A proximidade dos 40 anos também me trouxe uma característica que nunca pensei que fosse desenvolver (até porque nunca foi uma vontade minha): não me esforço mais para agradar ninguém. Acabou-se o charme, acabou-se o esforço. Aqui está o conjunto completo montado desde 1976, nem um sorriso extra.
Tem sido algo muito natural, como ter percebido que as pessoas afinal podem ser más só porque sim. Talvez tenha sido uma consequência disso. Mas para quem sempre andou em esforço para agradar gregos e troianos, esta nova forma de estar é bastante relaxante.
Só não é completamente relaxante porque ainda não cheguei ao ponto de não me chatear quando não agrado, mas terá de acontecer, certo?
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
Quando a maturidade não falta
Tendo passado a maior parte dos últimos meses na mó de baixo, virei-me para dentro, tentando dar atenção aos buracos que estavam abertos. Tenho cultivado o meu lado espiritual, que estava a mirrar a sério. Enfim, tenho tentado cuidar de outras partes de mim negligenciadas por anos de dedicação a outras partes (algumas meritórias, outras apenas idiotas).
E estou menos cínica, menos cética, mais tolerante. Estou mais compreensiva e mais compassiva. Consigo ver as coisas de uma maneira mais abrangente, consigo perceber melhor que realmente anda tudo em fluxo. Que nenhuma parte do nosso valor é definida por um momento ou uma área das nossas vidas - seja ele bom ou mau. Valemos intrinsecamente, ponto final.
Se calhar estou a tornar-me uma chata por causa disso, mas quero lá saber. Nos momentos em que a maturidade não falta, estas novas perspectivas só me fazem aceitar melhor a minha própria vida e as pessoas dentro dela.
E estou menos cínica, menos cética, mais tolerante. Estou mais compreensiva e mais compassiva. Consigo ver as coisas de uma maneira mais abrangente, consigo perceber melhor que realmente anda tudo em fluxo. Que nenhuma parte do nosso valor é definida por um momento ou uma área das nossas vidas - seja ele bom ou mau. Valemos intrinsecamente, ponto final.
Se calhar estou a tornar-me uma chata por causa disso, mas quero lá saber. Nos momentos em que a maturidade não falta, estas novas perspectivas só me fazem aceitar melhor a minha própria vida e as pessoas dentro dela.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Daqueles dias em que a maturidade falta
Todo o mundo é mais feliz do que eu.
Todo o mundo tem menos problemas do que eu.
Todo o mundo é mais organizado do que eu.
Todo o mundo tem trabalhos mais fixes que o meu.
Todo o mundo é mais disponível e menos ansioso do que eu.
Todo o mundo faz a cama.
Todo o mundo se maquilha.
Todo o mundo arranja as unhas.
Todo o mundo tem a depilação em dia.
Todo o mundo vive para os filhos.
Todo o mundo faz bolos perfeitos.
Todo o mundo tem roupa passada.
Todo o mundo acaba os livros que começa.
Todo o mundo responde à altura.
Todo o mundo está à altura.
Todo o mundo tem menos problemas do que eu.
Todo o mundo é mais organizado do que eu.
Todo o mundo tem trabalhos mais fixes que o meu.
Todo o mundo é mais disponível e menos ansioso do que eu.
Todo o mundo faz a cama.
Todo o mundo se maquilha.
Todo o mundo arranja as unhas.
Todo o mundo tem a depilação em dia.
Todo o mundo vive para os filhos.
Todo o mundo faz bolos perfeitos.
Todo o mundo tem roupa passada.
Todo o mundo acaba os livros que começa.
Todo o mundo responde à altura.
Todo o mundo está à altura.
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