terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2013 - o anuário da gratidão

Estando o diário de gratidão do FB em férias de Natal, passo aqui os olhos pelo meu 2013, um ano bom, talvez muito bom. Estou grata por, em nenhuma ordem:

- Todos nós desta casa termos tido saúde de janeiro a dezembro, especialmente o meu Gabriel; Grata, profundamente grata pela saúde dos meus, muito antes de qualquer outra coisa.

- Ter podido ajudar a Juliana quando ela mais precisou. Agradeço tudo que aprendi com ela. Muito grata por todos que me ajudaram a ajudá-la, e não foram poucos. Comovo-me até hoje ao lembrar-me.

- Do fim de 2012: agradeço aquele jantar com a Rita e a Casaca, como estávamos bem e felizes! Também sou grata por ter podido voltar a ver a bela Rita uma última vez depois disso.

- Grata pelo meu marido e as suas pequenas paixões. Adoro vê-lo desenhar concentradíssimo, sócios. 

- Grata pelas minhas amigas mais chegadas. Porra, vocês são as maiores. Estou a coçar-me para pôr nomes, mas não vale a pena, elas sabem. Grata também por ser gaja de amigas, mais do que de amigos (há tanto mulherio por aí a dizer que se dá melhor com homens do que com mulheres, não é? Fujo). Grata pelas boas notícias profissionais que as minhas amigas receberam este ano, vibrei com cada uma.

- 2013 foi um ano muito intenso profissionalmente, e adorei cada bocado (menos, talvez, a calmaria de fevereiro, isso foi ruim e fez-me pôr em causa tudo que construí até hoje, drama-queen que sou).

- Grata pela mão que me guiou na mudança de escola do meu filho, para bem melhor. Grata por todos que o fazem crescer a olhos vistos, tão lindo, tão bom: educadoras, monitoras de ATL, colegas, amigos.

- Grata pelas leituras da Cátia, que muito me ajudaram. 

- Grata pela nova fase que o meu pai está a viver, mais do que ele possa imaginar.

- Estou confiante nos caminhos do meu irmão. Espero poder dizer "grata" no ano que vem, e caramba, já digo, já digo.

- Pela visita da minha tia, que me soube pela vida. Pensamos que estamos bem sem mãe, até termos uma durante uns dias e ver a falta que faz.  

- Pelas melhores férias de verão que já tivemos em família.

- Pelas decisões tardias, mas bem tomadas.

- Pelo amor sempre presente. Pelo respeito pelo tempo de cada um. Pelo tempo.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O desejado fim do culpossauro

A única coisa urgente a mudar em mim é a necessidade de ter sempre algo urgente a mudar em mim. Mesmo assim, há, sim, uma coisa urgente.Chamemos-lhe Coisa Urgente a Mudar em Mim Nº 2 (sendo a número um a necessidade de ter sempre algo urgente a mudar em mim).

Deixar de ser o culpossauro. É que vocês não fazem ideia das responsabilidades que reclamo para mim. É ridículo. E pesadíssimo. E causam uma ansiedade brutal, porque se há alguma coisa, qualquer coisa desequilibrada à minha volta, num raio bastante razoável de adultos, a culpa é minha.  Caneco, como estou cansada disto. E vem tudo de mim, ninguém me faz sentir assim (até onde percebo).

Às vezes pergunto-me freudianamente se será mais um mother issue a somar-se aos demais, ou se acho toda a gente à minha volta incapaz de cuidar da própria felicidade. Ou se acho que sou Deus, capaz de trazer a bonança sempre. Se é o sentir-me a única adulta de dois irmãos, um marido e um filho, ou seja, toda a minha família por cá (injusto com eles). Ou se apenas me acho tão fundamentalmente errada que, enfim, a culpa só pode mesmo ser minha. Estou inclinada a pensar que é o último.
Xô, culpossauro! Quero ser o quesefodossauro.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Os melhores de 2013

O do Hugo. Arrebatador.

O meu. Provocou reações intensas num São Jorge à pinha e falamos no filme até hoje. É o maior.

O meu livro do ano. Um policial, quem diria. Nos autores, Gillian Flinn.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Do mais-que-urgente blog "Dances With Fat"

What is Health at Every Size?
  1. Accepting and respecting the diversity of body shapes and sizes
  2. Recognizing that health and well-being are multi-dimensional and that they include physical, social, spiritual, occupational, emotional, and intellectual aspects
  3. Promoting all aspects of health and well-being for people of all sizes
  4. Promoting eating in a manner which balances individual nutritional needs, hunger, satiety, appetite, and pleasure
  5. Promoting individually appropriate, enjoyable, life-enhancing physical activity, rather than exercise that is focused on a goal of weight loss.    

sábado, 21 de dezembro de 2013

Transmimento de pensação

No dia em que publiquei o último post do blog, sem o ler, o Hugo comprou o livro do Adrian Tomine.
Eis a capa do livro.


quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Frase gira que apanhei no Facebook


 “Seeing someone reading a book you love is seeing a book recommending a person.”

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Curtíssima sobre algo que odeio em blogs

Publicidade travestida de post pessoal. Argh. Olha aí a honestidade, pessoal. Até nas revistas vem uma coisita a dizer "publireportagem" por cima.

Se a publicidade não tem nada de errado, e não tem, mesmo, para quê encapotá-la? Acham, por acaso, que os leitores são otários? É que é como me sinto quando me deparo com uma num qualquer blog que siga. E deixo de o seguir sumariamente. Não me parece que seja a única.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Para as minhas amigas magrinhas

Há muito que um blog não me enchia tanto as medidas como The Militant Baker. Que inspirador. Que inteligente. Que lufada de ar fresco.

