domingo, 28 de fevereiro de 2010

Curtinha premonitória

Este ano cheira-me a annus horribilis. É que cheira mesmo. E não pode ser, porque agora o Gabriel existe e todos os anos têm de ser bons.
(Os maiores annii (?) horribilum (haha) de sempre começaram bem. Vou concentrar-me nessa noção.)

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Uma história de livros

Agasto-me facilmente quando as pessoas falam de livros. Não das obras em si, mas naquilo que os livros são para elas. Já frequentei uma aula dum curso de escrita criativa e os meus colegas, a falar dos livros e da importância dos mesmos nas suas vidas, deixavam-me a bocejar pela quantidade de lugares comuns que vomitavam. Que os livros são uma companhia, que falam com eles, que as personagens são como elementos de família, que adoram o cheiro das páginas velhas, de ouvir a chuva a bater enquanto escrevem ou lêem e mais isto e mais aquilo. Conhecem certamente este género de artista atormentado e sensível que por acaso, e apesar de haver excepções, escreve mal como o catano e que tem a tendência particularmente irritante, quando tenta fazer algo mais intimo, de começar todas as frases com verbos conjugados na primeira pessoa do passado. Amei, Senti, Percorri, Destaquei, Pensei, Perscrutei, Toquei e mais uma quantidade de “eis” que tornam qualquer prosa francamente insuportável. Bastava olhar para os livros de que tanto gostam para perceberem que ninguém escreve assim.
Mas isto tudo a propósito dum livro que ando a ler chamado A Sombra do vento escrito pelo espanhol Ruiz Zafón e que tem sido uma maravilha conhecer. Os livros têm um peso importante na história e a vida das personagens gira toda em redor dos mesmos. Portanto, nas minhas viagens de comboio, entre um capitulo e outro, comecei a pensar na relação das pessoas com os livros e lembrei-me duma história que me aconteceu e que, apesar de não ser nada de grande monta, foi bastante importante na minha aproximação à literatura.
Durante a minha juventude nunca fui um grande leitor. Li os livros duma aventura e os Maias em sequência do programa escolar do 11º ano. Este último foi uma chatice e acabei por saltar imensos capítulos para poder dizer à professora que o li. Eça de Queiroz foi o grande responsável por me afastar da leitura ao longo de 4 anos.
Nos meus 20 anos comecei a ler os suplementos de cultura dos jornais. Essas leituras encheram-me de curiosidade pelas artes, nomeadamente a 7ª, passando eu a frequentar o cinema King e o Nimas e assistindo a uma enxurrada de fitas alemãs, polacas, italianas e francesas de que muito me orgulhava de conhecer.
Foi por essa altura que decido dar uma oportunidade à literatura. Então meti-me na livraria Barata com o objectivo de comprar um livro. Sem qualquer noção do que era bom e do que era mau, ouvi uma conversa à porta entre duas pessoas que contavam a história dum jogador de poker e dum amigo que ficaram presos a construir um muro em consequência dum jogo que correu mal e onde perderam todo o dinheiro que tinham. A construção do muro serviria para pagarem a dívida. Pensei que seria uma boa história e fiquei a pensar nisso ao ponto de o desejar.
Lá entrei na Barata e pus-me a folhear livro atrás de livro à procura de algo que me agradasse ou, pelo menos, que não me aborrecesse como o Sr. Eça. A busca pelo volume perfeito foi longa e, analisadas todas as prosas, achei que a do Paul Auster era a mais interessante e acabei por comprar a Música do Acaso.
A escrita do autor era tão absorvente que me cativou desde o início e nada conseguia conter o meu interesse por aquelas páginas, lendo tudo quase de seguida.
O curioso é que, por obra do destino, vim a descobrir, que o livro que tinha comprado era exactamente aquele que aquelas duas pessoas estavam a falar à porta da livraria.
E pronto, esta é a minha história de livros.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Berreiros às três da manhã

- Vou comprar-lhe um chá com calmante.
- Um chá calmante?
- Não. Um chá com calmante.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Introdução de alimentos sólidos

