domingo, 31 de maio de 2009
Nova brincadeira
A tua mãe de vez em quando acorda e chateia-se com a tecnologia que temos em casa. Começa a dizer mal em catadupa e acusa-me das coisas funcionarem mal, como se eu fosse o dono da fábrica responsável pelo seu fabrico.
a 1ªexperiência
a 2ª experiência
Agora foi a máquina fotográfica. Uma Cannon Powershot que até nem é das piores que andam no mercado.
- Olha só para estas fotografias! Uma merda! Tás a fazer alguma coisa mal, Hugo. Tens de ver isso. Isto não é normal. Toda a gente tem fotos óptimas e as nossas tão todas escuras e granuladas. Tás a fazer alguma coisa mal. Aprende a lidar com isso. Quero ter boas fotografias do meu filho!
Como o problema não era meu, porque as definições estavam todas aproveitadas no limite, resolvi aprender a mexer no photoshop para lhe agradar. Como ainda sou o nabo na arte, comecei a carregar ao calhas nos botões.
Este foi o resultado:
a original:- Olha só para estas fotografias! Uma merda! Tás a fazer alguma coisa mal, Hugo. Tens de ver isso. Isto não é normal. Toda a gente tem fotos óptimas e as nossas tão todas escuras e granuladas. Tás a fazer alguma coisa mal. Aprende a lidar com isso. Quero ter boas fotografias do meu filho!
Como o problema não era meu, porque as definições estavam todas aproveitadas no limite, resolvi aprender a mexer no photoshop para lhe agradar. Como ainda sou o nabo na arte, comecei a carregar ao calhas nos botões.
Este foi o resultado:
a 1ªexperiência
a 2ª experiência
sábado, 30 de maio de 2009
He can work the room
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Inspiração para coisas boas
Este foi um dos melhores filmes que vi nos últimos anos, sem ponta de exagero.
E porque é sempre interessante ver de onde se sacam ideias para fazer coisas originais, deixo aqui a entrevista que a TimeOut publicou com o realizador, mal digitalizada como o caracinhas.
E porque é sempre interessante ver de onde se sacam ideias para fazer coisas originais, deixo aqui a entrevista que a TimeOut publicou com o realizador, mal digitalizada como o caracinhas.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Nem vale a pena comprar pipocas
Os sonhos são uma componente importante dos nossos sonos. Há os bons, os maus, os parvos e aqueles que não nos conseguimos lembrar. Há quem diga que são a cores, outros a preto e branco, que duram 5 minutos, 10 ou uma hora. Existem os teóricos que arranjam significados para tudo e mais alguma coisa e, se formos a uma qualquer livraria, teremos centenas de livros sobre o tema à nossa disposição.
Pergunto quantos de nós não têm ou tiveram a terrível experiência de serem acordados mesmo no meio dum sonho, precisamente naquele momento em que começamos a retirar todo o prazer duma fantasia criada pelo nosso cérebro? Na minha adolescência, estas interrupções ocorriam-me imensos nos idílios mais eróticos. Quando estava tudo preparado para consumar o acto, eis que algum som me acordava, ou era uma panela que escorregava das mãos da minha mãe, ou era um condutor que buzinava irritado com o palhaço que estava estacionado em segunda fila, ou era a vizinha de cima deixava cair com estrondo a sua enigmática esfera de ferro que rebolava com alarido pelo soalho. Esta conjugação infeliz de momentos mundanos deixava-me mesmo pior que estragado e era o suficiente para ficar logo com o dia arruinado. Reparem, nunca tivera muito sucesso com as mulheres e, se não fossem esses pequenos e oportunos instantes, o sexo feminino com todo o seu esplendor físico continuava a ser um mistério complicado de desvendar.
Com a chegada do Gabriel, sonhar uma ilusão completa, do princípio ao fim, está fora de questão. Agora, nem a metade tenho direito. OK, podemos dizer que os filhos fazem-nos sonhar acordados, que são sonhos tornados realidade, bla, bla,bla,bla,bla,bla. Tudo bem, até admito a lamechice, mas agora eu queria era um sonhito daqueles que se tem a dormir, de cabeça na almofada. Mas nada. Mal pego no sono profundo e se começa a desvendar aquilo que promete ser uma desfocada imagem dum devaneio cerebral, eis que o Sr Gabriel se lembra de acordar e fazer pública a sua alvorada.
