - que me lembre, nesses anos todos, só aconteceu uma vez. Normalmente está doente, fraquinha, e eu a abraço e digo que a amo muito, que foi coisa que não fiz em 28 anos e penso que passarei o resto da vida a fazê-lo na minha cabeça.

Desta vez estávamos na Praia do Futuro e estava ventando muito, e estava lá a família toda, e ela me pega na barriga e diz "que grande, é menino." Eu digo que sim, que é menino, vai-se chamar Gabriel e nasce em Março, e peço-lhe por favor que volte para o conhecer, e ela diz-me que não quer voltar.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Bem-vinda, Joaninha!


A tua prima chegou.