Não, não é o Gabriel que arranjou namorada. É a Nora do Irmãos e Irmãs que mexe comigo.
As saudades que tenho da minha mãe aparecem como as infecções oportunistas: quando o sistema imunitário está em baixo, atacam feio e forte.
Tendo um medo enorme de me deixar sofrer, construí ao longo dos últimos anos um "sistema imunitário" que me permite viver sem os grandes sobressaltos de dor que assolaram a minha vida nos meses que se seguiram à sua morte. Só quem perdeu quem mais amava sabe como são esses sobressaltos de dor: são físicos. A cabeça anda à roda, ficamos com a garganta seca e taquicardia. É assustador e paralisante, daí eu me ter negado a fazer um luto adequado e simplesmente ter enfiado tudo cá para dentro, em mais sentidos do que um só.
O meu pai há dias disse-me que ficou muito preocupado quando lhe disse que estava grávida, pois que bela ocasião para me desmontar toda. Mas não, aguentei bravamente. Quando me falavam da minha mãe, mudava de assunto rapidamente, quem falava entendia o recado e pronto, ficava tudo resolvido. E assim seguia, e assim tive o meu filho, sem pensar muito.
Mas a Nora a dizer à Kitty para ir tomar um banho de espuma e ir dormir, que ela ficava com o bebé, destruiu-me. Mesmo. Não aguento sequer pensar na cena sem que os sobressaltos de dor voltem.
Enfim. Pronto, ficou o registo.
terça-feira, 30 de junho de 2009
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Carvalhinhos com rabo na boca
Ele voltou a ter um mês de idade, ou seja, voltou a acordar de três em três horas de madrugada, esganado de fome, porque não come bem de dia.
Ora bem, a melhor maneira de fazer com que durma mais horas seguidas é tirar-lhe gradualmente os biberons da madrugada, mas ele berra.
Para conseguir fazer isso, teria de aumentar a comida durante o dia - mas ele recusa.
Não come durante o dia, come durante a noite, come durante a noite, não tem fome durante o dia, e assim seguimos, alegres e contentes.
(Pelo menos ele, que alegria e contentamento não lhe faltam: entretém-se com a fralda de pano horas seguidas, sempre a fazer imenso barulho que é para eu saber que está vivo.)
(A dormir de dia, pois claro.)
Ora bem, a melhor maneira de fazer com que durma mais horas seguidas é tirar-lhe gradualmente os biberons da madrugada, mas ele berra.
Para conseguir fazer isso, teria de aumentar a comida durante o dia - mas ele recusa.
Não come durante o dia, come durante a noite, come durante a noite, não tem fome durante o dia, e assim seguimos, alegres e contentes.
(Pelo menos ele, que alegria e contentamento não lhe faltam: entretém-se com a fralda de pano horas seguidas, sempre a fazer imenso barulho que é para eu saber que está vivo.)
(A dormir de dia, pois claro.)
quinta-feira, 25 de junho de 2009
comes e bebés
Apesar dos teus pais não serem aficionados da paródia popular, vulgo santos, gostam sempre de dar uma volta pelos arraiais das redondezas. Há qualquer coisa que os atrai às festas xungas de São domingos de Rana e Tires. Pois bem, o problema é que a farra propriamente dita começa sempre tarde e a más horas. Por isso, como aprecias deitar-te cedinho, este ano ouvimos o som da cantoria pela janela. E olha que foram muitos os artistas que passaram pelo palco.
Como o teu sono é sagrado fomos assim impossibilitados de lá irmos no calor da pândega, optamos então por dar uma volta antes da janta, quando os trabalhadores ainda montavam vagarosamente o negócio. Mesmo assim tivemos alguma sorte porque a Linda, a primeira artista a entrar em cena, estava a fazer o seu soundcheck. Cantou duas músicas de amores desencontrados com uma leve pitada de ordinarice pelo meio e no meio do um, dois, três, experiência, o pai ainda conseguiu comer um courato e beber uma cerveja. A tua mãe contentou-se com um churro de chocolate.
Depois bocejaste, tiramos umas fotografias e fomos todos embora, ainda o sol não tinha caído.
