Nas Maldivas? Tóquio? Vaiórquem?
Não, aqui mesmo. Uma semaninha bem esmifrada: três dias em Évora, o resto a passear por cá ou a dormitar enquanto os gajos jogavam playstation. Nenhum livro a relatar, dois filmes e dois episódios de série.
Foram as melhores férias de sempre porque, pela primeira vez, precisava delas. Estava exausta a tantos níveis - não fazia ideia do quão urgente era recalibrar, porque eu estava completamente fora dos eixos. As férias serviram para me lembrar de que a única coisa sobre a qual tenho algum controlo na minha vida sou eu mesma, as minhas leituras das situações. E elas têm sido mais do que más, têm sido vergonhosamente pessimistas. A onda de baixo astral pode ter sido fruto apenas do cansaço, mas acho que não. Acho que foi uma combinação cansaço + leitura errada das coisas (a a tal abordagem "sono do bebé" da qual falei há uns tempos). Não posso deixar-me cair na armadilha das leituras erradas outra vez, sugam o tutano a uma pessoa. E a minha pessoa é, por defeito, mais pateta alegre do que sombria (sei que não é o que parece por este blog, mas acreditem).
O que interessa é que estas foram as férias de uma vida. Também aproveitei para estar imenso tempo com a minha gente, família ad nauseam e amigos, a lembrar-me de que os últimos meses foram solitários. Preciso de gente à minha volta, preciso da partilha, da confirmação, da gargalhada. Amar e sentir-me amada num círculo mais alargado. A neura dos últimos meses manteve-me mais afastada do resto do mundo do que o que preciso.
Enfim, a lição das férias: há uma boa parte da carga dos dias que depende de mim. E não posso dar-me ao luxo de voltar a perder a mão nela.
Dancei a noite toda da passagem de ano. Quando a dança acabou, já lá para as duas da manhã, cantei sem medo de ser feliz na PS2 da Tatas. Isto tudo completamente sóbria. Era o quão as minhas endorfinas precisavam de ser libertadas.
2 comentários:
E agora recomeçar. Vamos lá devagarinho.
custa :(
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