Todos nós, por cá, trabalhamos muito. Chegamos estoirados à sexta.
Entro no centro de estudos e lá está ele, olhos pesados, já desanimado. Onde queres ir, filho? Escolhes tu.
Ao escorrega.
O escorrega é o do Aleggro de Alfragide, que não é mesmo nada perto da nossa casa, mas vamos, mesmo apanhando trânsito, mesmo tendo de jantar na pior praça de alimentação do país. Vamos porque é o happy hour dele, a caipirinha, o bota-fora da semana. Na última sexta, esteve 70 minutos a escorregar enquanto o observava no Starbucks. 70 minutos. Não o interrompi nunca. Estava nos seus próprios termos. Quisesse, teria passado outros 70. Sai de lá renovado, o meu menino de oito anos já tão cheio de coisas para fazer.
Quanto a mim, estou por encontrar o meu escorrega. Algo que me zere o peso dos dias. Nada o faz, nem o que fazia antes - nem os meus livros, nem os meus pensamentos. Às vezes penso que me entreguei à ansiedade e ao estar 100% do tempo ligada. É algo que me entristece muito.
4 comentários:
Dançar ajuda sempre.
Já começaste o yoga?
Vá lá!
Nos últimos tempos tenho sentido o mesmo... parece que este ano lectivo ainda não consegui instaurar uma rotina onde não me sinta perdida. :(
Talvez umas férias nas Ardenas te façam bem, até conheço um sítio onde podes trabalhar à vontade porque o wifi é gratuito e ainda te alimentam bem de permeio. <3
Ritita <3 <3
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