Podia escrever aqui um relato mais ou menos longo do insucesso que tem sido, por isso, maltinha dos filhos, vou directo ao que importa:
DICAS PARA BEBÉ REBELDE PRECISAM-SE.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Amor de pai

… foi mais ou menos como um filme dos irmãos Cohen. Quando cheguei o Gabriel estava mesmo em baixo.
- Tem uma invaginação intestinal. Dificuldade em fazer cócó. Por isso é que o coitadinho vomitou. Saiu tudo pela boca. Qualquer coisa que o pode estar a prender. Normalmente isso resolve-se com um clister, mas pode ser necessário operar. Vamos ver. Fique com ele aqui um bocadinho porque vai ser transferido para o Santa Maria. Vou tratar de tudo, mas temos de fazer uns exames e só podem ser feitos lá porque não temos a tecnologia necessária. Não se preocupe que vai tudo correr bem.
Enquanto o médico tratava das coisas, telefonemas para a frente e para a trás como as cenas mais dramáticas duma série de médicos, fiquei com o Gabriel ao meu colo. Encolhido como uma gamba, começou a fazer força, a querer deitar para fora a porcaria que tinha presa nos intestinos. Apoiei como pude o esforço e desejei que fosse bem sucedido na sua tentativa.
- Força filho!
Ao princípio, se calhar levado pela certeza de ter de ir fazer exames no inferno dum hospital público ou pela dor que o meu filho estava a ter nem senti. Mas quando os meus pensamentos ficaram mais leves havia um calor que se alastrava. Primeiro na mão depois no peito, barriga e pernas.
Era merda! Castanha, claro, muita e derretida com um cheiro insuportável que me tinha tingido blusão, camisolão, camisola interior e calças. Toda a roupa que trazia no corpo. Se o Stan Lee me visse teria a ideia de criar o Homem Merda.
O Gabriel de pois do alívio começava a ganhar, felizmente, alguma cor. Toda a roupa que trazia vestida foi inutilizada. O body , os collants, as calças. Arrastei-me com a cria para a casa de banho numa uniformidade arrepiante e mal cheirosa onde manchas repulsivas nos tingiam a roupa e pele. Para que o constrangimento ficasse na memória de todos, quis o arquitecto do Hospital Lusíadas, que as únicas casas de banho disponíveis para o público ficassem, precisamente, no meio da sala de espera das urgências. O nosso surgimento na sala, cheia de crianças e acompanhantes, foi escoltado com um silêncio espontâneo e embaraçoso. O único som que se podia ouvir era o genérico da Manon que se evaporava como uma marcha fúnebre da televisão sintonizada, obviamente, no Canal Panda.
- Manon, tarararara, Manon…
Não tínhamos roupa a não ser a que estava literalmente colada ao pêlo. Uma das enfermeiras ofereceu-me um body cor-de-rosa para pôr no miúdo.
- Só temos isto! - e encolheu os ombros.
Lavei e esfreguei os meus pertences o melhor que pude. Disfarcei a tonalidade do borrão mas não o cheiro e sempre que entrava em qualquer sítio, enfim compreende-se, julgo eu, aonde quero chegar.
No Santa Maria, depois de evitarmos, com a pressa, atropelar 257 ciganos que estavam à porta a fumar, fomos atendidos com uma simpatia brutal e, depois dos exames feitos, podemos finalmente respirar de alívio. Estava tudo normal. Mas o aviso foi dado:
- Este tipo de coisas acontecem e são normais. Fique só atento que pode acontecer outra vez!
E lá fomos os três, em união familiar de volta para o lar. Com o carro cheio de coca-colas, pãezinhos de leite e bolachas que tínhamos comprado, antes da urgência, para compor a mesa na comemoração do primeiro aniversário dele no Sábado.
- Pá, abre aí o porta-luvas! Acho que está aí um ambientador. Colocá-o aí no retrovisor o mais rápido que puderes!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Preparativos (ou como sou um prato cheio para qualquer vendedor de meia tigela)

- Então onde é que se escreve os parabéns?
- Não se escreve, só quero mesmo a figura.
(cara pasmada do outro lado do balcão)
- Nem uma plaquinha?
- Não, basta o boneco.
- Vai assim, mesmo?
- Vai.
- Mas e se...
- Está bem, escreva lá os parabéns.

