Sonhei que eu e a minha mãe tínhamos uma elefanta já muito velhinha e doente. Sabíamos que teríamos de optar pela eutanásia em breve, mas não tínhamos coragem e íamos adiando e adiando.
Acabei por ir a um veterinário sozinha e expliquei-lhe o nosso dilema. O veterinário ficou possuído pelo diabo: como éramos capazes de prolongar aquela situação durante tanto tempo? Não sabíamos o mal que estávamos a fazer a nós próprias, muito acima da elefanta? Como podíamos ter tão pouco coração? O veterinário rabiscou o número de uma pessoa que podia ajudar-nos e berrou-me uma última vez: não espere nem mais um dia para resolver este assunto, é uma questão de amor próprio e pelo próximo.
Estou à procura da elefanta desde que acordei, há alguns dias.