quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Obrigada, meu Pai

Por tudo que tenho: pelo companheiro que escolheste para mim e pelo filho lindo que fiz com ele, por ter o melhor pai do mundo e o irmão mais destrambelhadamente amoroso, pela casa em que vivemos, pelos amigos que consegui manter e pelos novos que fiz (a maioria conheci por cá), pela minha imaginação e criatividade, por ter saúde e mãos para trabalhar, pela coragem renovada a cada manhã, pela fé na vida e optimismo que teimam em existir - mesmo quando estou depressiva - e que, para mim, tudo somado, é prova de que existes.
Porque tudo que aconteceu de mau na minha vida aconteceu da maneira mais suave possível e sempre tive consolo, agradeço-te também.
Disse que não ia pedir nada este ano, mas peço-te que olhe pelo meu bebé.
E que se houver um céu como nos ensinam na catequese, que mandes um beijinho à minha mãe e avó.

Obrigada por mais este ano que passou.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Lembrar é viver


Saudades da licença-maternidade.
Na mesa, tudo o que eu mais gosto, feito por mim - acho que até o Hugo, a esta altura do campeonato, é um bocado feito por mim também.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O inquilino do congelador

Estava eu calma e tranquila na cozinha, a ler o artigo do Y sobre o filme Avatar - mas em papel - quando o Hugo, que tinha ido buscar gelo ao congelador, começa a rir-se por trás da porta do frigorífico. Pensei "bem, o homem lembrou-se de algo engraçado" e tal. Ele fechou a porta do frigorífico, mas teve de voltar a abrir. E cá está, novamente, o riso.
Ó diabo. Fui lá ver.
Ele ria-se a bom rir da embalagem de hamburgueres que estava lá dentro.
Apontou-ma.

O que raio está lá a fazer um senhor todo bonito em vez dum peru ou até mesmo, num rasgo criativo, do próprio hamburguer?
Lá colocámos a caixa do senhor outra vez ao frio, que era para o homem não sofrer um choque térmico.

Adeus, mais um

Outro ano que passa e leva consigo viagens apenas planeadas, ideias que não passaram ao papel, dietas que não saíram da intenção inicial, dívidas com todos os santos existentes, livros pela metade, filmes pela metade, tanta promessa não cumprida, Meu Deus. E tanta saudade também.
A Marisa Monte sabe como é.

(farta dos meus defeitos, cansada de tentar mudá-los.)

domingo, 27 de dezembro de 2009

O Natal passou

E, fora um ou outro momento, graças a Deus.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Tudo o que importa nesta vida

Cabe atrás de um metro de mesa.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Namorados

Saudades.

Ugliest Santa Ever (but cutest baby)


Um Natal cheio de boa comida e gargalhadas a todas as famílias que por aqui param!
(Em especial à do pequeno Diogo que nasceu ontem.)

Agradecer

Tem vindo em ondas, esta sensação de que, afinal, tenho muita sorte na vida. Umas ondinhas pequeninas, em conversas rápidas no carro com o Hugo, no msn com uma boa amiga. Nunca tinha sentido isto antes dos annii horribilis (2003/2004)mas agora, de alguma forma, as coisas boas da vida tornaram-se mais palpáveis. Vocês dirão que foi da maternidade, e eu sinto que não foi isso. Mas também não interessa.

O que interessa é que bateu.

A minha única resolução para 2010 é dar graças todos os dias, a cada dia, por escrito no meu blog privado. Vou lembrar-me todos os dias de que é muito bom ser eu mesma neste lugar, nesta altura, com esta gente e vou lembrar-me do porquê.

Elaborarei isto nos próximos dias, juntamente com uma lista inicial de graças.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Magamalabares

Hoje cantei a canção do casamento para o Gabriel e ele ficou a olhar muito concentrado.
É tão linda.
Mil vezes casasse, mil vezes entraria em qualquer igreja, quinta ou restaurante a dar esta prenda aos convidados.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Dez meses

De quase gatinhar, quase levantar-se, quase bater palminhas, quatro dentes enormes, um feitio que deixa meio mundo materno invejoso, muita cantilena, porque somos gente de canções e ele adora cantar, um paladar apurado, muitos queijinhos de morango, muita saudade ao fim do dia de creche, muita paixão por bisnagas - e telecomandos, ainda, e tudo que se lhe apareça à frente e que seja um desafio.