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- E donuts de chocolate, quer?
- Não, já tenho brigadeiros.
- brigadeiro não é donut.
- Pois não, mas é chocolate.
- Ponho só uns 10.
- Não ponha, não quero.
- Mas os meninos...
- Está bem. Ponha todos de chocolate.

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- Mas não quer amêndoa no bolo porquê?
- Porque acho feio.
(risotinha)
- Então quer só o chantilly, assim, sem nada?
- Sim.
- Mas as amêndoas cortam o doce.
- Se não quisesse doce, encomendava uma bôla.
- Estou só a dizer porque as pessoas normais não sabem.
- Ah, as pessoas normais não...
- Estou só a dizer. Tem a certeza que...
- Não, não tenho a certeza. Cubra-me lá o bolo com amêndoas. Todo. Cubra-o todo.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Desabafo em trinta segundos

Sou uma mulher assertiva. Não sou de sonhos, sou de planos. Os meus planos são detalhados, objectivos, e sou capaz de mergulhar de cabeça neles sem olhar para trás e sem pinga de medo.
Sou destemida. E sou razoavelmente inteligente também.
Consigo virar a minha própria mesa sem remorsos sempre que acho necessário. Sou desapegada do passado.
Já tomei uma quantidade de decisões radicais que muita gente não vai tomar numa vida toda - boas e más, mas tomei-as. E, à Sinatra, posso gabar-me de ter sempre feito tudo à minha maneira.

Porque diabo, tendo isso tudo a meu favor, não consigo fazer nada em relação ao meu corpo?

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Uma família feliz

Quando começa a dar o Tiro ao Álvaro da Elis no Jumbo, começam os três a dançar um sambinha discreto sem se dar conta disso.
De tanto levá...

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Desdém

- Desculpa lá, mas este bebé do mês é muito fraquinho. Mesmo muito fraquinho, olha-me isto. Beurgh! Carinha de mete-nojo.
- Deve ser chatinho.
- Pois deve. Não entendo.
- Ó, isso são tudo cunhas. Deve ser sobrinho de alguém.
- É. Um bebé assim tão sem sal.
- Quando tinham um tão mais giro para escolher.
- Nem me digas nada.
- Isto é só mau gosto.
- E cunhas.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Segredos corrosivos

Meses antes de morrer, a minha mãe partilhou comigo um segredo. Um meio segredo, na verdade, porque ela se calou a meio e deixou-me a mim completar o resto da frase sozinha.

Ela pôs aquilo para fora como um veneno ruim, para desintoxicar.
E intoxicou-me a mim.

Não quero que este seja mais um post deprê - eles têm sido assim ultimamente, não sei porquê, porque até ando muito alegrezinha. Na verdade, é um post bastante prático: alguém tem algum truque para esquecer coisas assim? É que há cinco anos que o tal segredo me come por dentro sempre que me lembro dele, me lixando noites, tardes, momentos, o que for.
Não, não vou pô-lo cá para fora. Nunca. Quero mesmo um método de o apagar e mais nada.

(Agora ri-me porque estou neste momento com uma dor de barriga como não me lembro de ter tido antes, que já sei de antemão como vai acabar. Será que estou a escrever isto para tentar que o segredo vá junto?)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Perguntas pertinentes