Neste momento, se os meus sonhos fossem uma sessão de cinema, diria que me ficava pelo aviso para os espectadores desligarem os telemóveis.
Pergunto quantos de nós não têm ou tiveram a terrível experiência de serem acordados mesmo no meio dum sonho, precisamente naquele momento em que começamos a retirar todo o prazer duma fantasia criada pelo nosso cérebro? Na minha adolescência, estas interrupções ocorriam-me imensos nos idílios mais eróticos. Quando estava tudo preparado para consumar o acto, eis que algum som me acordava, ou era uma panela que escorregava das mãos da minha mãe, ou era um condutor que buzinava irritado com o palhaço que estava estacionado em segunda fila, ou era a vizinha de cima deixava cair com estrondo a sua enigmática esfera de ferro que rebolava com alarido pelo soalho. Esta conjugação infeliz de momentos mundanos deixava-me mesmo pior que estragado e era o suficiente para ficar logo com o dia arruinado. Reparem, nunca tivera muito sucesso com as mulheres e, se não fossem esses pequenos e oportunos instantes, o sexo feminino com todo o seu esplendor físico continuava a ser um mistério complicado de desvendar.
Com a chegada do Gabriel, sonhar uma ilusão completa, do princípio ao fim, está fora de questão. Agora, nem a metade tenho direito. OK, podemos dizer que os filhos fazem-nos sonhar acordados, que são sonhos tornados realidade, bla, bla,bla,bla,bla,bla. Tudo bem, até admito a lamechice, mas agora eu queria era um sonhito daqueles que se tem a dormir, de cabeça na almofada. Mas nada. Mal pego no sono profundo e se começa a desvendar aquilo que promete ser uma desfocada imagem dum devaneio cerebral, eis que o Sr Gabriel se lembra de acordar e fazer pública a sua alvorada.
Neste momento, se os meus sonhos fossem uma sessão de cinema, diria que me ficava pelo aviso para os espectadores desligarem os telemóveis.
terça-feira, 26 de maio de 2009
Ele está num dia maravilhoso!
A brincar sozinho no berço há bué.
Parece que sabe que a mãe tem cenas a despachar.
Parece que sabe que a mãe tem cenas a despachar.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
cerejas de Resende e as hormonas
Cedinho, durante o biberão do Gabriel, pus-me a ver o Praça da Alegria. Estava lá uma senhora a promover a Festa da Cereja em Resende. Até aí tudo bem, afinal a Praça da Alegria é um desfilar de gentes das aldeiazitas deste país a promover a festa e o festival do berbigão, da renda de bilro, do pastel de bequebeque etc.
Mas a senhora de Resende tinha o seu quê de diferente. A mulher falava da festa com um entusiasmo que eu poucas vezes vi na vida. Falava como se a sua vida dependesse daquela festa e seu coração pertencesse àquela fruta e àquela terra. Sabia o programa dos três dias de festa de cor e salteado e vendia cada atracção como se fosse uma cena de Las Vegas.
No fim de tanto entusiasmo, chamou as crianças do coro lá da terra que cantaram uma canção alusiva às cerejas e pronto, as hormonas desta que vos escreve entraram em ebulição e deu o nó na garganta - que mulher de marte não derrama lágrimas.
Mas um nó na garganta bem atadinho, porque a maioria de nós parvamente espera algo verdadeiramente grandioso para se orgulhar e acabamos sem ter orgulho em nada. Achei uma tremenda lição aquela senhora de Resende e os meninos do coro gostarem assim tanto e terem tanto orgulho de algo tão pequenino quanto cerejas.
Dito isso, tou doida para ir à festa, aquela senhora merece.
Mas a senhora de Resende tinha o seu quê de diferente. A mulher falava da festa com um entusiasmo que eu poucas vezes vi na vida. Falava como se a sua vida dependesse daquela festa e seu coração pertencesse àquela fruta e àquela terra. Sabia o programa dos três dias de festa de cor e salteado e vendia cada atracção como se fosse uma cena de Las Vegas.
No fim de tanto entusiasmo, chamou as crianças do coro lá da terra que cantaram uma canção alusiva às cerejas e pronto, as hormonas desta que vos escreve entraram em ebulição e deu o nó na garganta - que mulher de marte não derrama lágrimas.
