sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
Rehab
É um filme sobre salvamentos. Guionistas que tentam reabilitar uma personagem, uma filha que tenta reabilitar o pai.
Lindo. E, para mim, lindo e profundo. Fartei-me de chorar sozinha na sala de cinema.
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Vamos lá ser honestos
Quanto tempo já perdeste passaste no Facebook até hoje?
Noventa dias, aqui. E tenho a certeza de que foi mais.
Noventa dias, aqui. E tenho a certeza de que foi mais.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Porque faz parte da vida
Que maravilha de crónica que me veio parar ao FB hoje. Foi uma atitude que mudei quando a minha própria mãe morreu. Não quis ir ao enterro, pois toda a vida me ensinaram que virando as costas aos maus momentos eles deixam de existir. Caneco, foi a minha própria mãe que me ensinou isso. A minha mãe acreditava que se não nos víssemos numa despedida, ela não se faria sentir. Se não falássemos na morte, ela não chegaria. Aliás, a única vez que a minha mãe falou da morte foi para dizer que, quando morresse, não queria que a vissem (mais uma fuga, é óbvio - mas respeitámos isso).
Decidi ir ao funeral a cerca de meia hora do fim, sendo que estava a vinte minutos de distância. A minha querida Sunny, que também passou a vida a não ir a funerais, agarrou em mim e lá fomos em disparada. Chegámos mesmo, mesmo no fim da missa de corpo presente. Pude ver a cara de dor das pessoas. Pude ver o caixão da minha mãe. Pude tocar-lhe e chorar com muita força. Pude vê-lo descer à terra. Pude lançar-lhe flores. Aguentei o choro das pessoas que mais a amavam. Aguentei os abraços. Senti-me só, só como nunca antes. Mas só virei as costas mesmo no fim.
O melhor amigo dela sussurrou-me ao ouvido: eu já estava indo te buscar para te trazer à força.
Melhor amigo, até ao fim.
Porque não é para gostar. Porque não é para ser bom. Porque não temos de concordar com os rituais para agir em conformidade - não somos o centro do mundo. Na morte, não somos nada - o que importa são os outros, o que partiu e os que ficaram. Na morte, devemos ser veículos de amor, e nada mais. O ego pode esperar.
Decidi ir ao funeral a cerca de meia hora do fim, sendo que estava a vinte minutos de distância. A minha querida Sunny, que também passou a vida a não ir a funerais, agarrou em mim e lá fomos em disparada. Chegámos mesmo, mesmo no fim da missa de corpo presente. Pude ver a cara de dor das pessoas. Pude ver o caixão da minha mãe. Pude tocar-lhe e chorar com muita força. Pude vê-lo descer à terra. Pude lançar-lhe flores. Aguentei o choro das pessoas que mais a amavam. Aguentei os abraços. Senti-me só, só como nunca antes. Mas só virei as costas mesmo no fim.
O melhor amigo dela sussurrou-me ao ouvido: eu já estava indo te buscar para te trazer à força.
Melhor amigo, até ao fim.
Porque não é para gostar. Porque não é para ser bom. Porque não temos de concordar com os rituais para agir em conformidade - não somos o centro do mundo. Na morte, não somos nada - o que importa são os outros, o que partiu e os que ficaram. Na morte, devemos ser veículos de amor, e nada mais. O ego pode esperar.
domingo, 26 de janeiro de 2014
Tranquilidade*
1) Elas não perdem tempo sentindo pena de si mesmas
2) Elas não ignoram o próprio poder
3) Elas não fogem dos desafios
4) Elas não gastam energia com coisas que não podem controlar
5) Elas não se preocupam em agradar todo mundo
6) Elas não têm medo de assumir riscos calculados
7) Elas não renegam o passado
8) Elas não cometem o mesmo erro várias vezes
9) Elas não ficam ressentidas pelo sucesso alheio
10) Elas não desistem depois da primeira falha
11) Elas não temem a solidão
12) Elas não acham que o mundo deve alguma coisa a elas
13) Elas não esperam resultados imediatos.
Preciso de melhorar os pontos 4, 5, 11 e 13.
* No original: 13 coisas que as pessoas mentalmente fortes não fazem.
sábado, 25 de janeiro de 2014
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
Falhar feio
- Vou-te buscar ao lanche, ok? Não vais para o ATL, hoje vamos ao Ikea.
- Ao lanche? Fixeeeee!
- Sim, não é preciso ires para o ATL, espera-me lá em baixo.
Pois.
Mas hoje foi o primeiro dia de folga numa longa fila de dias doidos e eu... deixei-me adormecer. Acordei 23 minutos depois da hora combinada. Cheguei lá e estava o meu filho no ATL a brincar sozinho a um canto, dececionadíssimo, olhos vermelhos de chorar. Disse-me a auxiliar que depois do lanche, ele vestiu o casaco, pôs o gorro, agarrou na lancheira e pôs-se à porta. As mães começaram a chegar, e nada da dele. E chegou a hora de subir para o ATL, e nada de eu chegar, e aí ele abriu o berreiro. Abriu mesmo a sério: ele, que nunca tinha chorado na escola. "Vi as pernas de todas as mães, menos as tuas". Meu Deus, podia dar-lhe o mundo em Playmobis naquele momento se soubesse que iria melhorar alguma coisa: não nele, mas em mim - a fé dele na mãe restaurou-se num sorriso quando me viu ali à porta da escola, 36 minutos depois do combinado.
Hoje foi o dia em que o Culpossauro descobriu o que é culpa de verdade: não é um nagging feeling de insatisfação, mas sim, um completo atestado de inaptidão que passamos a nós mesmas. Fui terrível. Fui péssima. Magoei-o, justo a ele, a pessoa que me ama com menos reservas do mundo, que espera de mim aquilo que digo, sem contestar. E sim, sei que isto parece dramático, mas morro de medo de perder a confiança dele, nem que seja por um dia.