És um presentinho a desembrulhar a cada manhã, e nós amamos-te como a nós próprios, acima de tudo.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Amigo Secreto

Melissinha de Ouro - Menção honrosa

O blog As Minhas Receitas já é sucesso no reader de muita gente e no meu também, porque, além de as receitas serem simples, a sua autora escreve com um amor pela comida que me aquece o coração. Identifico-me 100% com o cabeçalho do blog, que diz algo como "para alguns, cozinhar é uma arte. Para mim, é um prazer". Sou igualzinha, guardando, é claro, as proporções (ela sabe cozinhar, e eu, por comparação, nem por isso).
Mas, como se não bastasse, ontem descobri o outro blog da Colher-de-Pau. Ohmygod! Se já achava o primeiro uma explosão de prazer e amor pela cozinha, este é uma explosão de prazer e amor pela sua casa e pelos seus. Agora vão-se rir, mas achei os presentes de Natal dela emocionantes. É que esta feminilidade do pormenor, do manual, a cegonha deixou cair antes de me entregar, e tenho a delicadeza e o sentido estético de uma escavadora.
Mas sou menina para me comover com coisinhas.
Pronto, mais um Melissinha de Ouro atribuído.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Natal

Nunca fui muito à bola com o Natal essencialmente porque me deprime a forma como as empresas se aproveitam desta data e conseguem transformar tudo numa fantochada de marketing. Como os hipermercados que, por um lado, com a Popota e a Leopoldina brandam aos céus a necessidade de ajudar os mais desfavorecidos, mas que, ao mesmo tempo, fazem pressão política para que os seus amados funcionários fiquem 12 horas seguidas a trabalhar, transformando a sua vida numa escravatura. Mas exemplos deste “espírito natalício” estão marcados por todo o lado. Pais natais patrocinados por bebidas, árvores gigantes carimbadas com logótipos de marcas de telecomunicações e luzes de cidade luzindo como brindes de instituições financeiras.

Mas a visão do mundo, lá está, altera-se consoante a vida. Agora sou um fiel detentor duma adorável cria e este vai ser o seu primeiro Natal. Claro que o pinheiro lá de casa cresceu uns andares. Por mim ficava o mesmo, um raquítico de três palmos que custou 4,95 euros no LIDL há três anos. Mas não, a mãe de sua alteza, a cria, pensa que o dinheiro cai do céu, pega no carro e no AKI investe 39,90 num pinheiro em condições.

- É o primeiro Natal dele, coitadinho, tem de ter um pinheiro digno do nome. Tão fofinho!

Mas apesar do preço, confesso que é jeitoso e depois de postas as fitas, a estrela e as luzes a casa ficou logo com outro ar. A cria, por seu lado, aprecia o manancial de material e não são raras as vezes em que o apanhamos a rastejar como um soldado ferido até à árvore e abocanhar com os seus quatro dentes as luzes azuis e vermelhas.

- Tás a ver como ele liga ao pinheiro! Tão fofinho!

O que é chato nisto tudo é que a mãe da cria não se contém, deixo-a sozinha a fazer compras e aparecem-me logo 23 embrulhos depositados aos pés da árvore AKI. Sacos da Chicco, da Zara Kids, Continente, Jumbo, Imaginarium, Toys R’ Us e até havia um da Foto Sport.

- Pronto, para ti e para o Gabriel já está. Tão fofinho!

O único problema disto tudo é que o Gabriel ficou com vinte e dois e eu com apenas um. Apesar de não o demonstrar, porque um homem quando é homem é capaz de fingir as emoções, confesso que fiquei algo sentido com a injustiça. Quer dizer, não é que o puto não mereça o seu quinhão, mas eu devia ter direito a um igual. Afinal quem a atura sou eu e quem aspira o ranho do nariz ao filho sou eu!

- Olha lá ele a olhar para as prendas, parece que adivinha que são para ele, tão fofinho!


quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Último pedido do ano

Pai Natal, Baby Jesus, Exu, Iemanjá, Afrodite, Júpiter, Osiris, Ganesha: por favor fazei que o Gabriel comece a não acordar à noite até ao fim do ano. Nós merecemos tanto.
A entidade que o conseguir ganha altar cá em casa.
Está valendo para o diabo também.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

(muito) curtinha sobre pós-maternidade

Reparei que há muitos e muitos meses não adiciono um único babyblog ao meu reader.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Sonhei

Que estava apaixonada pelo Alejandro Sanz mas ele não sabia. Por outro lado, todas as minhas amigas sabiam e estavam sempre a empurrar-me descaradamente para os braços do homem, o que me fez acordar com aqueles calores de PURA VERGONHA que só se proporcionam na adolescência, além de uma vontade maníaca de apertar o gasganete à Tatas, à Carla, à Ana Moura e à Anacê, entre algumas outras do passado que apareceram ontem dentro da minha cabeça só para fazer merda.

