quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Evolução

Este blog começou por ser um babyblog, para depois ser um blog onde exorcizei muitos fantasmas (do luto e outros, que sou rapariga muito assombrada) para agora ser um blog de coisas sem muita importância.

Sinto falta da leveza do primeiro. Mas acho que essa leveza acabou por passar para o Facebook, terra da positividade. Aí, tudo bem.

Sinto falta do peso do segundo. Adorava escrever livremente aqui sobre tudo que sentia, especialmente as minhas fraquezas. Até descobrir que, bom, um blogue é um veículo público, tão público quanto um autocarro gratuito, não sendo assim indicado para o transporte de matéria frágil. Esses desabafos agora são feitos no sítio certo, que é ao ouvido/caixa de entrada de pessoas boas. O chato é que depois não posso voltar a eles, e olhar para fantasmas passados é um exercício interessante para mim.

A ver por onde ele vai.

O engraçado é que não me vejo sem este sítio. Adoro-o. 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Inspirações

Tenho exatamente quatro projetos pessoais de guionismo, tanto na cabeça quanto no papel, todos eles mais ou menos parados por falta de tempo - é triste, eu sei, mas é muito difícil dizer não a trabalho pago para correr atrás de sonhos. Mas enfim, o que quero dizer é que, dos quatro, três têm pontos de partida muito claros, têm o seu momento "espoleta":

O projeto nº 2, o mais pessoal e bem composto de todos, tem como ponto de partida uma notícia bizarra de jornal e tomou corpo quando vi Coisa Ruim no cinema.

O projeto nº 3 não tem ponto de partida nenhum, só achei a ideia engraçada (e a minha querida Eliana melhorou-a bastante.)

O projeto nº 4, o benjamin, surgiu um dia depois de uma rapariga se suicidar em frente à escola do meu filho. Os astros conspiraram para que eu encontrasse o parceiro ideal para o levar a cabo (um dos melhores amigos do meu marido), mas haja tempo.

O projeto nº 1, nascido ainda durante o curso de guionismo e amadurecido com a minha querida Ana Casaca, nasceu de uma canção que amo profundamente:


Hoje voltei a ouvi-la e lembrei-me de quanto adoro aquela ideia. Do quanto acredito na sua viabilidade (acredito bastante na viabilidade do projeto 1 e do 3, televisivos e baratuchos). Do quanto andava empolgada enquanto ele crescia em mim e melhorava com a Casaca. E ouvia Secos e Molhados em repeat até ter as cores todas de que precisava.

Um dia... Ah, um dia.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Mercúrio retrógrado

Tenho ouvido tantas vezes falar de Mercúrio retrógrado nos últimos dias que acabei por lhe ganhar afeição. 
Um planeta também tem direito a TPM.




segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Duas canções perfeitamente obscuras que adoro

Não sei trabalhar a ouvir música, nunca soube. Desconcentro-me logo. No entanto, oiço canções pontuais quando estou à procura de um tom qualquer para começar a escrever ou a traduzir (especialmente escrever).
Hoje, são estas:



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Não sei se acredito em Deus, mas com certeza acredito em anjos da guarda intervencionistas

O que exige que me mantenha sempre de olhos e mente bem abertos às maneiras que o meu encontra de me ajudar. Às vezes é difícil. Às vezes, não entendo logo o que me acontece. Às vezes, preciso de tempo.

Mas mesmo nas alturas mais difíceis, como esta agora (por nenhum motivo concreto), tento lembrar-me de que tudo o que se passa na minha vida é para o meu bem.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Um dia, talvez não muito longe deste

Hei-de entender por que diabo as pessoas não ligam a responder aos convites de aniversário das crianças.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Machismo

Na natação do Gabriel, há um pai que leva sempre a sua menina.
Veste-a, põe-lhe a touca, os chinelos, manda-a para a piscina.
Depois vai para a salinha ver a evolução da menina dentro de água.

No fim, vai lá buscá-la, dá-lhe banho, veste-lhe o pijama que é para não ter trabalho em casa.
Seca-lhe o cabelo mecha a mecha, com todo o cuidado do mundo.
Agasalha-a e lá vão eles de mãos dadas escadas acima.

Todas nós ficamos absolutamente enternecidas.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Bliss, ou a alegria em mim

Uma vez perguntaram-me o que é que me punha num estado de bliss, de total felicidade tranquila onde não há necessidade de mais nada, o momento absoluto. E eu quis dizer o cheiro do pescoço do Gabriel, ou o olhar cúmplice do meu marido. E não disse. Devia ter dito só para não me sentir mal por isso. Na altura, fiquei tristíssima, porque ao me perguntarem sobre bliss, revelaram-me que eu não experimentava isso quase nunca. E não era bem assim: eu não experimentava bliss nas coisas que queria experimentar, como o que disse ali em cima.

Mas o que sinto quando chega um novo projeto de trabalho, normalmente recomendado por gente que já me conhece e que confia em mim... é sempre um estado de euforia calma (faz sentido?), de valor absoluto em mim, e não em relação ao outro, mesmo que o outro seja quem mais amo. Tenho uma alegria enorme naquilo que sai da minha cabeça e no reconhecimento dos outros ao meu trabalho (ao resto de mim, nem por isso). É o meu momento de bliss.

Fazer o quê.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Curtíssima sobre dois cansaços que adoro

1. O de um trabalho desafiador, ou de dois ou três.
2. O do exercício físico.

Ando a sentir muito de ambos, nas últimas semanas. 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Duas coisas boas

1. Abandonei finalmente a vida de errante das bibliotecas e arrendei uma secretária num open space. Começava a sentir-me ridícula ali na biblioteca no meio dos putos a estudar para exames, precisava de uma postura mais profissional. O impacto que esta decisão teve na minha vida faz-se sentir todos os dias: estou muito mais confortável, o que me deixa mais relaxada, o que me faz sentir-me melhor comigo mesma, o que me traz felicidade. Pago isto num dia de trabalho dos calmos e admira-me ter demorado tanto a tomar esta decisão. Agradeço profundamente à pessoa que mo sugeriu! Além da ansiedade que diminuiu bastante, é bem mais fácil controlar a alimentação aqui, já que há copa e posso trazer almoço de casa.

2. Seis amêndoas, duas nozes ou duas castanhas-do-Pará são suficientes para adiar fome/cravings durante muito, muito tempo. Não como doces há muitos dias à custa dessas novas amigas, e espero que a tendência tenha vindo para ficar (mas jamais abrirei a boca depois de quinze dias para dizer que é uma mudança permanente, I know better.)