sábado, 31 de janeiro de 2009
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Nem só de perdas vive a grávida
Aprendi a fazer chichi no escuro de olhos fechados e luz apagada.
E sem nenhum desastre, antes que alguma mente pérfida pergunte.
E sem nenhum desastre, antes que alguma mente pérfida pergunte.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
De ser cobaia
Sou pró-ciência. Pró-medicina. Pró-aprendizagem.
A sério que sou. Depois de morta, quero ser doada para alguma faculdade para que jovens médicos imberbes aprendam com as minhas singelas tripinhas.
Depois de morta, entendam-me bem.
Porque, durante um episódio de urgência com uma carga de nervos em cima ter duas adolescentes recém-formadas a olharem-me pelo cérvix adentro dá-me a sensação de ser uma vaca. Mas não é a vaca lá do Hospital dos Animais da Sic Mulher, que essa tem bons veterinários que lhe vão fazendo festinhas. É mesmo uma vaca daquelas que viram bife depois.
Não me perguntaram nada. Nem nome, nem sexo do bebé, nem absolutamente nada. Fui explicada e analisada como se fosse uma peça de picanha. Acho que nem sequer me olharam para a cara. Eu era uma Placenta Prévia, acima de tudo o resto.
Engraçado que hoje tive consulta no centro de saúde e falámos sobre a minha dúvida de ir ter o Gabriel no público ou no privado. A enfermeira de lá, uma querida, diz-me que o importante são os meios do hospital, se têm lá resposta para todos os problemas que possam surgir. Que não olhasse apenas às instalações. Como tinha consulta no hospital público amanhã, resolvi dar o benefício da dúvida, afinal além de ser pró-ciência também sou pró-público. Quis a placenta que eu aterrasse lá hoje.
Com alguma tristeza, vi que não, eles não têm meios para que eu tenha lá o meu filho. Nem têm resposta para os problemas que possam surgir.
A sério que sou. Depois de morta, quero ser doada para alguma faculdade para que jovens médicos imberbes aprendam com as minhas singelas tripinhas.
Depois de morta, entendam-me bem.
Porque, durante um episódio de urgência com uma carga de nervos em cima ter duas adolescentes recém-formadas a olharem-me pelo cérvix adentro dá-me a sensação de ser uma vaca. Mas não é a vaca lá do Hospital dos Animais da Sic Mulher, que essa tem bons veterinários que lhe vão fazendo festinhas. É mesmo uma vaca daquelas que viram bife depois.
Não me perguntaram nada. Nem nome, nem sexo do bebé, nem absolutamente nada. Fui explicada e analisada como se fosse uma peça de picanha. Acho que nem sequer me olharam para a cara. Eu era uma Placenta Prévia, acima de tudo o resto.
Engraçado que hoje tive consulta no centro de saúde e falámos sobre a minha dúvida de ir ter o Gabriel no público ou no privado. A enfermeira de lá, uma querida, diz-me que o importante são os meios do hospital, se têm lá resposta para todos os problemas que possam surgir. Que não olhasse apenas às instalações. Como tinha consulta no hospital público amanhã, resolvi dar o benefício da dúvida, afinal além de ser pró-ciência também sou pró-público. Quis a placenta que eu aterrasse lá hoje.
Com alguma tristeza, vi que não, eles não têm meios para que eu tenha lá o meu filho. Nem têm resposta para os problemas que possam surgir.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Momento reflexivo-deprê-angustiado
É muito importante para mim, por vários motivos, trabalhar até ao fim do tempo. Mas será possível?
A cabeça não é a mesma, a atenção não é a mesma, a concentração não é a mesma, Deus sabe que o corpo definitivamente não é o mesmo.
Acho que muitas grávidas se deparam com o mesmo dilema nesta altura:
1. Quero trabalhar até ir para a maternidade, mas poderei assegurar a qualidade do trabalho quando tenho tanto em que pensar?
2. Está bem, vou assumir que já não consigo, mas não estarei só num dia mau, ou numa semana má?
3. Conseguirei manter a sanidade mental se parar já?
4. Tenho outras pessoas que contam comigo: será justo sobrecarregá-las, se parar, mas comprometer o resultado final de tudo, se continuar a meio gás?