Depois, a meio do sonho, o Alejandro Sanz beija uma delas e olha para mim a perguntar se eu não ia fazer nada. "Fazer o quê", pergunto eu. "Então não era isto que querias? Perdes assim tão facilmente?"

Cinematograficamente, dirijo-me ao Alejandro Sanz, empurro a amiga-da-onça para o lado, seguro o homem pelas bochechas e digo-lhe, olhando-o profundamente dentro dos olhos: "achas mesmo que fui eu que perdi, coração? Olha DUAS vezes."
E girei sobre os meus calcanhares, saindo a abanar o rabinho para lá e para cá, para lá e para cá.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

É a literatura, camarada! Parte III

São os meus posts menos populares de sempre, e estão a dar-me um gozo bestial.
Paul's Case, de Willa Cather. Porque nós gostamos do Paul desde o começo, e não o vamos abandonar. Porque a última frase é arrebatadora. E porque este conto é um avozinho do meu muito querido Catcher in the Rye.
(Ah e tal só lês coisas de ianques? Neste momento, nem isso, infelizmente. Só leio coisas muito rápidas e fáceis. Mas houve um tempo diferente. E sim, praticamente só lia literatura americana (e alguma inglesa) e sim, praticamente só lia contos. Adoro contos, são excelentes para pessoas com o meu nível de concentrabilidade, que é palavra que não existe e faz falta.)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

É a literatura, camarada! Parte II

Ainda estou a ensaiar como chegar ao meu escritor preferido (não autor, escritor mesmo, escrevinhador: estilo, economia), enquanto lá não chego, deixo aqui Araby, porque, está bem, dizem que o génio de Joyce está em Ulisses e em Finnegan's Wake, que nunca vou ler porque acho-os chatos e difíceis, e para mim ler é, antes de qualquer coisa, prazer, e Dublinenses faz-me sempre sorrir e chorar não sei bem porquê, especialmente este conto sobre o primeiro amor, ou melhor, sobre o menino que ama como se fizesse uma oração, porque é o único amor que conhece.


E, vejam lá que mimo, em português. Espero que seja uma tradução decente.

Curtinha sobre a manhã

O bebé deu uma manhã de cão. Acordou às cinco, choramingou, conversou, riu-se, fez tudo até estarmos bem acordados e o metermos em nossa cama, mesmo no meio dos pais. Adormecemos os dois e o bebé ora vinha para o pé de mim cutucar-me os olhos e belicar-me o nariz ora virava-se para chatear o pai, puxando o cabelo e os lábios. Quando nos virávamos de costas para ele, chorava indignado.
Mesmo assim, derrotados de sono, lá acordamos para o dia, a despachar banhos, biberões, pequenos-almoços, fralda, cocó logo a seguir, outra fralda, lanches, carro estacionado no cu de Judas, etc, nós, que dantes líamos o jornal calmamente todas as manhãs.

Ainda há bocado perguntei ao Hugo se ele queria vir comigo e o bebé ao shopping mais logo, e ele respondeu que sim. Afinal, o que ficaria a fazer sozinho em casa?

Acho incrível como a nossa vida tão revirada pelo avesso, tão caótica e cheia de brinquedos espalhados e biberões sujos, pode preencher-nos tanto emocionalmente e sim, fazer-nos tão felizes. Nós adoramos isto. Adoramos cada bocadinho disto, até cairmos para o lado.

E, quando caímos, ele chega ao pé de nós e enfia-nos o dedo no olho para arrebitarmos e começar tudo outra vez.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

É a literatura, camarada! Parte I

Vou aos poucos reunindo aqui alguns dos meus contos preferidos - o que for encontrando pela net. Queria ter tempo de os traduzir, mas não tenho, por isso, ficam em inglês. Se alguém um dia os ler, diga o que achou. Se não, enfim, ficam aqui os links para quando me apetecer revisitá-los - já não tenho os livros, perderam-se nas rodas-vidas de empréstimos e doações a bibliotecas, porque, como já disse várias vezes, não gosto de ter coisas.

