sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Cochilei durante meia horinha de manhã

E estava num quarto de hotel alto, com uma vista infinita para um mar parado de água escura. Vi no quarto do hotel quadros com capas de revistas da minha infância, coisas de que me lembrava vagamente. Parti as molduras, tirei de lá as capas das revistas e olhei-as a fundo, até me lembrar de cada uma delas. O mar lá fora tornara-se revolto, batendo contra as rochas, subindo altíssimo, cada vez mais alto, galgando uma estrada ao longe. O Hugo estava lá, de repente. Apontou para o mar: olha, a água a subir para a Marginal, como gostas.


Não há nenhum sonho que não melhore com o Segundo Sol.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Curtíssima sobre coisas que tenho descoberto que deviam vir acompanhadas com imagens de gatinhos

Sou repetida e sistematicamente salva pelos meus amigos.
E eles não fazem ideia disso. 
Ou fazem e são demasiado elegantes para o demonstrarem. 

Há mais:

Existem duas coisas importantes: a saúde e as pessoas. 

Há mais: 

Banhos de descarrego no mar funcionam. A receita do meu pai é simples: entrar  e rezar Pais Nossos a olhar para o horizonte.  Eu rezei alguns Pais Nossos a olhar para o horizonte. Virei-me para a areia e rezei algumas Aves Marias a olhar para o Hugo e o Gabriel. No dia seguinte, como aquelas correntes de email dizem, as coisas começaram a desbloquear e o reboliço começou a amainar, a energia virava devagarinho e as coisas boas, aquelas de que preciso, começaram a aparecer. O poder dos mantras. Os católicos são os únicos que conheço, mas imagino que resulte com qualquer um que faça sentido.

Há mais:

Acredito em anjos da guarda. Acredito em amparo vindo de cima. 

Há mais:

É dando que se recebe.