Hoje vou pensar em tudo isso muito bem pensadinho. Espero que seja só um dia mau.
A cabeça não é a mesma, a atenção não é a mesma, a concentração não é a mesma, Deus sabe que o corpo definitivamente não é o mesmo.
Acho que muitas grávidas se deparam com o mesmo dilema nesta altura:
1. Quero trabalhar até ir para a maternidade, mas poderei assegurar a qualidade do trabalho quando tenho tanto em que pensar?
2. Está bem, vou assumir que já não consigo, mas não estarei só num dia mau, ou numa semana má?
3. Conseguirei manter a sanidade mental se parar já?
4. Tenho outras pessoas que contam comigo: será justo sobrecarregá-las, se parar, mas comprometer o resultado final de tudo, se continuar a meio gás?
Hoje vou pensar em tudo isso muito bem pensadinho. Espero que seja só um dia mau.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Daydreaming
Esta vou cantar para ele, rodopiando-o no ar, vezes sem conta.
(Sejamos honestos, qual é a graça de ser rodopiado no ar com Nick Cave?)
(Sejamos honestos, qual é a graça de ser rodopiado no ar com Nick Cave?)
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
De meninos e meninas
Desde que soube que ia ter um menino que acho o maior piadão do mundo fazer piadas porcas com as minhas amigas mães de menina. Até seriam mais porcas, se não tivesse medo de acabar sem nenhuma para me visitar no paridródomo.
Ontem estive a observar um grupo pequeno de rapazes e raparigas pré-adolescentes – entre os 12 e os 14 anos, talvez. Falavam de tudo e mais alguma coisa e a conversa era uma delícia de seguir por estes ouvidos de paquiderme que adoram qualquer oportunidade de se concentrar em qualquer assunto que não seja gravidez ou placenta. Estava eu entretida na conversa sobre como maximizar a máquina de gelados do Ikea quando comecei a reparar neles e nelas.
As meninas eram todas magras, bonitas, falavam depressa, com gestos precisos. Eram fortes e assertivas. Tocavam umas nas outras, mostravam SMSs umas às outras, riam-se exageradamente.
Os meninos, por outro lado, eram uma autêntica desgraça. Desafinados, com uma penugem por baixo do nariz, vestidos pela mãe com calças demasiado curtas, camisas demasiado velhas, alguns muito gordos, alguns escanzelados.
E irremediavelmente fascinados pelas meninas.
As meninas estavam todas sentadas, a falarem entre si. Os rapazes estavam todos de pé, à volta delas. Um tocava no cabelo de uma e levava um estalo de leve na mão, qual espanta-mosca, e continuou a sua conversa Nem um olhar mereceu. Outro sentou-se na pontinha da cadeira de outra, que prontamente se levantou deixando a cadeira toda para aquele Romeu e foi sentar-se ao colo – pasmem – de uma das amigas. Dois rapazes, os mais gorduchos, desistiram de penetrar naquele mundo e foram dedicar-se a algo menos ingrato – buscar gelados na máquina de free-refill. Os outros eventualmente também desistiram e foram às suas vidinhas, deixando aquelas beldades cruéis e inatingíveis entregues a si próprias.
Não valia a pena tentar entrar. Menino não entra.
Não aqueles meninos.
Talvez meninos do 10º ano, já com penteados à Morangos, já com a voz mudada, já sem as roupas dos irmãos mais velhos.
Cheia de angústia hormonal, mandei uma mensagem ao Hugo a dizer que o Gabriel vai precisar de muito, muito apoio e amor na pré-adolescência. Ele não deve ter entendido nada, nem respondeu.
A maioria das meninas a quem faço piadas porcas hoje ainda não dorme noites completas, mama no peito e usa oito fraldas por dia. Vou fazendo piadas da pilinha e gozando enquanto posso, pois, pelo que vi ontem, quem ri por último, ri melhor.