Mas um nó na garganta bem atadinho, porque a maioria de nós parvamente espera algo verdadeiramente grandioso para se orgulhar e acabamos sem ter orgulho em nada. Achei uma tremenda lição aquela senhora de Resende e os meninos do coro gostarem assim tanto e terem tanto orgulho de algo tão pequenino quanto cerejas.
Dito isso, tou doida para ir à festa, aquela senhora merece.
domingo, 24 de maio de 2009
Or are we dancer
Eu e a tua mãe estávamos a falar no carro sobre as recordações que certas músicas nos trazem quando as ouvimos na rádio ou na televisão. Concordámos que não são só aqueles pequenos ou grandes momentos da nossa vida que são lembrados, mas também todas as sensações de cores, cheiros e sons que lhes estão associados.
Por exemplo, cada vez que oiço alguma música dos Placebo recordo sempre os instantes de sexta-feira quando saía da faculdade e ia para casa feliz da vida sabendo que ia jantar e beber uns copos com uns amigos e curtir o fim de semana. Coisas de solteiro. Durante muito tempo ouvia o Best Of deles no meu Mp3 e a escuta coincidiu com essas sextas feiras regadas e caóticas. Era mesmo uma boa época.
Mais tarde, quando fui viver com a tua mãe para o Monte Estoril, as viagens de comboio pela marginal tiveram como banda sonora o Abattoir Blues do Nick Cave e, cada vez que o oiço, vem-me à memória essa época de excitação de sair da casa dos meus pais e também de ver toda a gente entusiasmada a ler o Código Da Vinci e o Equador.
Mas agora já casado e contigo ao colo, tenho aquela sensação de começarmos a ter, os dois, alguns momentos fortemente associados a compositores e a certas canções. Já são lendárias as tardes que passamos a ouvir os concertos de Brandenburgo do Bach e tu a esbracejares como se estivesses a imitar o árduo trabalho dum maestro a comandar a orquestra. Ou então a dançar Beirute para te acalmar da tua sistemática e histérica birra de fim-de-tarde.
Mais recentemente fomos a um Shopping e a determinada altura a tua mãe foi fazer as compras dela e ficámos os dois para ali, dum lado para o outro a passear. Deu-te a fome e eu comecei a preparar as coisas para te alimentar. Sentamo-nos num banco e começaste a beber no teu biberão. Estavas particularmente giro porque tinhas vestido o babygrow que eu adoro que é uma representação do fato do super-homem. A imagem era particularmente curiosa para quem passava, porque eu, para todos os efeitos, estava a alimentar o super-homem que não era mais do que um bebé de 3 meses. As mulheres que passavam paravam, olhavam sorridentes e metiam-se connosco. A música que estava a passar era a dos Killers, Human. Um sucesso do caraças das rádios. A banda sonora do instante até era capaz de me passar despercebida não fosse a tua mãe entretanto aparecer a cantarolá-la. Depois disparou em surdina invejosa:
- Vocês estão com um ar absolutamente adorável. Fica estabelecido que a partir de agora quem dá o biberão nos shoppings vou ser eu.
Por exemplo, cada vez que oiço alguma música dos Placebo recordo sempre os instantes de sexta-feira quando saía da faculdade e ia para casa feliz da vida sabendo que ia jantar e beber uns copos com uns amigos e curtir o fim de semana. Coisas de solteiro. Durante muito tempo ouvia o Best Of deles no meu Mp3 e a escuta coincidiu com essas sextas feiras regadas e caóticas. Era mesmo uma boa época.
Mais tarde, quando fui viver com a tua mãe para o Monte Estoril, as viagens de comboio pela marginal tiveram como banda sonora o Abattoir Blues do Nick Cave e, cada vez que o oiço, vem-me à memória essa época de excitação de sair da casa dos meus pais e também de ver toda a gente entusiasmada a ler o Código Da Vinci e o Equador.
Mas agora já casado e contigo ao colo, tenho aquela sensação de começarmos a ter, os dois, alguns momentos fortemente associados a compositores e a certas canções. Já são lendárias as tardes que passamos a ouvir os concertos de Brandenburgo do Bach e tu a esbracejares como se estivesses a imitar o árduo trabalho dum maestro a comandar a orquestra. Ou então a dançar Beirute para te acalmar da tua sistemática e histérica birra de fim-de-tarde.