Como o teu sono é sagrado fomos assim impossibilitados de lá irmos no calor da pândega, optamos então por dar uma volta antes da janta, quando os trabalhadores ainda montavam vagarosamente o negócio. Mesmo assim tivemos alguma sorte porque a Linda, a primeira artista a entrar em cena, estava a fazer o seu soundcheck. Cantou duas músicas de amores desencontrados com uma leve pitada de ordinarice pelo meio e no meio do um, dois, três, experiência, o pai ainda conseguiu comer um courato e beber uma cerveja. A tua mãe contentou-se com um churro de chocolate.
Depois bocejaste, tiramos umas fotografias e fomos todos embora, ainda o sol não tinha caído.
Hoje
É claramente um daqueles dias em que não me apetece nada disto, só queria fugir a correr.
É que ao fim do dia o que me espera não é o metro ou um copo ou sei lá. O que me espera ao fim do dia é mais dia.
Indo mais fundo, agora - Está a custar-me imenso, isto. Sei que só se passaram dois dias e nada pode ser rotulado nos primeiros dois dias, mas está a custar-me imenso ter duas ou três horas durante o dia para mim e o resto ser de pura assistência. Custa-me ver o meu marido chegar do trabalho todo bem vestido e eu ainda estar com um moo-moo e desgrenhada até à alma. E o estado geral da casa reflecte o meu estado de espírito.
Meu Deus, queria tanto ser uma Bree. E isto não é para rir. Estou MESMO frustrada.
É que ao fim do dia o que me espera não é o metro ou um copo ou sei lá. O que me espera ao fim do dia é mais dia.
Indo mais fundo, agora - Está a custar-me imenso, isto. Sei que só se passaram dois dias e nada pode ser rotulado nos primeiros dois dias, mas está a custar-me imenso ter duas ou três horas durante o dia para mim e o resto ser de pura assistência. Custa-me ver o meu marido chegar do trabalho todo bem vestido e eu ainda estar com um moo-moo e desgrenhada até à alma. E o estado geral da casa reflecte o meu estado de espírito.
Meu Deus, queria tanto ser uma Bree. E isto não é para rir. Estou MESMO frustrada.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
O Gabriel é um herói
Não, não é um herói por ser meu filho e sobreviver.
É um herói na maneira que lida com os seus cocós.
Farto-me de ler em fóruns de mamãs sobre putos a sofrerem horrores com prisão de ventre, chorarem os pulmões para fora, e as mães enlouquecidas a meterem-lhes merditas tubulares cu acima a ver se resolvem, um drama de proporções mexicanas.
O meu filho tem andado com prisão de ventre desde que introduzi papa e maçã, mas não berra. Não, não berra. Espreme-se. Espreme-se até os olhos saltarem das órbitas e ficar da cor duma lagosta, para depois arfar, arfar. E espreme-se outra vez, até produzir o seu pequenino ovo de cocó rijo. Obra dele, mérito dele, só.
MORRO de orgulho.
É um herói na maneira que lida com os seus cocós.
Farto-me de ler em fóruns de mamãs sobre putos a sofrerem horrores com prisão de ventre, chorarem os pulmões para fora, e as mães enlouquecidas a meterem-lhes merditas tubulares cu acima a ver se resolvem, um drama de proporções mexicanas.
O meu filho tem andado com prisão de ventre desde que introduzi papa e maçã, mas não berra. Não, não berra. Espreme-se. Espreme-se até os olhos saltarem das órbitas e ficar da cor duma lagosta, para depois arfar, arfar. E espreme-se outra vez, até produzir o seu pequenino ovo de cocó rijo. Obra dele, mérito dele, só.
MORRO de orgulho.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
domingo, 21 de junho de 2009
Gratidão
Hoje passei o dia a pensar numa forma de agradecer aqui, publica e lamechamente, os últimos três meses que o Hugo dividiu comigo cá em casa, pois ele volta ao trabalho amanhã. Foram três meses absolutamente maravilhosos, em que nos descobrimos a nós próprios e ao nosso filho. Ele - Hugo - revelou ser um Homem de H grande, daqueles que não se deixam enclausurar dentro de papéis pré-determinados e literalmente meteu a mão na merda comigo.