Vou começar por este Everyday Use da Alice Walker, uma das minhas autoras preferidas - acho que só perde mesmo para Toni Morrison, e imagino que as duas sejam amigas - são americanas negras da mesma geração.
Começo por este conto porque é Natal e os valores de família são de uso diário, e não de uso esporádico/decorativo.
Espero que alguém leia e goste!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

declaração rasgadíssima a 4 de Dezembro

O meu marido faz anos amanhã. E dou-lhe já os parabéns por ser um homem bom, íntegro, gentil, boa onda, divertido, engraçado, paciente. Agradeço-lhe por ter estado ao meu lado em todas as decisões dos últimos oito anos e ter aguentado trancos e barrancos sem nunca arredar pé. Por aturar as minhas crises de mau humor que nem eu própria aturo. Por deixar-me gritar e gritar e gritar sem dar muita importância. Por ser o meu melhor amigo e ouvir tudo, tim-tim por tim-tim, sempre, valorizando cada pormenor. Por levar-me a cemitérios porque gosto de cemitérios e comprar-me lápis de cera porque gosto de lápis de cera. Por fazer-me sentir inteligente e bonita. Por adorar as minhas ideias mais ridículas. Por rir de cada piada minha, e de cada ataque de fúria também. Por gostar do meu irmão como se irmão dele fosse, e do meu pai como se fosse um amigo de longa data.

Por ter concordado em ter um filho na altura em que eu me senti preparada, apesar de não ter certezas. Por me ter apoiado quando as minhas certezas foram pela sanita abaixo. Por ter dividido todas as tarefas da maternidade comigo desde a sala de parto. Por ter atravessado comigo toda a angústia dos primeiros dias de bebé sem se alienar. Por ter-me apoiado quando eu quis amamentar e apoiado quando não quis mais. Por acordar de madrugada muito mais vezes do que eu.

Por parecer o homem mais feliz da terra quando tem o meu filho ao colo, também agradeço. E por ter feito o Gabriel exactamente como ele é - Ele, Hugo, porque de mim o Gabriel só tem o físico, com a graça de Deus.

Parabéns, Gugs.

E é sexy que se farta.

Saudades da liberdade


Hoje é uma manhã dessas.
(concurso de cocktails cá em casa, 2007)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A Cátia e o seu bebé

Perguntei à Cátia sobre como estava a correr a maternidade, pois já se passaram alguns meses desde o nascimento do Sebastião e ainda não sabia nada. Munindo-se de todo o palavreado do mundo, ela escreveu, escreveu e escreveu mais um pouco.
Achei engraçado notar, querida, que mesmo tendo tomado opções tão diferentes das minhas, as preocupações e as angústias são iguais. Detesto a expressão "mãe é tudo igual, só muda de endereço", mas acho que nos enquadramos bem no "todas diferentes, todas iguais".
Depois de ler o que escreveste, só me resta desejar-te assim, meio tardiamente, as boas vindas a este mundo cheio de dores e delícias que é a maternidade.
Nunca mais voltamos a ser as mesmas - e a maior parte do tempo, isso é bom.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Prémios Melissinha de Ouro 2009

Sabem aqueles selinhos que mandam a dizer que sem este blog não podia viver, que este blog é o maior barato, este blog até arrepia e quetais?
Detesto-os todos.
Mas hoje quero tirar uns minutinhos para atribuir prémios a alguns blogs que sigo, porque dão alegria aos meus dias e sim, podia viver sem eles, mas é mais fixe viver com eles.
Não vou pôr os links porque se não nunca mais me despacho e hoje só é feriado para os ricos (eu tenho trabalho), mas estão todos ali ao lado.

Vou começar pelos blogs dos companheiros de blogonovelas (das quais estou afastada por motivos profissionais), o Cheirinho a Éter e o Vontade de Regresso. O Miguel tem o entusiasmo dos carneiros e escreve posts cheios de humor negro e pontos de exclamação, e a Ana, tendo uma sensibilidade bem diferente da minha, consegue proezas como "bomba de aleitamento materno" e "balde de água de vampiro fria", que acho delicioso e me sabem a bombom. Adoro essas expressões dela, porque são únicas.

