Lembro-me da altura da vacina da Gripe A, o Gabriel com pouco mais de seis meses, metade dos médicos a dizer que sim e a outra a dizer nem pensar, e eu feito um peru no meio, angustiadíssima e revoltada por não chegarem a um consenso sobre algo tão importante. (Vacinei, BTW).
De uns meses para cá, tenho chegado à conclusão de que a falta de consenso é coisa que me perturba muito. A para B é maravilhoso, e para C é merda. C é um génio para D e merda para E. Se parecer imaturo da minha parte, é porque é: queria que os valores das coisas, opiniões e pessoas fossem absolutos, que não restasse margem para dúvidas. Mas não são. Teremos de ser nós mesmos a medir, como medi na questão da vacina. Teremos de arcar com a responsabilidade do julgamento. Com a subjetividade de quase tudo nesta vida.
E o nosso valor próprio? Também é subjetivo? Vejo-me com lentes muito severas a maior parte do tempo, e tendo a achar que me veem com as mesmas lentes do que eu. É duro.
1 comentário:
Eu também sou assim... pior! Quando os outros falam bem de mim, os mais próximos, eu penso: grande cabra, andas a enganar uma quantidade razoável de gente que adoras!Mas enfim, não se pode enganar muita gente por muito tempo, não é?! Então, se calhar quem está enganada somos nós...Bora lá trocar as lentes severíssimas por umas de contacto mais leves connosco mesmas!!
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