segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O sono da fuga

É normal, dizem.

Sempre que estou com um volume de trabalho estratosférico, sou acometida por um sono incontrolável, à prova de cafeína, de água fria, de buzinadas. Hoje, às dez da manhã, a pensar em como iria encaixar X no meio de Y e ainda ter os TPC do curso que tenho deixado para segundo plano, o dito cujo bateu. Levantei-me e caí na cama já a dormir. Acordei 40 minutos depois e 40 minutos atrasada.

Ao fim da tarde, recebo um mail do meu pai a pedir-me para resolver não sei quê não sei aonde amanhã impreterivelmente, e, no meio das minhas contas de como ia encaixar Z no meio de Y e X e do TPC, pumbas, lá vem ele outra vez. Mais 20 minutos, agora. Menos mau.

Em períodos de stresse crónico, dá-me para as fomes ansiosas. Em situações de stresse agudo, como esta, dá-me para dorminhocar durante o dia. É o cúmulo da auto-sabotagem. É como se o meu tempo tivesse artrite reumatóide. É um tiro ensonado no próprio pé, que faz ricochete e bate nazzzzzzzzzzzz

Papai também tem.

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