O Neurotic Baby também é um dos meus preferidos, porque é muito terra-a-terra, com sentimentos terra-a-terra, de gente de carne e osso, sem devaneios oníricos. Identifico-me muito contigo, Pekala. Acho que temos preocupações muito parecidas.

Uma aquisição nova é o Precis Almana. A sua autora ganharia qualquer prémio de elegância na escrita de que eu fosse júri. Sendo caótica por natureza, gosto muito de ler textos claros, limpos, com começo meio e fim. E o bónus? Com conteúdo. Um mimo.

Adoro os momentos de desabafo do Lucas e Outras Histórias. A Manue, em toda a blogosfera, é a mãe mais parecida comigo. Temos a mesma esquizofrenia.

Falando em momentos de desabafo, a minha última menção vai para o Começar Bem é Preciso, porque eu podia ter escrito qualquer uma das explosões de procrastinação e desorganização da colega Ana.

E pronto, atribuídos estão os Melissinha de Ouro 2009.
(PS obviamente que leio muitos outros, mas, para já, ficam estes.)

domingo, 29 de novembro de 2009

Domingo


Azul = pai.
Verde = filho.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Bad timing

No dia em que o menino foi a vacinar, uma menina da sala dele foi diagnosticada com gripe A. Sendo que a vacina demora duas semanas a fazer efeito, lá vou eu ficar com o bebé em casa até lá, isto, se ele ainda não apanhou.
Não tem piada!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Está quase!


Adoro o Natal por um motivo, como já tinha escrito no ano passado.
PRENDAS!
Adoro prendas. Dar e receber. Prendas embrulhadas, com fita. Nada de envelopes ou coisas assim a descoberto. Coisas a descoberto não são prendas, são cenas que pagaram por nós (e espero que papai leia isto, porque as prendas dele não costumam vir embrulhadas.)

É engraçado como a maioria das pessoas detesta o Natal pelo consumismo que provoca e eu adoro-o por este mesmo motivo. No resto do ano sou frugal, porque detesto acumular coisas. O Natal é, assim, para mim, uma espécie de Carnaval, em que finjo ser dondoca de shopping.
(Sobre o espírito de família e outras coisas do género natalício, tenho gente maravilhosa de ambas as partes - sangue e casamento - e passamos o ano todo muito próximos uns aos outros. A grande diferença do Natal é mesmo... AS PRENDAS!)

Nove meses

E tosses, febrezinhas, queijinhos com bolacha, Pipa, Luísa, viroses de infantário, gargalhadas abertas, impaciência, paixão louca por telecomandos, cócegas, alguma vitória na fruta, muita loucura, muita diversão e muita reinação dentro desta casa que anda tão alegre estes dias por causa deste Senhor Bebé.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A paz necessária

Depois de uma manhã atribuladíssima, assolada por mil e uma dúvidas de última hora que me causaram uma enxaqueca sem precedentes - e já com a dita cuja vacina marcada para amanhã - eis que a Tatas me mostra um blog que me fez suspirar de alívio e desligar o botão também.
Obrigada, Rita. Queria ter-te lido ontem à noite. :)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O primeiro post

Vendo o blog da Ana, lembro-me do começo deste. Foi a 31 de Julho de 2008, estava eu com 7 semanas de gravidez e tanta, tanta coisa boa pela frente.
Por causa duma consulta com uma médica imbecil, tinha quase a certeza de que já tinha ou estava prestes a perder o bebé. Mas, depois da consulta com a muito querida Dra. Chung, saí do consultório a sentir-me mãe.

E ao som de Clara e Ana, de Joyce, música que mamãe cantarolava muito e que deu nome a este cantinho, escrevi:

Subi para a marquesa, pus os pés nos estribos, a doutora pôs lá o objecto fálico no sítio que cá sabemos.

Às tantas, mexe nuns botões e o som do metro lá fora inunda a sala.
Ou das obras. Sei lá, uma coisa tão alta que não deixava ouvir mais nada.
Afinal não vinha de fora, vinha de dentro.
Cá de dentro.

Hoje ouvi o coração do meu filho pela primeira vez.

domingo, 15 de novembro de 2009

Os cromos

Há dois cromos principais que nos podem ou não sair no pacote-bebé, sendo os principais o comer e o dormir mal. Há os bebés que comem mal mas dormem bem, e os que dormem mal mas comem bem.
Há aquelas mães sortudas a quem não sai cromo nenhum.
A mim, saíram-me os dois. Ele come mal e não dorme nada de jeito.
Ele até adormece com facilidade, mas acorda com fome duas vezes por noite. Acorda com fome, é claro, porque come mal. O Hugo faz um verdadeiro espectáculo de variedades durante a hora da sopa, enquanto enfio colheradas pela goela do bebé adentro.
Pronto, saíram-me os dois cromos principais, comida e noites.

