quarta-feira, 5 de março de 2014

Invisible mothers

Não quero que ele diga de mim no futuro que fui a melhor mãe que o universo conheceu, que fiz tudo por ele, que não vivia sem mim, que sou a sua referência maior. Não quero o contrário, não quero enchê-lo do meu lixo pessoal para que ele leve este fardo pela vida afora sem se aperceber, julgando ter ele problemas meus. O que quero ser é a mãe dele, que o amou e o educou e que o deixou seguir o seu caminho.

Claro que estarei lá o tempo todo. Mas não quero que ele perceba. Quero ser, quando muito, aquela presença boa que se sente, que sempre se sentiu, mas não se explica nem muito menos se cita. Não quero ser uma figura histórica na vida dele, não quero ser a estátua central do templo a ser adorada. Nem quero ser colunas que o adornam. Fico-me muito bem pelo chão, sempre, ou pelo teto, quando necessário for.

Sobre a fotografia, caso alguém não as conheça. 

5 comentários:

Cisma ♥ disse...

e é disso que uma criança precisa: uma mãe presente! :)

Ana C. disse...

A tarefa mais complicada do universo e a fotografia mais maravilhosa do mundo :) Estou a rir até agora.

Naná disse...

Eu apenas quero que ele saiba o que é ser amado, sem reservas!

Ana. disse...

Oh, Mel, tão bem escrito...

(Já a foto, peço desculpa pela minha falta de sensibilidade estética, mas é creepy, para ser simpática...)

laranjinha de cinco disse...

que bonito... beijos