E por ter adormecido, foda-se. Não foi um pneu furado.
Aconteça o que acontecer, amanhã às 15h lá estarei, na hora do lanche.
O trabalho pode esperar.
- Ao lanche? Fixeeeee!
- Sim, não é preciso ires para o ATL, espera-me lá em baixo.
Pois.
Mas hoje foi o primeiro dia de folga numa longa fila de dias doidos e eu... deixei-me adormecer. Acordei 23 minutos depois da hora combinada. Cheguei lá e estava o meu filho no ATL a brincar sozinho a um canto, dececionadíssimo, olhos vermelhos de chorar. Disse-me a auxiliar que depois do lanche, ele vestiu o casaco, pôs o gorro, agarrou na lancheira e pôs-se à porta. As mães começaram a chegar, e nada da dele. E chegou a hora de subir para o ATL, e nada de eu chegar, e aí ele abriu o berreiro. Abriu mesmo a sério: ele, que nunca tinha chorado na escola. "Vi as pernas de todas as mães, menos as tuas". Meu Deus, podia dar-lhe o mundo em Playmobis naquele momento se soubesse que iria melhorar alguma coisa: não nele, mas em mim - a fé dele na mãe restaurou-se num sorriso quando me viu ali à porta da escola, 36 minutos depois do combinado.
Hoje foi o dia em que o Culpossauro descobriu o que é culpa de verdade: não é um nagging feeling de insatisfação, mas sim, um completo atestado de inaptidão que passamos a nós mesmas. Fui terrível. Fui péssima. Magoei-o, justo a ele, a pessoa que me ama com menos reservas do mundo, que espera de mim aquilo que digo, sem contestar. E sim, sei que isto parece dramático, mas morro de medo de perder a confiança dele, nem que seja por um dia.
E por ter adormecido, foda-se. Não foi um pneu furado.
Aconteça o que acontecer, amanhã às 15h lá estarei, na hora do lanche.
O trabalho pode esperar.
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Repetir
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
Tenho uma sorte do caraças por fazer o que gosto e ser paga por isso.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Curtíssima sobre o meu sentido de humor, claramente de esquerda
Nunca me rio de oprimidos, só de opressores. Rio-me sempre de mim para cima.
Sim, já tinha dito isto, mas volta e meia aparecem novos tubis e piadas a gozar com pobres e minorias que me dão sempre volta ao estômago. Dizem que o humor não tem limites, e este seria o meu maior problema em ser humorista: tenho uma data de limites. Também estou farta de ironiazinhas, de humor maldoso, de bílis. É demasiado fácil e preguiçoso. Por falar em humor não maldoso, não irónico e nada, nada preguiçoso, isto foi das coisas mais engraçadas que já vi:
Sim, já tinha dito isto, mas volta e meia aparecem novos tubis e piadas a gozar com pobres e minorias que me dão sempre volta ao estômago. Dizem que o humor não tem limites, e este seria o meu maior problema em ser humorista: tenho uma data de limites. Também estou farta de ironiazinhas, de humor maldoso, de bílis. É demasiado fácil e preguiçoso. Por falar em humor não maldoso, não irónico e nada, nada preguiçoso, isto foi das coisas mais engraçadas que já vi:
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Curtíssima para quem quer viver de escrita
Juntem aos vossos caderninhos coloridos, marcadores, gravadores, playlist inspiradora e pesquisas fofinhas na net um cliente cheio de pressa, prazos apertados, contingências de produção e uma carga de exigências que cresce de semana a semana a ver se vos sobra algum romantismo.
(Amo. Mas dói.)
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
As quatro vias
Quem não leu Brida 50 vezes aos 16 anos que levante o dedo.
Ok, podem baixar.
Gosto muito da parte em que fala das quatro vias da mulher. Não sei de onde surgiram (ou talvez até esteja no livro, mas não me lembre), talvez a Cátia saiba e venha aqui dizer. É mais ou menos assim:
Ok, podem baixar.
Gosto muito da parte em que fala das quatro vias da mulher. Não sei de onde surgiram (ou talvez até esteja no livro, mas não me lembre), talvez a Cátia saiba e venha aqui dizer. É mais ou menos assim:
São estas as quatro maneiras da mulher comungar com o universo:
A Virgem: possui o poder do homem e da mulher.Está condenada a Solidão, mas a solidão revela seus segredos. Este é o preço da Virgem - não precisar de ninguém, consumir-se em seu amor por todos, e através da Solidão descobrir a sabedoria do mundo.
E a Mártir. A Martir possui o poder daqueles a quem a dor e o sofrimento não podem causar mal.Entrega-se, sofre, e através do Sacrifício descobre a sabedoria do mundo.
A Santa, possuia coragem daquelas para quem Dar é a única maneira de receber. São um poço sem fundo, onde as pessoas bebem sem parar. E, se falta água em seu poço, a Santa entrega seu próprio sangue, pra que as pessoas não cessem jamais debeber. Através da Entrega, a Santa descobre a Sabedoria do mundo.
E finalmente, a Bruxa, mulher capaz de deixar sua intuição guiá-la , que está sempre em comunhão com o seu ambiente, e que não tem medo de enfrentar os obstáculos da vida. Faz da vida seu lazer, vive o Amor de todas as formas, pois não tem medo da dor, faz da Alegriade cada momento a intensidade de toda uma vida.Através do Prazer, a Bruxa descobre a sabedoria do mundo.
Nome da minha banda: Cansei de Ser Mártir. |
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