sexta-feira, 21 de junho de 2013

A crise como entidade reveladora de brio

As atrocidades laborais que se cometem tendo a crise como escudo são... pois, são atrozes, nada mais me ocorre.

Um patrão filho da puta e cobarde deixou cinco mulheres com quem trabalhava há anos e anos absolutamente desprotegidas ao descobrirem que a empresa para onde trabalham, afinal, está em insolvência há meses. Nem sequer vão a tempo de se apresentarem como credoras, serão provavelmente dois salários à vida. Se abandonarem o posto de trabalho são despedidas por justa causa, e papel para o desemprego, nem vê-lo.

Se fosse uma fábrica com 200 mulheres, claro que a tragédia seria maior, mas sempre são 200 pessoas para se apoiarem umas às outras e pressionarem a entidade empregadora. Mas aqui nesta pequena empresa tão, mas tão importante para a família, são só cinco. Cinco mulheres que confiaram em que não merecia. Podia terminar tudo em bem, podiam ter avisado há mais tempo. Podia-se ter, pelo menos, esclarecido tudo, mesmo sem dinheiro no meio. Mas não. Nas palavras do próprio chefe, "as galinhas que resolvam".

Cinco mulheres que lhe dedicaram os seus melhores anos.
Isto não tem nada que ver com a crise, senhores. 

Filho da puta, espero que morra de morte ruim.

3 comentários:

gralha disse...

É preciso tê-los no sítio também nestas alturas - e esses patrões que se estão a cagar para quem lhes pinga as mais-valias não têm só comportamentos atrozes, são seres humanos muito poucochinhos, mesmo.

Melissa disse...

Elas estão num beco sem saída, neste momento. Podem ir a tribunal, mas daqui para se resolva... Ui.

É um país (um mundo) feito sob medida para filhos da puta. Só me resta mesmo rogar pragas.

Naná disse...

Isso é canalhice da mais pura, um ser sem qualquer pingo de carácter!

Junto-me a ti no rogo de pragas daquelas bem pestilentas!