(Cromos que não me saíram: adormecer sozinho, cólicas, chichi e cocó até ao pescoço, ser chorão, ser dependente, ser esquisitinho com os outros, mas digo já que, ao que parece, alguns cromos dos acima referidos estavam apenas escondidos no fundo do pacote.)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Festividades de Outono II


Castanha no Halloween.
(Pedindo desculpas pela cretinice, mas foi irresistível.)

Festividades de Outono


Halloween

São Martinho

Dia do gorro

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Porque é tão irritante que tem de ser linkado

Esta senhora, pelos vistos, continua a ser cretina como era há uns anos.
(Via blog da Manue).

Crescendo e aprendendo

Eu e o meu irmão andámos aos nove meses, entre algumas outras coisas. Não sei se espontaneamente ou por interposta pressão (é hoje que o meu pai aparece aqui no blog ofendido até à alma).

O meu filho... Bem, o meu filho tira e põe a chucha na boca. "Bate palminhas, Gabi", e ele tira e põe a chucha na boca. "Dá beijinho à mãe", e ele tira e põe a chucha na boca. "Vai ao pai, filho", e ele tira e põe a chucha na boca.

E tudo bem. Tudo excelente! "Faz aí uma macacada qualquer, bebé", e ele tira a chucha da boca e dá-nos um daqueles sorrisos de boneco japonês, exibindo orgulhosamente os seus dois dentinhos. É tão lindo e esperto, o meu filho, mesmo praticamente sem peripécias. Ele que aprenda as coisas ao ritmo que vai naquela cabecinha achatada.

Desde que, há uns anos, li Daniel Quinn, a minha visão de mundo mudou consideravelmente, e prometi a mim mesma que a vida não seria mais uma competição, não senhores. Não para esta família. Especialmente não para o meu filho - o que não significa que não o prepararei para o mundo lá fora, mas isso é outro assunto.
Mas competir com livros sobre o desenvolvimento do bebé e/ou outros bebés é que nem pensar.
Ele que continue a tirar e pôr a chucha na boca durante o tempo que lhe for adequado, que eu e o pai aplaudiremos a cada vez.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A primeira doença

Traz tantas dúvidas (e horas de sono) quanto o primeiro dia em casa depois da maternidade, com o triplo da angústia, sobre um amor já sedimentado.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Vocês têm?

Uma prima que além de ser uma dermatologista de sucesso tem uma elegância meio Jackie O.?
Eu tenho.

(volta e meia googlo a minha família toda, pois é. Morro de orgulho das minhas mulheres.)

Busy Bee

Entre primeira creche, primeiro Inverno, primeiros ranhos, dentes e febres e as piores noites de sempre, volta ao trabalho com ritmo a sério, este blog, que nem se porta mal nem exige tanta atenção, acabou por se ressentir.
Mas ainda cá estamos, obviamente.
(Bom mesmo era que "o colaborador mais inútil da blogosfera" (expressão do padrinho pedro), ou seja, o meu marido, assinasse alguns posts enquanto entro neste novo ritmo.)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Quantos de vocês...

... Têm uma revista mencionada no vosso convite de casamento?
Nós temos.

E hoje, depois de muitos meses, voltamos a comprá-la, o que me deixou imensamente feliz, um gesto parvinho desses. Um olá a mim mesma antes de ser mãe, e ao meu namorado Hugo, o gajo que ouve música estranha mas que para revistas lá tem bom gosto.

Pensei assim, num instante, que a vida também é isso, um cirandar de hábitos e manias, e no meio da ciranda dá para ir recuperando um pouco do que nós fomos no passado nem que seja só para matar saudades e, no dia seguinte, voltar a comprar a Pais&Filhos.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

26 de Outubros

Há dois anos, neste dia, jogava o meu ramo de noiva ao mar, ali em São João, em frente ao Alcatruz, e fiquei olhando as ondas a desfazerem as rosas. Uma imagem bonita.
Há um ano, comprávamos o carrinho do bebé num lindo dia de sol em Lisboa, estávamos radiantes com o nosso filhinho.
Hoje foi o seu primeiro dia na creche, todo pimpão e crescido. Estou radiante também, porque, apesar de alguns probleminhas, a vida corre-me muito bem: amo muito e sou amada.

