domingo, 26 de julho de 2015

Leve o mundo que eu vou já

Lembro-me da minha mãe a ouvir esta canção às gargalhadas, achava a letra engraçadíssima. Fazia pause para me repetir os versos preferidos, e eu não achava piada, achava simplesmente bom, a tríade Marisa Monte/Nando Reis/Carlinhos Brown não faz nada menos de excelente, pelo menos para os meus ouvidos, pelo menos até hoje. Ela adorava o disco todo, que não é este Acústico, é outro simplesmente ao vivo que não encontro em lado nenhum - mas esta canção era especial. Eu estava no Porto quando a Cássia Eller morreu, e a minha mãe telefonou-me em lágrimas. Era fã a sério.

 Não sei a que propósito ECT apareceu na minha cabeça hoje depois de tantos anos,  mas, para quem tem a memória infectada pelos últimos dias da doença dela, inomináveis, indescritíveis, é sempre um diamante, um brinde inestimável lembrar-me das pequenas coisas, do cantarolar despreocupado, da risada. "Ele estava em casa com a vitamina pronta, Melissa..." e ria-se, ria-se.

Hoje achei a canção hilariante também.


Gosto muito mais da versão que ela ouvia, umas guitarradas fabulosas. Vou ver se encontro no Spotify.

1 comentário:

Livia disse...

Eu também chorei quando a Cássia morreu. Eu também era fã a sério.