Mais recentemente fomos a um Shopping e a determinada altura a tua mãe foi fazer as compras dela e ficámos os dois para ali, dum lado para o outro a passear. Deu-te a fome e eu comecei a preparar as coisas para te alimentar. Sentamo-nos num banco e começaste a beber no teu biberão. Estavas particularmente giro porque tinhas vestido o babygrow que eu adoro que é uma representação do fato do super-homem. A imagem era particularmente curiosa para quem passava, porque eu, para todos os efeitos, estava a alimentar o super-homem que não era mais do que um bebé de 3 meses. As mulheres que passavam paravam, olhavam sorridentes e metiam-se connosco. A música que estava a passar era a dos Killers, Human. Um sucesso do caraças das rádios. A banda sonora do instante até era capaz de me passar despercebida não fosse a tua mãe entretanto aparecer a cantarolá-la. Depois disparou em surdina invejosa:
- Vocês estão com um ar absolutamente adorável. Fica estabelecido que a partir de agora quem dá o biberão nos shoppings vou ser eu.
Passeio Matinal a Dois
Eu na fnac com os fones nos ouvidos a ouvir um CDzinho.
Pela bocarra escancarada, calado é que o Gabriel não estava.
Mas eu tinha os fones.
O problema era dos outros.
Pela bocarra escancarada, calado é que o Gabriel não estava.
Mas eu tinha os fones.
O problema era dos outros.
sábado, 23 de maio de 2009
As minhas idiossincrasias 1
Correndo o risco de o meu filho pensar que a mãe é maníaca, vou começar a dar-me mais a conhecer aqui, para que ele saiba no futuro quem foi a gaja de 32 anos que o pôs no mundo e talvez encontrar uma ou outra semelhança:
Idiossincrasia 1:
Já a tinha derrotado, mas voltou em força. Espiar para dentro do carrinho de supermercado e tapete de compras das outras pessoas.
E não é uma espiadela discreta, não. Eu ENCARO as compras até saber exactamente que refeições serão feitas e como é o dia do pobre coitado. O Hugo tá-me sempre a dar beliscões.
A bem da verdade sou incrivelmente bisbilhoteira. Também oiço conversas nos restaurantes, olho para brigas de namorado, quando oiço um barulho esquisito no hall do prédio vou ver pelo olho mágico.
Tudo coisas feias a combater em prol de uma personalidade mais delicada e fina, pois claro.
Idiossincrasia 1:
Já a tinha derrotado, mas voltou em força. Espiar para dentro do carrinho de supermercado e tapete de compras das outras pessoas.
E não é uma espiadela discreta, não. Eu ENCARO as compras até saber exactamente que refeições serão feitas e como é o dia do pobre coitado. O Hugo tá-me sempre a dar beliscões.
A bem da verdade sou incrivelmente bisbilhoteira. Também oiço conversas nos restaurantes, olho para brigas de namorado, quando oiço um barulho esquisito no hall do prédio vou ver pelo olho mágico.
Tudo coisas feias a combater em prol de uma personalidade mais delicada e fina, pois claro.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
quinta-feira, 21 de maio de 2009
A partir de hoje
Todos os casacos desta casa escrevem no mesmo blogue.
Para quem nunca tinha notado, o pai publicava as suas deliciosas crónicas aqui.
Para quem nunca tinha notado, o pai publicava as suas deliciosas crónicas aqui.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Três meses
terça-feira, 19 de maio de 2009
pecado confesso
O Gabriel tá a dormir, o Hugo saiu, tenho a casa só para mim e uma pilha de coisas para fazer, mas é TÃO FIXE poder estar ao computador a ver vídeos parvos no youtube e a cantar a plenos pulmões que o resto pode esperar, certo?
Certo?
Certo?
Surpresa boa
Adoramos Sofia Coppola. Adoramos Lost in Translation ao ponto de o cartaz ser o screensaver do nosso portátil. Adoramos Air e toda a banda sonora.
Por isso, sabe muito bem, depois de ouvir todo o CD enquanto o Gabriel adormecia, descobrir que há uma faixa-surpresa com o meu momento preferido do filme.