Pensava eu no post perfeito até que, durante cinco minutos do meio da tarde, julguei que ia morrer.
Por isso, serve este post para agradecer ao Hugo por tudo, sim, mas também para agradecer a Deus pelo Hugo, pelo Gabriel, pela minha família de sangue e de casamento, pelos meus amigos que tanto adoro, pela minha casa desarrumadérrima, por cada pormenor mínimo da minha vida que é tão, mas tão maravilhosa e completa.
Pronto, fiz o meu agradecimento publica e lamechamente.
Pensava eu no post perfeito até que, durante cinco minutos do meio da tarde, julguei que ia morrer.
Por isso, serve este post para agradecer ao Hugo por tudo, sim, mas também para agradecer a Deus pelo Hugo, pelo Gabriel, pela minha família de sangue e de casamento, pelos meus amigos que tanto adoro, pela minha casa desarrumadérrima, por cada pormenor mínimo da minha vida que é tão, mas tão maravilhosa e completa.
Pronto, fiz o meu agradecimento publica e lamechamente.
sábado, 20 de junho de 2009
Quatro meses
E ele mudou muito dos três para este.
Adora panos, qualquer pano é uma festa.
Ri-se para toda a gente, é um fácil.
Adora escavacar os resguardos espalhando algodão por toda a casa.
Só bebe leite com papa (e os pais sem saber como descalçar a bota).
Tem mesmo a cabeça torta atrás.
Tem um melhor amigo, uma roca chamada Sauro (de Saurón, o Senhor do Mal - vide foto).
Come qualquer coisa que lhe cheire a açúcar.
Gosta muito do duche.
É cada vez mais divertido ser mãe dele! :)
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Não anda a comer durante o dia
E passa a noite esganado de fome, a beber biberões inteiros de 3 em 3 horas. Mal o Sol nasce, voltamos ao não comer.
O pior é que não tenho aquele músculo materno que permite fazer as coisas de madrugada na perfeição e voltar a dormir mal elas estão feitas. Eu acordo, esbarro em todos os móveis que estão minimamente no caminho, espalho leite em pó por toda a cozinha, entorno água e só volto a adormecer duas horas depois.
Trágico, mesmo.
Será que é por gostar tanto da papa que agora não come os biberões sem o docinho? É que, minhas amigas, neste ponto de vigília não tenho escrúpulos NENHUNS em lhe enfiar dois quilos de papa pela goela abaixo se isso fizer com que o puto durma melhor.
O pior é que não tenho aquele músculo materno que permite fazer as coisas de madrugada na perfeição e voltar a dormir mal elas estão feitas. Eu acordo, esbarro em todos os móveis que estão minimamente no caminho, espalho leite em pó por toda a cozinha, entorno água e só volto a adormecer duas horas depois.
Trágico, mesmo.
Será que é por gostar tanto da papa que agora não come os biberões sem o docinho? É que, minhas amigas, neste ponto de vigília não tenho escrúpulos NENHUNS em lhe enfiar dois quilos de papa pela goela abaixo se isso fizer com que o puto durma melhor.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Um clássico dos babyblogs
terça-feira, 16 de junho de 2009
A Midspring's Afternoon Dream
Sem aguentar este tempo ridículo que nos transporta para o Bangladesh ou algo que o valha, os Lyra de Carvalho rumaram à piscina.
O Gabriel detestou a água, mariquinhas.
O máximo que conseguimos foi ficar um bocadinho com ele sentado na piscina infantil com água pelos joelhos.
Já a espreguiçadeira teve um sucesso sem precedentes.
Mil e um usos, como podem ver.
O Gabriel detestou a água, mariquinhas.
O máximo que conseguimos foi ficar um bocadinho com ele sentado na piscina infantil com água pelos joelhos.
Já a espreguiçadeira teve um sucesso sem precedentes.
Mil e um usos, como podem ver.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Primeiro Exmo. Senhor
domingo, 14 de junho de 2009
Gabrieland
Os facebookers e a Ana sabem que hoje, por descuido meu, o Gabriel escorregou da sua mesa de centro direitinho para o chão. Só ouvi o leve buff e ouvi o chorinho. Como calculam ou sabem por experiência própria, o meu coração parou.