Há cinco anos, neste dia, a minha mãe pôs um ponto final em meses de sofrimento e faleceu tranquilamente, com a minha prima Sunny, que ela adorava, ao seu lado. Ao contrário do que se imagina, não foi um dia mau, mas sim, um dia de alívio e liberdade não só para ela, mas para todos nós, que estávamos sofrendo muito. Não foi um dia mau. Eu ainda estava atordoada, com gente que eu amava, sim, mas que não fazia parte do meu quotidiano e desesperada por colo de pai e namorado.
Mas não foi um dia mau.
Depois do funeral, toda a minha família foi almoçar junta a um restaurante. Eu tinha passado quase uma semana praticamente sem comer, como em suspenso. Nesse almoço, comi muito. Eu e a Sunny comemos muito, sem levantar a cabeça do prato. Quando reparámos nisso, desatámos a rir.
Não foi um dia mau.
O meu pai chegou à noite com o meu irmão. Passei uma semana em frenesim correndo de um lado para o outro a organizar a missa de 7º dia, que tinha de ser perfeita. Escolhi a igreja em que ela (e eu) tinha sido baptizada e tinha-se casado, decorei-a toda como se fosse um jardim, mandei fazer missais com uma foto dela em criança e escrevi, de próprio punho, a missa toda. Comprei plantas e todos os presentes levaram uma para casa com a instrução de a plantarem no jardim e cuidarem dela.
As plantas traziam um cartão que dizia: Para lembrar de Mel.

Uma prima minha disse na altura que as missas de 7º dia eram uma invenção divina, pois passávamos ali uma semana a organizar tudo e sem tempo para pensar em nada. Não podia concordar mais. Passei uma semana como uma autêntica organizadora de eventos, escolhendo canções, cores de rosas para o ofertório, etc.

Depois, no avião para casa... bateu.

Mas isso é outra história e não tem nada a ver com os 26 de Outubros da minha vida, que acabei por transformar, depois de um luto longo, num dia de rituais, de passagens várias.

26 de Outubro não será nunca um dia completamente banal, prometo-te.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Biagens

Sou péssima viajante. Reclamo demais, canso-me facilmente, tenho dores de cabeça, não me ajeito com travesseiros e fico rapidamente com saudades de casa, mas a Anacê perguntou e ela está grávida, e não quero que o António nasça com cara de passaporte ou de postal.
Então as viagens que mais gostei foram - julgo eu, se calhar nem é nada disso:

- Icapuí com papai aos 8 anos de idade, só nós dois. Ele vivia longe há alguns anos e eu estava sempre cheia de saudades. Não sei quantos dias foram, talvez tenha sido só um fim-de-semana, mas foi tão cheio de amor e atenção... ele sempre deu ouvidos às histórias que eu inventava, sempre prestou atenção aos meus dramas. Foi excelente, e quando a minha hipnoterapeuta me pediu para escolher um "lugar seguro" para me recolher dentro da minha mente, não tive a menor dúvida: enterrei os pés na areia quente e preta e deixei que o vento salgado se me colasse à cara.

- América com a best friend Sara aos 18 anos, a despedida de tanta, mas tanta coisa, inclusive de Portugal por uns anos. Foi muito bom e tenho o desejo secreto de a repetir, com a própria best friend Sara ou com o meu marido.

- Roma com o Hugo, recém-casados e a sentir-se no topo do mundo depois de uma festa de casamento muito planeada e aguardada por mim e duas noites em hotel. Eu estava orgulhosíssima da minha aliança e adorava dizer "my husband", parecia uma brincadeira cara. Foi tão bom, também quero repetir.

De futuro, mais do que conhecer lugares novos, queria voltar a lugares antigos, ver outros pormenores. Quero muito voltar a Washington, a Praga, a Roma, a Paris, a Londres, a Nova Iorque. Quero muito mais voltar do que conhecer coisas novas.

É bem parvo.

som na cabeça

Não há dias em que amanhecemos com uma música na cabeça? Hoje amanheci com um som. O som do coração do Gabriel no doppler que eu tinha cá em casa. Estática com um cavalinho ao fundo. shhhh tututututu shhhhh tututututu.
(Ele vai para creche no começo de novembro, será ansiedade da separação, isto?)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Terminal do Papicu

Adoro ver vídeos da TV local da minha cidade natal no Youtube só para ouvir o sotaque.
Consigo encontrar cada uma das minhas mulheres preferidas em cada vogal aberta e cada nota cantada.
Adoro ver o terminal do Papicu. A Beira-Mar não me diz nada.