Perdoai o youtube, ele já teve clips melhores. Mas fica aqui o original na mesma, com imagens, feito por algum fã com muito tempo nas mãos.
Porque filmes e realizadores assim merecem.
Por isso, sabe muito bem, depois de ouvir todo o CD enquanto o Gabriel adormecia, descobrir que há uma faixa-surpresa com o meu momento preferido do filme.
Perdoai o youtube, ele já teve clips melhores. Mas fica aqui o original na mesma, com imagens, feito por algum fã com muito tempo nas mãos.
Porque filmes e realizadores assim merecem.
Barriguitas e o satanismo
segunda-feira, 18 de maio de 2009
One giant step
Tirei toda a roupa de cima da cama e arrumei-a no armário.
Um pouco de controlo sobre a casa, um pouco de controlo sobre a vida.
Um pouco de controlo sobre a casa, um pouco de controlo sobre a vida.
domingo, 17 de maio de 2009
Note to self (ou mais uma epifania)
Neste momento, a coisa que MAIS SOU é mãe do Gabriel. É o que mais me define. Não vale a pena esconder-me atrás dum computador ou passar horas a pensar noutra coisa qualquer. Tive um filho e é isto que domina a minha vida agora. Digo isso sem qualquer melosidade materna, muito pelo contrário: digo-o a mim mesma firmemente.
Continuo a ser muitas outras coisas, é claro, e a seu tempo todas elas voltarão a brilhar.
Continuo a ser muitas outras coisas, é claro, e a seu tempo todas elas voltarão a brilhar.
Uma pergunta ao vosso EU interior
A quem tem e a quem não tem filhos:
Se o vosso rapazola de três ou quatro anos pedisse um bolo da Kitty para a festa de anos, o que pensariam vocês? Seria na boa?
(vi o episódio hoje, num café do bairro.)
Atenção, a pergunta é ao vosso EU INTERIOR! Nada de responder o que acham que devem responder!
Se o vosso rapazola de três ou quatro anos pedisse um bolo da Kitty para a festa de anos, o que pensariam vocês? Seria na boa?
(vi o episódio hoje, num café do bairro.)
Atenção, a pergunta é ao vosso EU INTERIOR! Nada de responder o que acham que devem responder!
sábado, 16 de maio de 2009
sexta-feira, 15 de maio de 2009
De cores
- Pedi à Adriana que escolhesse uma peça para jogar. Ela disse logo: rosa.
- E daí?
- Raça da miúda, é tudo rosa, rosa, rosa.
- E então? Tu só usas escovas de dentes vermelhas por causa do Benfica.
- E?
- E ficaste chateado que a luz de presença do Gabi é verde, e não vermelha.
- Não é a mesma coisa.
- Pois não. Ela tem quatro anos. Tu, 35.
- E daí?
- Raça da miúda, é tudo rosa, rosa, rosa.
- E então? Tu só usas escovas de dentes vermelhas por causa do Benfica.
- E?
- E ficaste chateado que a luz de presença do Gabi é verde, e não vermelha.
- Não é a mesma coisa.
- Pois não. Ela tem quatro anos. Tu, 35.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
SINGLETASKING
Exercício de hoje para parar o multitasking:
A Isabel ficou com o bebé para sairmos, eu e o Hugo. Fomos ao OeirasParque, onde vimos coisinhas, jantámos e dividimos um gelado sem que eu reparasse na conversa das mesas à volta nem comentasse um ou outro comportamento esquisito.
Fomos ao cinema e vi os 126 minutos de filme sem pensar nas coisas que tenho de escrever e traduzir, e sem pensar no Gabriel.
Concentradíssima na minha singletask de apreciar um bom filme (Star Trek).
Não mandei nenhuma sms.
A Isabel ficou com o bebé para sairmos, eu e o Hugo. Fomos ao OeirasParque, onde vimos coisinhas, jantámos e dividimos um gelado sem que eu reparasse na conversa das mesas à volta nem comentasse um ou outro comportamento esquisito.
Fomos ao cinema e vi os 126 minutos de filme sem pensar nas coisas que tenho de escrever e traduzir, e sem pensar no Gabriel.
Concentradíssima na minha singletask de apreciar um bom filme (Star Trek).