Já lá vão os tempos em que um gajo como eu se podia refastelar no sofá e passar o dia a ver futebol, agarrado a uma cerveja e a emborcá-la sensualmente em tronco nu. A única coisa, no entanto, capaz de me tirar do trono era um programa que tinha e tem o dom de transformar as mulheres em loucas desvairadas.
-Sai já daí! Se queres ver a bola vai para o café. Vai começar a Anatomia.
Agora tudo mudou de figura. A televisão lá de casa está sempre sintonizada no Panda ou então na RTP2. Não interessa se se está a disputar um Benfica-Milão ou então a ser transmitido a season finale do sucesso da Fox. Aconteça o que acontecer no mundo não tem tanta importância como saber onde está o tesouro do Pocoyo ou a carta do carteiro Paulo que se perdeu algures.
Felizmente a maior parte da bonecada até é interessante de seguir, tirando a vila moleza que me dá mesmo uma dor de cabeça com tanta parvoíce junta.
Ora, para testar o seu grau de atenção ao que a sua cria vê, aqui fica um questionário com 10 perguntas:

1- Os irmãos Kola são aviadores de profissão. Sobrevoam os céus sempre com o intuito de ajudar os amigos em dificuldades. De que cor é o avião dos irmãos?
A: Verde
B: Amarelo
C: Azul
D: Vermelho

2- A acção dos irmãos Koala é toda ela passada na Austrália. Como é uma terra quente a bonecada por vezes passa um mau bocado e só consegue refrescar-se com um gelado. Como se chama a vendedora de gelados?

A: Lola
B: Marta
C: Luísa
D: Menina Pilar

3- Um dos mais extraordinários desenhos animados até hoje feito para crianças sem juízo é o Pocoyo. De entre os amigos dele, destaca-se o pato, que é o tipo que normalmente se trama no meio daquilo tudo. De que cor é o chapéu dele?

A: Verde
B: Azul
C: Castanho
D: Amarelo

4- Qual é a nacionalidade de Pocoyo?
A: Francesa
B: Argentina
C: Espanhola
D: Belga

5- Em a ovelha choné, uma criação do estúdio Aardman, o mesmo da fuga das galinhas e Wallace and Gramit, qual é a grande ambição de Blitzer, o cão pastor?

A: Ambiciona encontrar uma cadela para constituir uma família
B: Encontrar o pai
C: Ter uma vida pacata
D: Expulsar o gato Paulo da quinta

6- Enid Blyton, a autora dos livros juvenis “os cinco” ou “os sete”é a criadora dum dos personagens que mais sucesso faz entre os catraios. Quem é a personagem?

A: Noddy
B: Rucca
C: Manon
D: O carteiro Paulo

7: A vila moleza deve ser a coisa mais estúpida que dá na televisão portuguesa, talvez não tanto como as séries de vampiros, mas é quase tão estúpido como. Qual é o nome do vilão?

A: Rupert Malígno
B: Ralph Perguiçoso
C: Ron Mauzão
D: Robby Reles

8: O carteiro Paulo é um simpático carteiro que anda sempre dum lado para o outro com o seu adorável gato preto e branco. Como se chama o gato?

A: Bibo
B: kiko
C: Fofinho
D: Miau

9: Nanny Mãosinhas é um simpático construtor que tem a ajuda sempre pertinente das suas ferramentas faladoras. Qual é a cor das luvas que ele habitualmente usa?

A: Amarelas
B: Vermelhas
C: Laranjas
D: Verdes

10: No filmes carros como se chama o grande rival do Faísca Mcqueen?

A: Filmore
B: Ramone
C: Mate
D: Chick Hicks



Respostas
B; A; A; C; C; A; D; B; A; D

Perdão a todos os outros...

... Mas este é, definitivamente e de longe, o meu blog preferido neste momento.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Convite chumbado

10:45 Melissa: Hugo, durante a hora de almoço faz aí um texto para o convite do Gabriel. Uma coisa curta mas com alguma piada.
11:45 Melissa: Deixa estar que já fiz

Aqui fica a minha tentativa:


Ora aqui está.
Como é normal nestas coisas, os meus pais acharam por bem comemorar o meu primeiro aniversário com alguma pompa e circunstância.
Por isso, coitadinhos, como não conseguiram alugar um salão de festas como era a ideia inicial, aparentemente eu dou mais despesa do que pensavam, lá se safaram como puderam e a festa vai ser mesmo em casa.
Contem então com arroz doce, salame, gelatina, sandes mistas de Panrico, pasteis de bacalhau, croquetes (há quem diga que são os melhores do mundo) e pastelaria variada.
Apareçam dia 20 pela tarde.