Ontem estive a observar um grupo pequeno de rapazes e raparigas pré-adolescentes – entre os 12 e os 14 anos, talvez. Falavam de tudo e mais alguma coisa e a conversa era uma delícia de seguir por estes ouvidos de paquiderme que adoram qualquer oportunidade de se concentrar em qualquer assunto que não seja gravidez ou placenta. Estava eu entretida na conversa sobre como maximizar a máquina de gelados do Ikea quando comecei a reparar neles e nelas.
As meninas eram todas magras, bonitas, falavam depressa, com gestos precisos. Eram fortes e assertivas. Tocavam umas nas outras, mostravam SMSs umas às outras, riam-se exageradamente.
Os meninos, por outro lado, eram uma autêntica desgraça. Desafinados, com uma penugem por baixo do nariz, vestidos pela mãe com calças demasiado curtas, camisas demasiado velhas, alguns muito gordos, alguns escanzelados.
E irremediavelmente fascinados pelas meninas.
As meninas estavam todas sentadas, a falarem entre si. Os rapazes estavam todos de pé, à volta delas. Um tocava no cabelo de uma e levava um estalo de leve na mão, qual espanta-mosca, e continuou a sua conversa Nem um olhar mereceu. Outro sentou-se na pontinha da cadeira de outra, que prontamente se levantou deixando a cadeira toda para aquele Romeu e foi sentar-se ao colo – pasmem – de uma das amigas. Dois rapazes, os mais gorduchos, desistiram de penetrar naquele mundo e foram dedicar-se a algo menos ingrato – buscar gelados na máquina de free-refill. Os outros eventualmente também desistiram e foram às suas vidinhas, deixando aquelas beldades cruéis e inatingíveis entregues a si próprias.
Não valia a pena tentar entrar. Menino não entra.
Não aqueles meninos.
Talvez meninos do 10º ano, já com penteados à Morangos, já com a voz mudada, já sem as roupas dos irmãos mais velhos.
Cheia de angústia hormonal, mandei uma mensagem ao Hugo a dizer que o Gabriel vai precisar de muito, muito apoio e amor na pré-adolescência. Ele não deve ter entendido nada, nem respondeu.
A maioria das meninas a quem faço piadas porcas hoje ainda não dorme noites completas, mama no peito e usa oito fraldas por dia. Vou fazendo piadas da pilinha e gozando enquanto posso, pois, pelo que vi ontem, quem ri por último, ri melhor.
domingo, 18 de janeiro de 2009
sábado, 17 de janeiro de 2009
Update - preparativos
As roupas voltaram da lavandaria todas dobradas.
Guardei tudo. Não passei nada.
Guardei tudo. Não passei nada.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
da gravidez parte III
littleinsect diz:
entao guguzinha
littleinsect diz:
como esta a saudinha!
COOKOTHON diz:
dói
littleinsect diz:
porra!
littleinsect diz:
acho q nao me vais convencer a ter o 2º
COOKOTHON diz:
adoptamos
COOKOTHON diz:
um chinês
littleinsect diz:
mais vale!
entao guguzinha
littleinsect diz:
como esta a saudinha!
COOKOTHON diz:
dói
littleinsect diz:
porra!
littleinsect diz:
acho q nao me vais convencer a ter o 2º
COOKOTHON diz:
adoptamos
COOKOTHON diz:
um chinês
littleinsect diz:
mais vale!
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
De estar grávida parte II
Gosto:
do bebé
de ver a barriga a mexer-se cá de fora
de ser mimada
...
...
...
Não gosto:
das dores
das noites mal dormidas
das pontadas
de andar oscilando
de me calçar
de me vestir
de me levantar
de me virar na cama
de ter muita vontade de fazer xixi o tempo todo
das estrias no peito
das estrias no pé do bucho
dos mamilos pretos
do umbigo preto (mas curto a risca)
Pronto, estão feitas as contas do trimestre.
do bebé
de ver a barriga a mexer-se cá de fora
de ser mimada
...
...
...
Não gosto:
das dores
das noites mal dormidas
das pontadas
de andar oscilando
de me calçar
de me vestir
de me levantar
de me virar na cama
de ter muita vontade de fazer xixi o tempo todo
das estrias no peito
das estrias no pé do bucho
dos mamilos pretos
do umbigo preto (mas curto a risca)
Pronto, estão feitas as contas do trimestre.
sábado, 10 de janeiro de 2009
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
hormonal moment
gravidez à minha moda
Sendo a minha placenta tão complicada quanto a sua portadora, creio ter cerca de um mês e meio de pregnância pela frente. Mesmo sabendo que este mês e meio são decisivos e podem mudar tudo, faço um breve balanço.