Não mandei nenhuma sms.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Querem ter raiva?
O pior é que eu gostava dela. Lembram-se de Confissões de Adolescente?
Foi ela que escreveu. Agora é mãe profissional e diz este tipo de coisas em livros.
(através do Blog marjorierodrigues.wordpress)
Mais raiva através deste blog.
Foi ela que escreveu. Agora é mãe profissional e diz este tipo de coisas em livros.
(através do Blog marjorierodrigues.wordpress)
Mais raiva através deste blog.
STOP MULTITASKING
Estou a ler um livro excelente que me está a ensinar muitas coisas sobre tudo.
(Poderia eu ser mais vaga? ;))
Uma das coisas que recomenda é pararmos de fazer várias coisas ao mesmo tempo de modo a apreciar cada uma por si. Pensei que fazia sentido e estou a tentar e, caramba, como é complicado concentrar-se numa coisa só.
Neste momento, por exemplo, estava a fazer o almoço ao mesmo tempo em que acabava umas legendas e lembrei-me de adicionar mais uma task e escrever um post sobre multitasking.
Sou daquelas que vai na rua a falar com o marido e a brincar com o bebé ao mesmo tempo que manda um sms forward a dar conta do momento às amigas. Estou num restaurante com o Hugo a apreciar a sua conversa e a comida ao mesmo tempo que sigo a conversa da mesa ao lado e a fofoca dos empregados de mesa.
E não há rigorosamente NADA que eu faça ao PC sem ter o msn ligado.
Tenho de parar de multitaskar urgentemente, para ter 100% de cada momento e não 20% de vários.
(Poderia eu ser mais vaga? ;))
Uma das coisas que recomenda é pararmos de fazer várias coisas ao mesmo tempo de modo a apreciar cada uma por si. Pensei que fazia sentido e estou a tentar e, caramba, como é complicado concentrar-se numa coisa só.
Neste momento, por exemplo, estava a fazer o almoço ao mesmo tempo em que acabava umas legendas e lembrei-me de adicionar mais uma task e escrever um post sobre multitasking.
Sou daquelas que vai na rua a falar com o marido e a brincar com o bebé ao mesmo tempo que manda um sms forward a dar conta do momento às amigas. Estou num restaurante com o Hugo a apreciar a sua conversa e a comida ao mesmo tempo que sigo a conversa da mesa ao lado e a fofoca dos empregados de mesa.
E não há rigorosamente NADA que eu faça ao PC sem ter o msn ligado.
Tenho de parar de multitaskar urgentemente, para ter 100% de cada momento e não 20% de vários.
terça-feira, 12 de maio de 2009
segunda-feira, 11 de maio de 2009
domingo, 10 de maio de 2009
Coisas várias de ontem
- Conheci pessoalmente a Cátia, que amor de pessoa, com uma barriguinha minúscula;
- Descobri que alho francês faz milagres na cozinha, substituindo a cebola na perfeição e sem choro. Fiz nhoque com salmão, alho francês, courgette e requeijão de seia, uma CENA.
- Passei o dia a cantar isto com várias coreografias diferentes, fazendo de microfone, à vez, frascos de ketchup, telecomandos, calculadoras.
- Revi posts antigos daqui e descobri que este blog vem vindo num crescendo de desromantização, apesar de, cá fora, ser um crescendo de paixão.
- Mais um dia tentando fotografar o Gabriel a sorrir, com algumas dezenas de fotos tremidas como resultado, zero sorriso.
- Tentei trabalhar. Fiz 3 legendas.
- Tentei ler. Li 2 páginas.
- Descobri que alho francês faz milagres na cozinha, substituindo a cebola na perfeição e sem choro. Fiz nhoque com salmão, alho francês, courgette e requeijão de seia, uma CENA.
- Passei o dia a cantar isto com várias coreografias diferentes, fazendo de microfone, à vez, frascos de ketchup, telecomandos, calculadoras.
- Revi posts antigos daqui e descobri que este blog vem vindo num crescendo de desromantização, apesar de, cá fora, ser um crescendo de paixão.
- Mais um dia tentando fotografar o Gabriel a sorrir, com algumas dezenas de fotos tremidas como resultado, zero sorriso.