Eis o local do crime:
Enlouquecida, acordei o Hugo aos berros para irmos comprar um parquinho daqueles de chão para o bebé, de modo a tirá-lo da mesa de centro. Lá fomos os três ao Toys r' Us para descobrir que uma merreca de parque de 70 cm custava 44 eur. Ficámos parvos com o preço e fomos ver ao Continente.
Nada.
Fomos à Imaginarium, onde havia daqueles que os bebés todos têm. Pensavam cá os pobretões: bem, se todos os bebés têm, é porque é barato.
74 eur. P... que os pariu mais o parque.
Cabisbaixos e desolados, saímos dali. Foi quando a mente Dona Melânia, que é o mesmo que dizer mente Budget aqui da Melissinha começou a imaginar o crime perfeito.
Então... precisamos de limites para ele não rebolar para longe, certo?
Certo.
Mas não temos dinheiro para um parque.
Pensemos: o que mais tem limites, parece um parque mas não custa o mesmo que um parque?
Claro.
Continuamos a pensar: o que é que pode fazer de chãozinho de parque, algo macio e baratinho? Lembrei-me de uma ideia da Sofia.
4,50eur no chinês.
E pronto, com algum engenho, o Gabriel ganhou o seu novo lar à prova de acidentes - pelo menos à prova de quedas. E à prova de mãe também.
O melhor de tudo? É gigantesco, bem mais espaçoso do que o da Imaginarium e olha que fixe! No ano que vem vira piscina! :D
Eis o local do crime:
Enlouquecida, acordei o Hugo aos berros para irmos comprar um parquinho daqueles de chão para o bebé, de modo a tirá-lo da mesa de centro. Lá fomos os três ao Toys r' Us para descobrir que uma merreca de parque de 70 cm custava 44 eur. Ficámos parvos com o preço e fomos ver ao Continente.
Nada.
Fomos à Imaginarium, onde havia daqueles que os bebés todos têm. Pensavam cá os pobretões: bem, se todos os bebés têm, é porque é barato.
74 eur. P... que os pariu mais o parque.
Cabisbaixos e desolados, saímos dali. Foi quando a mente Dona Melânia, que é o mesmo que dizer mente Budget aqui da Melissinha começou a imaginar o crime perfeito.
Então... precisamos de limites para ele não rebolar para longe, certo?
Certo.
Mas não temos dinheiro para um parque.
Pensemos: o que mais tem limites, parece um parque mas não custa o mesmo que um parque?
Claro.
Continuamos a pensar: o que é que pode fazer de chãozinho de parque, algo macio e baratinho? Lembrei-me de uma ideia da Sofia.
4,50eur no chinês.
E pronto, com algum engenho, o Gabriel ganhou o seu novo lar à prova de acidentes - pelo menos à prova de quedas. E à prova de mãe também.
O melhor de tudo? É gigantesco, bem mais espaçoso do que o da Imaginarium e olha que fixe! No ano que vem vira piscina! :D
sábado, 13 de junho de 2009
Update do post anterior
"Quando fores grande vais ser chef, não é, Buba? Vais ser um grande chef e vais livrar-nos dos risottos da mãe."
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Perfect housewifing!
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Esquizodad, esquizomom
04h30, intercomunicador: unhé, unhé, unhé
04h30, lado direito da cama: suspiros.
04h30, lado esquerdo da cama: eu vou.
04h32, intercomunicador: unhé, unhé, unhé.
04h32, lado direito da cama: não ias lá?
04h32, lado esquerdo da cama: tou indo.
04h35, intercomunicador: unhé, unhé, unhé.
04h35, lado direito da cama: foste tu que o quiseste ter.
04h35, lado esquerdo da cama: diz-me só onde é que eu devolvo e resolvemos isso.
04h36, lado direito da cama: isto não é vida para ninguém.
04h40, centro da cama: auaaaa auaaaa. Buuuuu.
04h40, lado direito e esquerdo da cama: Buba! Buba bebé bom! Quem é o bebé bom? Buuuuba. Coisa boa. Buuuba.
