sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Primeiro post do ano sobre o Natal

Sim, as pessoas entram numa fúria selvagem e cocainómana nos corredores dos brinquedos a 50%, sim, as crianças vêem 20 minutos de publicidade intercalados com cinco minutos de bonecos e também elas são engolidas pelo frenesim cocainómano, sim, o Natal é um "sugar rush" que dura mais de um mês e deixa meio mundo à beira de uma síncope nervosa.

Mas também, no Natal, as pessoas sentem-se mais generosas e caridosas, e falam com familiares que odeiam, e lá fazem o frete de sorrir àquele tio tão amargo, e aderem a campanhas de solidariedade, e fazem cabazes para velhinhos, e o que me importa a loucura cocainómana e hipócrita quando, no fim, pessoas com várias carências são beneficiadas, nem que seja uma vez por ano?

Com todos os seus problemas, más interpretações e maus usos, e merdas várias, continuo a gostar do Natal e a achar a sua existência mais que válida.

5 comentários:

Irina A. disse...

Adoro o Natal, woop woop!
Já comprei o teu presente, e do Hugo e do Gabi e tudo e tudo woop woop!!
E agora estou prestes a ficar deprimida pq já tenho os presentes quase todos comprados, acho que vou começar outra vez woop woop :D

Melissa disse...

Doida! :P

Ana C. disse...

Sempre fui "ensinada" a encarar o Natal como uma coisa medonha, um frete, uma trabalheira, uma neurose. Por isso levei muitos anos a retirar essas camadas anti-natal da mente. Percebi que não queria imprimir essa neurose aos meus filhos, muito pelo contrário, queria que eles vibrassem como eu nunca vibrei, que sentissem a excitação, as luzes, a árvore, a família como uma coisa fixe. E assim eu própria me reconciliei com o Natal :)

Melissa disse...

Depois da solidariedade temporária que baixa sobre o povo, o que gosto mais é mesmo de desembrulhar presentes, esteja o que estiver lá dentro. Acho que vou escrever isto todos os anos, pelo tempo que durar este blog.

Precis Almana disse...

Plenamente de acordo.
E sabes? Mesmo a corrida desenfreada aos brinquedos pode ser moderada. Lembro-me de, há uns dois anos, a minha sobrinha suspirar pela Nancy e seu cãozinho (e bicicleta e cestinho de pic-nic), mas apenas por isso. E da prima não descansar enquanto não teve TUDO o que pediu, que nessa altura já incluía um mp4 (é revoltante). A educação faz muito e não me venham com tretas que se tem que ter tudo porque os outros também têm e é difícil de gerir e bláblá (que é o que costumam vir dizer quem não tem muito jeito para, precisamente, ensinar a lidar com a frustração, se for caso disso). Desculpa a largueza do comentário :-)