- Tentei trabalhar. Fiz 3 legendas.
- Tentei ler. Li 2 páginas.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
O melhor dos últimos anos
Livro, claro.
Não conheço mais ninguém que o tenha lido, o que é uma peníssima, pois é puro "best-seller material", com a vantagem de ser também literatura.
Acho virtualmente impossível não encontrar nesta história de amor tão cheia de imagens e ritmo alguma coisa que nos faça lembrar de nós próprios.
É este o livro.
Procurem na feira do livro. Eu GARANTO que vão gostar, seja qual for o vosso estilo preferido.
Não conheço mais ninguém que o tenha lido, o que é uma peníssima, pois é puro "best-seller material", com a vantagem de ser também literatura.
Acho virtualmente impossível não encontrar nesta história de amor tão cheia de imagens e ritmo alguma coisa que nos faça lembrar de nós próprios.
É este o livro.
Procurem na feira do livro. Eu GARANTO que vão gostar, seja qual for o vosso estilo preferido.
Partos
A minha amiga M. teve um bebé grandalhão na madrugada do último domingo para segunda. Tinha-a visto nesse dia já a completar as 41 semanas, com um barrigão formidável e muito bem disposta - nada, mesmo nada a ver com o monstro flutuante que eu estava às 37.
Falo eu com o marido da M. ontem e eis que soube algo que ela não me tinha dito, e julgo que muito pouca gente sabia: eles tinham resolvido ter o bebé em casa com a ajuda de uma doula e uma parteira, na intimidade do seu cantinho e com a sua filha de 3 anos como participante. E assim foi. A M., tranquilíssima como não conheço igual, deu à luz ao D. em menos de uma hora, apoiada à janela do seu quarto, sem ter tido tempo de chamar parteiras nem de encher a piscina comprada para o efeito, na presença apenas do marido e da filha e, nos últimos momentos, da doula que chegou 15 minutos antes. A parteira só chegou uma hora depois.
Eu rejeito em tese esse regresso ao século XIX e às nossas raízes tribais, simplesmente porque acho que estamos já longe dessa mulher em contacto com a natureza que sabe ouvir o seu próprio corpo, e já não vivemos da mesma forma. A nossa tolerância à dor não é a mesma, além de que se correm mais riscos. Mas foi-me impossível não sentir uma invejinha branca desse parto tão de olhos abertos: não cheguei aqui a fazer o relato do meu porque não foi o momento mágico que achava que seria. Tive problemas com a anestesia e tiveram de me drogar para eu relaxar e conseguirem fazer alguma coisa. Por causa das drogas, passei o recobro a dormir com o Gabriel a mamar anonimamente, sem qualquer vínculo (qualquer dia escrevo sobre essa cena do "vínculo", que virou outra palavrinha de pressão a jovens mães). O Hugo foi um participante mais activo no meu próprio parto do que eu.
Não gostei.
Sim, fiquei com invejinha branca da M. e do seu parto intimista. O R., meio a brincar meio a sério, disse-me para ir lá para casa ter o próximo, eles cuidavam de tudo. Ri-me, pois só pariria em casa se não desse tempo de chegar ao hospital, e não seria um momento nada intimista, provavelmente os meus berros acordariam toda a Parede.
Mas quero estar acordada no meu próximo parto.
Quero estar acordada.
Falo eu com o marido da M. ontem e eis que soube algo que ela não me tinha dito, e julgo que muito pouca gente sabia: eles tinham resolvido ter o bebé em casa com a ajuda de uma doula e uma parteira, na intimidade do seu cantinho e com a sua filha de 3 anos como participante. E assim foi. A M., tranquilíssima como não conheço igual, deu à luz ao D. em menos de uma hora, apoiada à janela do seu quarto, sem ter tido tempo de chamar parteiras nem de encher a piscina comprada para o efeito, na presença apenas do marido e da filha e, nos últimos momentos, da doula que chegou 15 minutos antes. A parteira só chegou uma hora depois.
