quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Obrigada, meu Pai
Porque tudo que aconteceu de mau na minha vida aconteceu da maneira mais suave possível e sempre tive consolo, agradeço-te também.
Disse que não ia pedir nada este ano, mas peço-te que olhe pelo meu bebé.
E que se houver um céu como nos ensinam na catequese, que mandes um beijinho à minha mãe e avó.
Obrigada por mais este ano que passou.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Lembrar é viver
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
O inquilino do congelador
Ó diabo. Fui lá ver.
Ele ria-se a bom rir da embalagem de hamburgueres que estava lá dentro.
Apontou-ma.
O que raio está lá a fazer um senhor todo bonito em vez dum peru ou até mesmo, num rasgo criativo, do próprio hamburguer?
Lá colocámos a caixa do senhor outra vez ao frio, que era para o homem não sofrer um choque térmico.
Adeus, mais um
A Marisa Monte sabe como é.
(farta dos meus defeitos, cansada de tentar mudá-los.)
domingo, 27 de dezembro de 2009
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Ugliest Santa Ever (but cutest baby)
Agradecer
O que interessa é que bateu.
A minha única resolução para 2010 é dar graças todos os dias, a cada dia, por escrito no meu blog privado. Vou lembrar-me todos os dias de que é muito bom ser eu mesma neste lugar, nesta altura, com esta gente e vou lembrar-me do porquê.
Elaborarei isto nos próximos dias, juntamente com uma lista inicial de graças.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Magamalabares
É tão linda. Mil vezes casasse, mil vezes entraria em qualquer igreja, quinta ou restaurante a dar esta prenda aos convidados.
domingo, 20 de dezembro de 2009
Dez meses
És um presentinho a desembrulhar a cada manhã, e nós amamos-te como a nós próprios, acima de tudo.
sábado, 19 de dezembro de 2009
Melissinha de Ouro - Menção honrosa
Mas, como se não bastasse, ontem descobri o outro blog da Colher-de-Pau. Ohmygod! Se já achava o primeiro uma explosão de prazer e amor pela cozinha, este é uma explosão de prazer e amor pela sua casa e pelos seus. Agora vão-se rir, mas achei os presentes de Natal dela emocionantes. É que esta feminilidade do pormenor, do manual, a cegonha deixou cair antes de me entregar, e tenho a delicadeza e o sentido estético de uma escavadora.
Mas sou menina para me comover com coisinhas.
Pronto, mais um Melissinha de Ouro atribuído.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Natal
Nunca fui muito à bola com o Natal essencialmente porque me deprime a forma como as empresas se aproveitam desta data e conseguem transformar tudo numa fantochada de marketing. Como os hipermercados que, por um lado, com a Popota e a Leopoldina brandam aos céus a necessidade de ajudar os mais desfavorecidos, mas que, ao mesmo tempo, fazem pressão política para que os seus amados funcionários fiquem 12 horas seguidas a trabalhar, transformando a sua vida numa escravatura. Mas exemplos deste “espírito natalício” estão marcados por todo o lado. Pais natais patrocinados por bebidas, árvores gigantes carimbadas com logótipos de marcas de telecomunicações e luzes de cidade luzindo como brindes de instituições financeiras.
Mas a visão do mundo, lá está, altera-se consoante a vida. Agora sou um fiel detentor duma adorável cria e este vai ser o seu primeiro Natal. Claro que o pinheiro lá de casa cresceu uns andares. Por mim ficava o mesmo, um raquítico de três palmos que custou 4,95 euros no LIDL há três anos. Mas não, a mãe de sua alteza, a cria, pensa que o dinheiro cai do céu, pega no carro e no AKI investe 39,90 num pinheiro em condições.
- É o primeiro Natal dele, coitadinho, tem de ter um pinheiro digno do nome. Tão fofinho!
Mas apesar do preço, confesso que é jeitoso e depois de postas as fitas, a estrela e as luzes a casa ficou logo com outro ar. A cria, por seu lado, aprecia o manancial de material e não são raras as vezes em que o apanhamos a rastejar como um soldado ferido até à árvore e abocanhar com os seus quatro dentes as luzes azuis e vermelhas.
- Tás a ver como ele liga ao pinheiro! Tão fofinho!
O que é chato nisto tudo é que a mãe da cria não se contém, deixo-a sozinha a fazer compras e aparecem-me logo 23 embrulhos depositados aos pés da árvore AKI. Sacos da Chicco, da Zara Kids, Continente, Jumbo, Imaginarium, Toys R’ Us e até havia um da Foto Sport.
- Pronto, para ti e para o Gabriel já está. Tão fofinho!
O único problema disto tudo é que o Gabriel ficou com vinte e dois e eu com apenas um. Apesar de não o demonstrar, porque um homem quando é homem é capaz de fingir as emoções, confesso que fiquei algo sentido com a injustiça. Quer dizer, não é que o puto não mereça o seu quinhão, mas eu devia ter direito a um igual. Afinal quem a atura sou eu e quem aspira o ranho do nariz ao filho sou eu!
- Olha lá ele a olhar para as prendas, parece que adivinha que são para ele, tão fofinho!
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Último pedido do ano
A entidade que o conseguir ganha altar cá em casa.
Está valendo para o diabo também.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
(muito) curtinha sobre pós-maternidade
domingo, 13 de dezembro de 2009
sábado, 12 de dezembro de 2009
Sonhei
Depois, a meio do sonho, o Alejandro Sanz beija uma delas e olha para mim a perguntar se eu não ia fazer nada. "Fazer o quê", pergunto eu. "Então não era isto que querias? Perdes assim tão facilmente?"
