Para quem ganha a vida a dar corpo a ideias de outras pessoas (e que belíssima profissão é esta, senhores. Não me queixo nadinha, ou quase nadinha), ter um trabalho seu, só seu, validado por um juri especializado sabe a ginjas. Fiquei em segundo lugar no Guiões, festival ainda tímido, e nem preciso de dizer que foi um dos dias mais felizes da minha vida.
A minha história, aquela que guardei durante anos e que me saiu da alma num período muito adverso - aliás, foi escrita por causa desse período muito adverso. Ainda mais "aliás", já agradeço muito pelo tal período adverso, foi ele que me deu este filho. Nunca o teria acabado se não estivesse na merda, a tentar provar o meu valor a todo o custo.
Não há perdas sem ganhos nem ganhos sem perdas. foi a frase que trouxe de uma das minhas terapeutas (já disse aqui que trago um ensinamento de cada uma, não disse?) Ahh, julgam que é cliché? Não é. Exige um sentido de observação bastante apurado para perceber o
Acredito mesmo que, um dia, O Inverno e a Aldeia será produzido. E espero que dê um bom filme. A história merece.