Eu rejeito em tese esse regresso ao século XIX e às nossas raízes tribais, simplesmente porque acho que estamos já longe dessa mulher em contacto com a natureza que sabe ouvir o seu próprio corpo, e já não vivemos da mesma forma. A nossa tolerância à dor não é a mesma, além de que se correm mais riscos. Mas foi-me impossível não sentir uma invejinha branca desse parto tão de olhos abertos: não cheguei aqui a fazer o relato do meu porque não foi o momento mágico que achava que seria. Tive problemas com a anestesia e tiveram de me drogar para eu relaxar e conseguirem fazer alguma coisa. Por causa das drogas, passei o recobro a dormir com o Gabriel a mamar anonimamente, sem qualquer vínculo (qualquer dia escrevo sobre essa cena do "vínculo", que virou outra palavrinha de pressão a jovens mães). O Hugo foi um participante mais activo no meu próprio parto do que eu.
Não gostei.
Sim, fiquei com invejinha branca da M. e do seu parto intimista. O R., meio a brincar meio a sério, disse-me para ir lá para casa ter o próximo, eles cuidavam de tudo. Ri-me, pois só pariria em casa se não desse tempo de chegar ao hospital, e não seria um momento nada intimista, provavelmente os meus berros acordariam toda a Parede.
Mas quero estar acordada no meu próximo parto.
Quero estar acordada.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Todos os Nomes
terça-feira, 5 de maio de 2009
Tudo cá para fora - ou pelo menos dois paragrafozinhos
Claro que amo o meu bebé, claro que a minha vida está mais rica de tudo - preocupações inclusive, mas mais rica em várias outras nuances também. Ter um filho era tudo o que eu queria há muitos anos.
Então porque me sinto assim de vez em quando? Olho para a casa que está caótica, o meu corpo está caótico, o nosso leito conjugal está caótico. Passo uma noite a chorar sem consolo nenhum. Onde é que está o leme disto, pelo amor de Deus, onde o esconderam?
Então porque me sinto assim de vez em quando? Olho para a casa que está caótica, o meu corpo está caótico, o nosso leito conjugal está caótico. Passo uma noite a chorar sem consolo nenhum. Onde é que está o leme disto, pelo amor de Deus, onde o esconderam?
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Mood swings
domingo, 3 de maio de 2009
Feliz dia da mãe!
A todas nós, e em especial à dona Melânia, mãe durona e cúmplice que deixou uma saudade imensa, vou amar-te e celebrar-te enquanto viver.
***
Ele hoje está impossível, chorou quase o dia inteiro. Fomos os 3 para o quarto, exaustos. O Hugo adormeceu num ápice, e eu começo, mesmo por cima do berreiro, a deixar-me dormir também. De repente ele vai acalmando, fixa um ponto qualquer e olha intensamente. Esboça um sorriso. E sorri. E sorri ainda mais, e agita pernas e braços. Dá um gritinho, sem desviar o olhar. Passa dois ou três minutos disso, antes de os seus olhos se tornarem pesados e ele, por fim, cair num sono profundo.
"Tudo é uma questão de leitura" é a minha frase preferida. Se procurar na net, vou ver que há uma leitura perfeitamente lógica para bebés no meio de um choro desesperado fixarem um ponto na parede e rirem-se e brincarem até adormecer. Mas não vou procurar. Vou ficar com a minha leitura.
***
Ele hoje está impossível, chorou quase o dia inteiro. Fomos os 3 para o quarto, exaustos. O Hugo adormeceu num ápice, e eu começo, mesmo por cima do berreiro, a deixar-me dormir também. De repente ele vai acalmando, fixa um ponto qualquer e olha intensamente. Esboça um sorriso. E sorri. E sorri ainda mais, e agita pernas e braços. Dá um gritinho, sem desviar o olhar. Passa dois ou três minutos disso, antes de os seus olhos se tornarem pesados e ele, por fim, cair num sono profundo.
"Tudo é uma questão de leitura" é a minha frase preferida. Se procurar na net, vou ver que há uma leitura perfeitamente lógica para bebés no meio de um choro desesperado fixarem um ponto na parede e rirem-se e brincarem até adormecer. Mas não vou procurar. Vou ficar com a minha leitura.
sábado, 2 de maio de 2009
Dica de economia
Seguindo os conselhos da cunhada, descobri que, ao contrário das do Pingo Doce, as fraldas do Continente são muitíssimo parecidas com as Dodot. Para o tamanho do Gabi, custam 0,14eur cada, contra 0,23 das Dodot.
Fica a dica.
Fica a dica.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
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