Nunca tinha pensado nas coisas que se dizem desavergonhadamente às magras até a dona Gralha me alertar para o facto num seu post. Descobri que eu própria fazia comentários, como se fosse completamente aceitável (que vergonha). Não é. E este post é sobre isso, e é fixíssimo como o resto do blog.

Espero que gostem, mocinhas. Eu gostei muito.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Prendas de Natal prioritárias

Já estão. São elas:

 - Educadora do Gabriel;
- Auxiliar da educadora do Gabriel;
- Professor de inglês do Gabriel;
- Monitoras do ATL do Gabriel;
- Professora de natação do Gabriel;
- Professor de karaté do Gabriel.

Não é com presentes que mostro a amigos e família o quanto os aprecio e sou grata por eles.

domingo, 8 de dezembro de 2013

sábado, 7 de dezembro de 2013

Melissinha recomenda

Sim, farei publicidade! (Não paga, infelizmente. Bem podiam pagar em géneros).

Sou doida por cheiros. Não tanto perfumes, mas sabonetes, champôs, géis (?), cheirinhos vários. E quando fui ao Festival Zen fiz um workshop com a Ki - energia pura, e, caramba, nunca vi malta para trabalhar com tanto amor. Além de fazer os meus próprios sabonetinhos naturais, comprei um sabonete de canela delicioso (e totalmente, 100% mesmo natural) e a maravilha deste ano: uma água de lençol.

Que serr uma água de lençol? Um líquido à base de óleos essenciais (no meu caso, de alfazema) e álcool e que cheira belissimamente. Borrifa-se aquilo nos lençóis antes de dormir e mmmmm.... que soninho bom. E o melhor: sem parabenos, nem nada de coisas do mal - dá para ser usado como perfume, na boa. O Hugo adorou.

Para quem gosta de energia da boa, fazem todos os produtos com a ajuda de mantras, reiki e frequências.
Gostei mesmo, e recomendo.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Quando a minha mãe entrou oficialmente em estado terminal*, eu passei a ser a filha da mulher que ia morrer. Era assim que as pessoas olhavam para mim. Não havia outro assunto possível, não havia brechas. Eu só queria pôr a conversa em dia, falar da novela, fazer uma piada. Mas não dava, não havia clima, porque estava toda a gente a "pôr-se no meu lugar", gente boa,  muito boa, desejosos de ajudar de alguma forma, ansiosos por me dar colo. Mas eu não queria colo. Eu queria respirar. A única coisa que eu queria era que me tirassem daquele filme de terror nem que fosse por dois minutos, e não me incentivassem a chafurdar nele.

Só passei quatro dias assim. Tudo com a minha mãe se precipitou misericordiosamente depressa. Graças a Deus.

Nem imagino o que é passar meses à espera do inevitável. Meses à espera de que o resto da vida comece, meses à espera de ver como será a perda, se seremos engolidos, se morreremos também.

Cada vez que a minha amiga Ju faz like a uma foto minha no Instagram ou no FB, mando-lhe uma mensagem alusiva à tragédia que ela está a viver. Obrigo-a a posicionar-se quando ela provavelmente só quer uma escapatória qualquer durante um segundo que seja. Uma pessoa pensa que aprende, mas não aprende nada, estamos sempre a mudar de papéis, a cumprir o guião que nos compete do zero. Um diabo, isto. 

*Não sei como se diz isso em mediquês, se há algum termo consagrado. Refiro-me, obviamente, ao momento do "sua mãe não vai melhorar". 

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A rapariga de quem nenhuma daquelas pessoas se lembrará daqui a dois dias

Chegar à porta da escola do filho mais cedo  porque hoje era um dia especial, e dar com a porta da escola cheia de ambulâncias, polícias, bombeiros. O coração pára. Mas olho para o fundo e vejo que a comoção é na linha. Uma rapariga tinha-se atirado para a frente do comboio.

"Está sempre a acontecer aqui", diz a auxiliar da sala do meu filho. "Nós dizemos-lhes que o comboio se avariou na roda. O barulho é inconfundível. Sabemos na hora o que aconteceu."

A rapariga a quem a vida correu mesmo muito mal é uma avaria no comboio. Quem seria? Todos na estação falam dela. Uma senhora com um lenço na cabeça, aquele lenço que tem "quimioterapia" estampado em toda a extensão, olha, atónita, para a linha do comboio. Lia-se no olhar dela: olha que esta realmente. Outra mulher diz: amo a minha vida, amo a minha vida. Um saco na beira dos carris. Uma criança pergunta à mãe o que é aquilo. Um cão, diz a mãe rapidamente. O comboio apanhou o cão, coitadinho.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Do sábado

O Hugo foi a um workshop de desenho no Seixal e adorou. O único senão foi ter voltado com as mãos completamente azuis. Dizem que passa numa semana.

O Gabriel foi para a vodrasta ser mimado, estragado, apaparicado e outros sinónimos.

Eu fui para o Festival Zen, e, como se diz na minha santa terrinha, lavei a burra: fiz o tão adiado workshop de sabonetes (ficaram lindos! Quero fazer mais), assisti a uma palestra sobre o significado dos arcanos maiores no tarot (que me valeu uma ideia para outro oscarizável) e fiz outro workshop de oráculos (nem tenho palavras para descrever esse: ainda estou parvinha da vida). Pelo meio, presenteei-me com uma indian head massage e uma sessão de reflexologia. Uma maravilha.

Acabámos o sábado a jantar juntos, com o meu irmão, e com a sensação fixe de termos descoberto mais um nicho a explorar na família: o do cada qual para o seu lado.