Bem se podiam ter passado 10 anos entre o meu último aniversário e este. Tanta coisa aconteceu nos últimos meses, tantas tempestades e tumultos que me apressei a rotular como perdas irrecuperáveis, irremediáveis. Não podia estar mais enganada.
O tempo continua a ser de transição, mas já tenho alguns apontamentos. Chego aos 40
- Com menos certezas do que aos 39, o que acaba por me dar
- Uma noção mais clara do que importa, e muitíssimo pouco importa.
- Uma forte sensação de que tudo é transitório, inclusive as pessoas na nossa vida.
- Que o nosso valor é intrínseco.
- Que não precisamos de nos esforçar, o que é bom e natural emerge.
- De que é mais fácil render-se ao ego do que tentar derrotá-lo, todos nós queremos ser amados e a vida torna-se mais fácil quando aceitamos isso.
- Com uma noção muito clara de que controlamos muito pouco.
- Grata. Chego aos quarenta muito grata por tudo.
E adoraria falar sobre estas coisas com a minha mãe. Creio que ela tenha chegado às mesmas conclusões no ano da doença. Dez anos separam-nos neste momento, já não podíamos ser mãe e filha. Seria tão bom conversar com ela sobre estas coisas todas.
1 comentário:
É engraçado...revejo-me nestas palavras... já passei os 40 há 4 anos mas é mesmo isto que refere. Parabéns pela efeméride e pelas palavras :)
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