Agradecido
Gabriel

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Gerindo a vida

Este será um post muito chato - aliás, depois de ler o meu mês de Fevereiro do ano passado, em que estava inspiradíssima pelo fim da gravidez, qualquer post é chato. Mas apetece-me escrever sobre essas coisas.

Para nós, tempo uns com os outros é mais importante do que ter a casa em ordem. E não digo impecável, daquelas de se poder comer no chão. Digo em ordem, mesmo. Muitas vezes está tudo de pernas para o ar e sujo à brava enquanto passamos o dia a rebolar alegres e contentes, só porque é sábado, só porque é uma casa cheia de amor e sem nenhuma disciplina.
A lei do menor esforço rege-nos.
Sendo assim:

Faço uma lista do que vou fazer para os jantares durante a semana e compro o necessário no sábado. O Hugo leva sopa e sandes para o trabalho, eu almoço o que houver. Anoto o que gasto, porque não somos mesmo nada ricos. Eu cozinho, o Hugo lava.

Faço três panelas de sopa, uma com carne, uma com frango e uma com peixe para o bebé. Congelo tudo separadamente.

Não passamos a roupa. Vai directo da máquina de secar para as gavetas. Todas. Não compramos roupa que precise de passar e as quatro camisas que temos entre os três vai para a engomadoria. Achamos que passar roupa é a coisa mais horrorosa e inconcebível no mundo.

Não dobramos roupa íntima. Temos cada qual a sua gaveta com as ditas lá dentro, lavadinhas e enroladinhas em bolas.

Não fazemos a cama. Às vezes, quando me baixa um certo espírito de governanta suíça, jogo o edredon por cima de tudo.

Temos uns cestos espalhados pela casa cheios de objectos que não pertencem àquele local, que supostamente deveríamos esvaziar de vez em quando - guardando as coisas nos seus lugares. Supostamente. Neste momento, funcionam como baú do tesouro para o bebé, que adora revirá-los, descobrindo coisas que julgávamos perdidas há anos.

Temos uma empregada uma vez por semana, e tem mesmo de ser, porque se não viveríamos ou soterrados em porcaria ou sem tempo uns para os outros, e o tempo já é tão pouco e é tão sem preço. Às vezes estou numa fase mais organizada e dispensamos a empregada essa semana, poupando assim dinheirinho bom e indo jantar fora.

Temos coisas provisoriamente coladas com fita-cola desde que nos mudámos.

Temos um enfeite do Natal de 2007 pendurado na porta de entrada.

Não temos máquina de lavar loiça. Quando vêm cá pessoas almoçar, comemos em pratos de plástico e acho que ninguém se incomoda, ou pelo menos ninguém parece incomodado - só eu, que me dá sempre a vergonha na cara na altura. Faço SEMPRE lentilhas guisadas. Sei cozinhar outras coisas, mas as lentilhas são um êxito perene.

(ADORAMOS, ADORAMOS, ADORAMOS ter cá os amigos a almoçar nos fins de semana. Imagina se íamos usar esse rico tempo para limpar a casa. Haha.)

Não acumulamos objectos. O que não é usado há seis meses é convidado a sair desta casa. Seria mais uma coisa para limpar, caso limpássemos.

Adoro comprar detergente para a roupa e amaciador. É um prazer incrível para mim. Sempre que vou ao supermercado cheiro vários. Adoro quando estão a acabar e tenho de comprar mais. Também tenho um prazer parecido com os champôs, mas nada que se compare.

O Hugo é cem mil vezes mais organizado do que eu, o que não é dizer muito.

Ainda não dá para saber a quem sai o bebé.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O António chegou!


Com quase quatro quilos, justificando assim todas as queixas da mãe.
Ao receber a mensagem com o peso, não me ocorreu nada mais inteligente para mandar do que: QUE BOI DE BEBÉ.
Sou muito anormal, mesmo.