Quando descobri que estava grávida, pensei: bem, tenho seguro que cobre as consultas, portanto, vou arranjar um bom médico particular que faça partos no público, já que o meu seguro não o cobre. Terei uma consulta por mês e no meio de março vou para a maternidade e tenho o bebé.
Sim, claro.
A primeira consulta com uma médica conhecida foi um desastre de proporções bíblicas - tá bem, não de proporções bíblicas, mas adoro o termo. Fui maltratada de várias maneiras, eu e o Hugo fomos tratados como se fôssemos adolescentes. Horroroso, mesmo.
Entre recomendações, lá chegámos à nossa médica actual, muito boa, só para descobrir que ela não faz partos no público. Eu, control freak, comecei a desesperar. Aguentei até à semana 25 e pensei: bem, porque é que eu não tentei o público, público? E fui ao centro de saúde. Gostei de algumas coisas, não gostei de outras, e acabei decidindo ser acompanhada nos dois sítios. Tenho cerca de 5 cabeças a darem bitaites sobre a minha pança.
Pelo meio do caminho, cheguei a pensar em mudar de ecografista também - nenhum motivo em especial, só porque não gravava as imagens - mas o Hugo vetou solenemente. O nosso ecografista é demasiado competente - e giro - para ser trocado, pelo que é a única coisa estável da nossa gravidez.
Ainda elo caminho, decidi - e arrependi-me, é claro - fazer uma eco 3d. Mais um médico, mais um bitaite. Mas vi o meu bebé amarelo e a sua bem definida pilinha. Diverti-me e tal, mas não acho que sejam 80 eur de diversão. Quando muito, uns 30.
Agora que chego a esta recta final, ainda terei mais bitaites dos médicos da própria maternidade - que, embora já tenha algumas ideias, ainda não está decidido, estou entre duas, e se seguir o mesmo padrão seguido até agora, terei consulta nas duas e mais algumas cabeças a opinar.
Se decidir ter mais um filho, terei um e só um médico. Mesmo que a primeira consulta seja um desastre. Sticking to the plan, é como será. Só levo o meu ecografista competente e giro.
Raios partam, a minha gravidez parece muito com as minhas dietas.
Quando descobri que estava grávida, pensei: bem, tenho seguro que cobre as consultas, portanto, vou arranjar um bom médico particular que faça partos no público, já que o meu seguro não o cobre. Terei uma consulta por mês e no meio de março vou para a maternidade e tenho o bebé.
Sim, claro.
A primeira consulta com uma médica conhecida foi um desastre de proporções bíblicas - tá bem, não de proporções bíblicas, mas adoro o termo. Fui maltratada de várias maneiras, eu e o Hugo fomos tratados como se fôssemos adolescentes. Horroroso, mesmo.
Entre recomendações, lá chegámos à nossa médica actual, muito boa, só para descobrir que ela não faz partos no público. Eu, control freak, comecei a desesperar. Aguentei até à semana 25 e pensei: bem, porque é que eu não tentei o público, público? E fui ao centro de saúde. Gostei de algumas coisas, não gostei de outras, e acabei decidindo ser acompanhada nos dois sítios. Tenho cerca de 5 cabeças a darem bitaites sobre a minha pança.
Pelo meio do caminho, cheguei a pensar em mudar de ecografista também - nenhum motivo em especial, só porque não gravava as imagens - mas o Hugo vetou solenemente. O nosso ecografista é demasiado competente - e giro - para ser trocado, pelo que é a única coisa estável da nossa gravidez.
Ainda elo caminho, decidi - e arrependi-me, é claro - fazer uma eco 3d. Mais um médico, mais um bitaite. Mas vi o meu bebé amarelo e a sua bem definida pilinha. Diverti-me e tal, mas não acho que sejam 80 eur de diversão. Quando muito, uns 30.