04h30, lado direito da cama: suspiros.
04h30, lado esquerdo da cama: eu vou.
04h32, intercomunicador: unhé, unhé, unhé.
04h32, lado direito da cama: não ias lá?
04h32, lado esquerdo da cama: tou indo.
04h35, intercomunicador: unhé, unhé, unhé.
04h35, lado direito da cama: foste tu que o quiseste ter.
04h35, lado esquerdo da cama: diz-me só onde é que eu devolvo e resolvemos isso.
04h36, lado direito da cama: isto não é vida para ninguém.
04h40, centro da cama: auaaaa auaaaa. Buuuuu.
04h40, lado direito e esquerdo da cama: Buba! Buba bebé bom! Quem é o bebé bom? Buuuuba. Coisa boa. Buuuba.
terça-feira, 9 de junho de 2009
Daqui a duas semanas
Passo a ter a "profissão" que jamais imaginei para estes sapatos: serei mãe/dona de casa profissional.
O plano para depois da licença paternal era retomar as traduções, mas a crise comeu o meu trabalho, e agora não vale a pena olhar mais para os lados à procura de uma saída: por uns tempos, será esse o meu papel: ser boa mãe para o Gabriel e manter a minha casa em ordem até que volte a haver trabalho. Não vou mais ficar neurótica com isso, pois consigo orçamentar as despesas dentro do salário do Hugo.
Dinheiros à parte, e cá entre nós e que ninguém nos oiça, estou APAVORADA. Trabalho sem interrupções desde os 19 anos e sempre fui péssima dentro de casa. Nunca pensei em dedicar-me em exclusivo a uma criança e a um marido. Para ser franca, esta realidade caiu-me agora em cima da cabeça e nem consigo elaborar bem ainda. Não sei, quem sabe até goste. Há quem goste, né?
Pode ser que eu encontre uma nova face de mim mesma que eu desconhecia, pode ser que me realize. Pode ser proveitoso para mim enquanto mulher poder afinar esse meu lado, pode ser bom para o Gabriel ter-me em exclusivo para ele durante uns meses.
E também pode ser uma catástrofe de dimensões apocalípticas que me meta por um buraco negro de desespero doméstico e falta de esperança.
Vamos ver. Façamos apostas.
O plano para depois da licença paternal era retomar as traduções, mas a crise comeu o meu trabalho, e agora não vale a pena olhar mais para os lados à procura de uma saída: por uns tempos, será esse o meu papel: ser boa mãe para o Gabriel e manter a minha casa em ordem até que volte a haver trabalho. Não vou mais ficar neurótica com isso, pois consigo orçamentar as despesas dentro do salário do Hugo.
Dinheiros à parte, e cá entre nós e que ninguém nos oiça, estou APAVORADA. Trabalho sem interrupções desde os 19 anos e sempre fui péssima dentro de casa. Nunca pensei em dedicar-me em exclusivo a uma criança e a um marido. Para ser franca, esta realidade caiu-me agora em cima da cabeça e nem consigo elaborar bem ainda. Não sei, quem sabe até goste. Há quem goste, né?
Pode ser que eu encontre uma nova face de mim mesma que eu desconhecia, pode ser que me realize. Pode ser proveitoso para mim enquanto mulher poder afinar esse meu lado, pode ser bom para o Gabriel ter-me em exclusivo para ele durante uns meses.
E também pode ser uma catástrofe de dimensões apocalípticas que me meta por um buraco negro de desespero doméstico e falta de esperança.
Vamos ver. Façamos apostas.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
O meu bebé também tem uma canção!
Depois de ler no blog do Nuno Markl o anúncio do nascimento do seu petiz e a canção que dedica ao bebé, uma lembrança caiu-me em cima como um tijolão, e tão contente que eu fiquei com isso.
É que o meu bebé também tem uma primeira canção. Cantei-lha no recobro, tropeçando na letra e babando pelos cantos da boca - quem lê este blog sabe que eu estava sob o valente efeito de uma droga qualquer terminada em lol, que hoje chamo lolololol.