Cinematograficamente, dirijo-me ao Alejandro Sanz, empurro a amiga-da-onça para o lado, seguro o homem pelas bochechas e digo-lhe, olhando-o profundamente dentro dos olhos: "achas mesmo que fui eu que perdi, coração? Olha DUAS vezes."
E girei sobre os meus calcanhares, saindo a abanar o rabinho para lá e para cá, para lá e para cá.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
É a literatura, camarada! Parte III
Paul's Case, de Willa Cather. Porque nós gostamos do Paul desde o começo, e não o vamos abandonar. Porque a última frase é arrebatadora. E porque este conto é um avozinho do meu muito querido Catcher in the Rye.
(Ah e tal só lês coisas de ianques? Neste momento, nem isso, infelizmente. Só leio coisas muito rápidas e fáceis. Mas houve um tempo diferente. E sim, praticamente só lia literatura americana (e alguma inglesa) e sim, praticamente só lia contos. Adoro contos, são excelentes para pessoas com o meu nível de concentrabilidade, que é palavra que não existe e faz falta.)
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
É a literatura, camarada! Parte II
E, vejam lá que mimo, em português. Espero que seja uma tradução decente.
Curtinha sobre a manhã
Mesmo assim, derrotados de sono, lá acordamos para o dia, a despachar banhos, biberões, pequenos-almoços, fralda, cocó logo a seguir, outra fralda, lanches, carro estacionado no cu de Judas, etc, nós, que dantes líamos o jornal calmamente todas as manhãs.
Ainda há bocado perguntei ao Hugo se ele queria vir comigo e o bebé ao shopping mais logo, e ele respondeu que sim. Afinal, o que ficaria a fazer sozinho em casa?
Acho incrível como a nossa vida tão revirada pelo avesso, tão caótica e cheia de brinquedos espalhados e biberões sujos, pode preencher-nos tanto emocionalmente e sim, fazer-nos tão felizes. Nós adoramos isto. Adoramos cada bocadinho disto, até cairmos para o lado.
E, quando caímos, ele chega ao pé de nós e enfia-nos o dedo no olho para arrebitarmos e começar tudo outra vez.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
É a literatura, camarada! Parte I
Vou começar por este Everyday Use da Alice Walker, uma das minhas autoras preferidas - acho que só perde mesmo para Toni Morrison, e imagino que as duas sejam amigas - são americanas negras da mesma geração.
Começo por este conto porque é Natal e os valores de família são de uso diário, e não de uso esporádico/decorativo.
Espero que alguém leia e goste!
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
declaração rasgadíssima a 4 de Dezembro
Por ter concordado em ter um filho na altura em que eu me senti preparada, apesar de não ter certezas. Por me ter apoiado quando as minhas certezas foram pela sanita abaixo. Por ter dividido todas as tarefas da maternidade comigo desde a sala de parto. Por ter atravessado comigo toda a angústia dos primeiros dias de bebé sem se alienar. Por ter-me apoiado quando eu quis amamentar e apoiado quando não quis mais. Por acordar de madrugada muito mais vezes do que eu.
Por parecer o homem mais feliz da terra quando tem o meu filho ao colo, também agradeço. E por ter feito o Gabriel exactamente como ele é - Ele, Hugo, porque de mim o Gabriel só tem o físico, com a graça de Deus.
Parabéns, Gugs.
E é sexy que se farta.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
A Cátia e o seu bebé
Achei engraçado notar, querida, que mesmo tendo tomado opções tão diferentes das minhas, as preocupações e as angústias são iguais. Detesto a expressão "mãe é tudo igual, só muda de endereço", mas acho que nos enquadramos bem no "todas diferentes, todas iguais".
Depois de ler o que escreveste, só me resta desejar-te assim, meio tardiamente, as boas vindas a este mundo cheio de dores e delícias que é a maternidade.
Nunca mais voltamos a ser as mesmas - e a maior parte do tempo, isso é bom.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Prémios Melissinha de Ouro 2009
Detesto-os todos.
Mas hoje quero tirar uns minutinhos para atribuir prémios a alguns blogs que sigo, porque dão alegria aos meus dias e sim, podia viver sem eles, mas é mais fixe viver com eles.
Não vou pôr os links porque se não nunca mais me despacho e hoje só é feriado para os ricos (eu tenho trabalho), mas estão todos ali ao lado.
Vou começar pelos blogs dos companheiros de blogonovelas (das quais estou afastada por motivos profissionais), o Cheirinho a Éter e o Vontade de Regresso. O Miguel tem o entusiasmo dos carneiros e escreve posts cheios de humor negro e pontos de exclamação, e a Ana, tendo uma sensibilidade bem diferente da minha, consegue proezas como "bomba de aleitamento materno" e "balde de água de vampiro fria", que acho delicioso e me sabem a bombom. Adoro essas expressões dela, porque são únicas.
O Neurotic Baby também é um dos meus preferidos, porque é muito terra-a-terra, com sentimentos terra-a-terra, de gente de carne e osso, sem devaneios oníricos. Identifico-me muito contigo, Pekala. Acho que temos preocupações muito parecidas.
Uma aquisição nova é o Precis Almana. A sua autora ganharia qualquer prémio de elegância na escrita de que eu fosse júri. Sendo caótica por natureza, gosto muito de ler textos claros, limpos, com começo meio e fim. E o bónus? Com conteúdo. Um mimo.
Adoro os momentos de desabafo do Lucas e Outras Histórias. A Manue, em toda a blogosfera, é a mãe mais parecida comigo. Temos a mesma esquizofrenia.
Falando em momentos de desabafo, a minha última menção vai para o Começar Bem é Preciso, porque eu podia ter escrito qualquer uma das explosões de procrastinação e desorganização da colega Ana.
E pronto, atribuídos estão os Melissinha de Ouro 2009.
(PS obviamente que leio muitos outros, mas, para já, ficam estes.)