Desligo-me emocionalmente do que não posso ter. É que por mais que tente ligar-me, não consigo, está acima de mim: todo o desejo e apego cessam diante da distância. Não desejo viagens às Maldivas, não desejo um carrão. Só cobiço o atingível. Pode ser preguiça minha, mas até sou feliz assim, que se há de fazer? Já escrevi sobre isso aqui, sobre os muros que a perda da minha mãe fizeram aparecer.
You can only lose what you cling to. Eu achava que era desapego a mais (e é), mas hoje descobri que é um ensinamento do Buda, então escrevo aqui diante de vós Iluminada.
Mas sou uma sonhadora. Ah, se sou. Mas sonho com o que consigo fazer.
3 comentários:
Não me importo de ser totalmente desprovida de "ambição". Importo-me só que me julguem por isso, e sinto-me julgada, às vezes.
Gralha, sinto exatamente o mesmo. E também tenho medo que pensem que sou assim por desdém. Não é. Sou naturalmente assim. Se tenho, é bom. Se não tenho, fica bom num instantinho.
Acho que hoje em dia se elevou a ambição das mulheres a níveis nunca antes vistos... é isso e a culpabilização materna. Que nervos!
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