O Gabriel nem tchum para o meu incrível esforço de lhe cantar enquanto a minha mente vagueava em Alfa, pois estava a mamar avidamente, a sua primeira refeição cá fora.
Mas é impossível que não venha a gostar da sua canção.
Tenho um muito obrigada a dar ao Nuno Markl, mesmo não o conhecendo pessoalmente- apesar de já ter sido sua aluna - por me devolver um bom momento do meu tão atribulado parto.
É que o meu bebé também tem uma primeira canção. Cantei-lha no recobro, tropeçando na letra e babando pelos cantos da boca - quem lê este blog sabe que eu estava sob o valente efeito de uma droga qualquer terminada em lol, que hoje chamo lolololol.
O Gabriel nem tchum para o meu incrível esforço de lhe cantar enquanto a minha mente vagueava em Alfa, pois estava a mamar avidamente, a sua primeira refeição cá fora.
Mas é impossível que não venha a gostar da sua canção.
Tenho um muito obrigada a dar ao Nuno Markl, mesmo não o conhecendo pessoalmente- apesar de já ter sido sua aluna - por me devolver um bom momento do meu tão atribulado parto.
domingo, 7 de junho de 2009
O que se passa para além do choro do Gabriel
Enquanto o Gabriel chorava o seu repetitivo choro, que a mim às vezes soa como um mantra que me leva a outra dimensão, fiz desfilar na minha mente todo o genérico inicial de Young Riders, aquela série do começo dos anos 90 que dava no Agora Escolha, não se lembram? Dos cowboys bons como le corn?
Pois bem, desfilava eu o genérico inicial com nomes de actores incluidos, quando paro diante do meu cowboy preferido, o Bill Hikock. Por baixo vem a legenda do jovem adolescente desconhecido, como os outros antes dele: Josh Brolin.
Josh Brolin? Parei eu. Josh Brolin? Até o Gabriel parou de chorar e olhou para mim. Porque eu, em memória automática a citar nomes de jovens bons como le corn desconhecidos e provavelmente engolidos pela década de 90, não parei para pensar que hoje o meu cowboy preferido afinal é uma estrela de cinema.
Há anos que ando a perguntar-me por ele e ele bem debaixo do meu nariz. Mas nunca liguei o Josh Brolin adolescente que congelei como sex symbol ao Josh Brolin feiinho de hoje.
Hehe, achei engraçado.
E sim, o Stephen Baldwin também entra. Mas não sei de mais nenhuma celebridade, vou ver agora no IMDB.
Pois bem, desfilava eu o genérico inicial com nomes de actores incluidos, quando paro diante do meu cowboy preferido, o Bill Hikock. Por baixo vem a legenda do jovem adolescente desconhecido, como os outros antes dele: Josh Brolin.
Josh Brolin? Parei eu. Josh Brolin? Até o Gabriel parou de chorar e olhou para mim. Porque eu, em memória automática a citar nomes de jovens bons como le corn desconhecidos e provavelmente engolidos pela década de 90, não parei para pensar que hoje o meu cowboy preferido afinal é uma estrela de cinema.
Há anos que ando a perguntar-me por ele e ele bem debaixo do meu nariz. Mas nunca liguei o Josh Brolin adolescente que congelei como sex symbol ao Josh Brolin feiinho de hoje.
Hehe, achei engraçado.
E sim, o Stephen Baldwin também entra. Mas não sei de mais nenhuma celebridade, vou ver agora no IMDB.
sábado, 6 de junho de 2009
Em busca do nome de livraria perfeito
Se o que nos consome fosse apenas fome
Cantaria o pão
Como o que sugere a fome
Para quem come
Como o que sugere a fala
Para quem cala
Como que sugere a tinta
Para quem pinta
Como que sugere a cama
Para quem ama
Palavra quando acesa
Não queima em vão
Deixa uma beleza posta em seu carvão
E se não lhe atinge como uma espada
Peço não me condene oh minha amada
Pois as palavras foram pra ti amada
Pra ti amada
Oh! pra ti amada
Palavra quando acesa
Não queima em vão
Deixa uma beleza posta em seu carvão
E se não lhe atinge como uma espada
Peço não me condene oh minha amada
Pois as palavras foram pra ti amada
Pra ti amada
Oh, pra ti amada
Pra ti amada
Palavra Acesa, Quinteto Violado, coisa da minha infância e da minha terra.