Agora que chego a esta recta final, ainda terei mais bitaites dos médicos da própria maternidade - que, embora já tenha algumas ideias, ainda não está decidido, estou entre duas, e se seguir o mesmo padrão seguido até agora, terei consulta nas duas e mais algumas cabeças a opinar.
Se decidir ter mais um filho, terei um e só um médico. Mesmo que a primeira consulta seja um desastre. Sticking to the plan, é como será. Só levo o meu ecografista competente e giro.
Raios partam, a minha gravidez parece muito com as minhas dietas.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Porque temos muito jeitinho
Mel & Gabe diz:
quero aprender a limpar tomatinhos, cenas assim
Mel & Gabe diz:
dizem que é lixado
Tracer Bullit diz:
deve ser magnifico
Mel & Gabe diz:
acho que é lixado
Mel & Gabe diz:
eles cagam em várias direcções e aquilo prende-se aos tomatinhos. Nunca limpei tomatinhos na minha vida
Mel & Gabe diz:
se fosse rapariga seria mais fácil
Tracer Bullit diz:
manda castrar
Tracer Bullit diz:
fazem-te isso em kkr veterinário
Mel & Gabe diz:
aí ele engorda
Tracer Bullit diz:
mas tb deixa de mijar pelos cantos da casa
Mel & Gabe diz:
ya ya
quero aprender a limpar tomatinhos, cenas assim
Mel & Gabe diz:
dizem que é lixado
Tracer Bullit diz:
deve ser magnifico
Mel & Gabe diz:
acho que é lixado
Mel & Gabe diz:
eles cagam em várias direcções e aquilo prende-se aos tomatinhos. Nunca limpei tomatinhos na minha vida
Mel & Gabe diz:
se fosse rapariga seria mais fácil
Tracer Bullit diz:
manda castrar
Tracer Bullit diz:
fazem-te isso em kkr veterinário
Mel & Gabe diz:
aí ele engorda
Tracer Bullit diz:
mas tb deixa de mijar pelos cantos da casa
Mel & Gabe diz:
ya ya
domingo, 4 de janeiro de 2009
A desgraça da classe
Classe das grávidas, diga-se.
Perdi todas as ecografias e análises. Tudo bem, tenho tudo anotado nos meus livros da grávida - tenho dois.
Entornei uma garrafa inteira de água sobre os livros da grávida - sobre os dois.
Perdi todas as ecografias e análises. Tudo bem, tenho tudo anotado nos meus livros da grávida - tenho dois.
Entornei uma garrafa inteira de água sobre os livros da grávida - sobre os dois.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
De mater et pater (sei lá as declinações)
Mamã é uma carneiro de pavio curto, gorda e baixa. O papá é um sagitário calmo, alto e magro. Mamã adora Beatles e canções da sua infância, papá adora Nick Cave e outras coisas "de bom gosto". Mamã adora revistas de fofoca e livros rápidos, papá adora literatura russa, se bem que os dois adoraram 100 Anos de Solidão, daí o teu nome. Mamã tem choro fácil embora seja durona, o papá não chora nunca. Mamã sempre se esquece de lavar os dentes à noite, e o papá, nunca. Mamã usou aparelho nos dentes toda a vida, o papá vai começar a usar agora. Mamã adora sushi, o papá gosta de comer porcarias de madrugada. Mamã e papá têm gostos muito parecidos em cinema, se bem que o filme da vida da mamã é o Moulin Rouge, pela desbunda e deslumbre, e do papá é a Idade da Inocência, pela contenção. A mamã e o papá também têm sentidos de humor muito parecidos, além de os dois terem queda para a escrita - mais o papá do que a mamã.
A mamã é um poço de ansiedade, o papá é um poço de temperança. A mamã apimenta a vida do papá, o papá adoça a vida da mamã.
Se a mamã e o papá não fossem casados, seriam melhores amigos. Aliás, são.
A mamã é um poço de ansiedade, o papá é um poço de temperança. A mamã apimenta a vida do papá, o papá adoça a vida da mamã.
Se a mamã e o papá não fossem casados, seriam melhores amigos. Aliás, são.
Subscrever:
Mensagens (Atom)