Cantaria o pão
Como o que sugere a fome
Para quem come
Como o que sugere a fala
Para quem cala
Como que sugere a tinta
Para quem pinta
Como que sugere a cama
Para quem ama
Palavra quando acesa
Não queima em vão
Deixa uma beleza posta em seu carvão
E se não lhe atinge como uma espada
Peço não me condene oh minha amada
Pois as palavras foram pra ti amada
Pra ti amada
Oh! pra ti amada
Palavra quando acesa
Não queima em vão
Deixa uma beleza posta em seu carvão
E se não lhe atinge como uma espada
Peço não me condene oh minha amada
Pois as palavras foram pra ti amada
Pra ti amada
Oh, pra ti amada
Pra ti amada
Palavra Acesa, Quinteto Violado, coisa da minha infância e da minha terra.
criação sem teoria
É como estou a criar o meu filho. Tudo aquilo que se lê nos livros e se aprende nos cursos pré-parto? Caguei. Vou fazendo o que funciona, sem nunca interromper o curso de acção por pensamentos como "ah isto não devia ser assim."
Se ele chora desalmadamente, sem consolo, ponho-lhe uma gotinha de aer-om na xuxa, e acreditem que ele não virou nenhum toxicodependente por causa disso - ainda temos todas as pratas da casa!
Se ele está a gostar do banho, deixamo-lo gozar do momento - cagamos bem no "os bebés arrefecem depressa". Este, pelos vistos, é um fire outta control. E adora chapinhar, sem sombra de frio.
Uso toalhitas, sim. E com cheiro, porque não gosto de cheiro de cocó. O rabo dele até agora não explodiu nem caiu nem nada disso.
Ponho-lhe duas colheres de papa no último biberon da noite - conselho precioso da sempiterna Tatas - e ele adora. Até agora o intestino parece intacto também.
Não esterilizo biberons.
Não esterilizo chuchas.
E pronto, é assim. E ele é tão chatinho e delicioso quanto qualquer bebé bythebook.
Se ele chora desalmadamente, sem consolo, ponho-lhe uma gotinha de aer-om na xuxa, e acreditem que ele não virou nenhum toxicodependente por causa disso - ainda temos todas as pratas da casa!
Se ele está a gostar do banho, deixamo-lo gozar do momento - cagamos bem no "os bebés arrefecem depressa". Este, pelos vistos, é um fire outta control. E adora chapinhar, sem sombra de frio.
Uso toalhitas, sim. E com cheiro, porque não gosto de cheiro de cocó. O rabo dele até agora não explodiu nem caiu nem nada disso.
Ponho-lhe duas colheres de papa no último biberon da noite - conselho precioso da sempiterna Tatas - e ele adora. Até agora o intestino parece intacto também.
Não esterilizo biberons.
Não esterilizo chuchas.
E pronto, é assim. E ele é tão chatinho e delicioso quanto qualquer bebé bythebook.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
quarta-feira, 3 de junho de 2009
terça-feira, 2 de junho de 2009
Dieta do Gabriel
1a semana: 2 colheres de papa com 40 ml de leite ao almoço.
2a semana: 2 colheres de papa com 40 ml de leite ao almoço e ao jantar.
3a semana: papa ao almoço e sopa ao jantar.
4a semana: papa ao almoço, sopa ao jantar e fruta ao lanche.
Qual Gabriel qual carapuça! Quem vai fazer essa dieta sou EU!!!!
Hmmm Claudia Schiffer, roa-se de inveja daqui a um mês.
2a semana: 2 colheres de papa com 40 ml de leite ao almoço e ao jantar.
3a semana: papa ao almoço e sopa ao jantar.
4a semana: papa ao almoço, sopa ao jantar e fruta ao lanche.
Qual Gabriel qual carapuça! Quem vai fazer essa dieta sou EU!!!!
Hmmm Claudia Schiffer, roa-se de inveja daqui a um mês.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Neste dia da criança
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