É a imagem que escolho para Fortaleza, o postal da minha memória. Era de lá que eu ia para o resto da cidade. E adorei encontrar isto.

Oito meses

E nada de dentes, nada de fruta, nada de noites completas, alguns traços de personalidades já evidentes - ele é independente e territorial como a mãe e sereno como o pai - gosta de desenhos animados, adora futebol, o tio e um peluche enorme chamado Amigão, cócegas na bochecha, o pai a fazer de Beatles. Tem o melhor cheiro do mundo inteiro - só um bom anjo da guarda para compor um cheirinho daqueles - e o melhor coça-gengivas do mundo é o queixo da mãe.

Aprendi que ele já faz tanta parte de mim quanto o meu coração ou o meu sangue.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Armário dos segredos

A melhor exposição que já fui na vida, incluindo aquelas de peso que toda a gente viu, foi uma chamada "Universos Sensíveis", no CCB, em 2002. Era uma exposição voltada para crianças, mas era deliciosa para adultos. Adoraria revê-la.

Cada instalação convidava-nos a contar uma piada, partilhar um medo, uma vergonha, uma carta de amor, que eram escritas nas próprias instalações, que estavam cobertas de letras abatatadas.

E havia os armários dos segredos, onde se escrevia um segredinho nas portas. Tantas coisas bonitas que se liam lá. "Ainda faço chichi na cama", "às vezes choro antes de dormir" e outras jóias.

Na minha semana Freud-explica, se eu entrasse no armário dos segredos hoje, escreveria:

"Quando sonho com a minha mãe e ela está bem viva, sou muito mais afectuosa com ela do que quando tive tempo de o ser."

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Tudo outra vez - pensamento do dia

A única coisa que me pode fazer mudar de ideias sobre ter um segundo filho é voltar a passar meses a fio a acordar de três em três horas.
(Além do desejo do Hugo, claro.)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Caligrafia - Interlúdio para Miguel

Verão tardio


Tão bom vê-lo só de fralda.
Vou ter saudades o Inverno todo.

domingo, 11 de outubro de 2009

A ver passar os patos


E algumas tartarugas também.

Pequenas pontadas de dor

Há aquelas memoriazinhas dolorosas que insistem em fazer uma visita de vez em quando, um tipo de dor de dentes na alma.
Tenho uma delas extremamente íntima que está sempre a assombrar-me. Talvez escrevendo aqui, exorcise-a de vez ou, pelo menos, ganhe alguma perspectiva sobre ela.

Se me arrepender, apago. Mas espero que não me arrependa.

A minha relação com a minha mãe foi sempre difícil de definir - acho que grande parte delas o são. Poderia passar umas boas horas aqui a escrever sobre isso, sobre como éramos dependentes uma da outra mas sem nunca nos aceitarmos verdadeiramente. Era muito difícil cumprir os padrões dela, ainda por cima sendo mulheres tão diferentes - ela sempre muito pé no chão e preto no branco, eu sempre muito complicada e cheia de nuances(recuso um bocado a cena do "sensível").

Bem, mas não quero falar sobre a minha relação com a minha mãe, porque já falei tanto, tanto que até enjoa. Quero é deixar cá a pequena memória dolorosa.

Arrumando as malas para ir de férias para o Brasil, mamãe pediu fotos minhas e do meu irmão. Eu trouxe algumas. Ela começa a olhá-las, selecciona as do meu irmão e devolve-me as minhas. Nem preciso de perguntar nada, o olhar dela diz tudo.
"Quando emagreceres, mandamos algumas fotos para lá."

Eu tinha menos 30 quilos do que tenho hoje.

sábado, 10 de outubro de 2009

Antídoto para beterrabas

Ele adorava beterrabas. Juro de pés juntos, adorava. Mas ontem era nem vê-las. Enfiava a colher por um lado, por outro, e nada do menino dar uma aberturazita entre-gengivas que me desse o espaço necessário a enfiar-lhe a comida goela abaixo.
E assim passámos uns bons 40 minutos em guerra, até parecer que tinha havido uma carnificina em plena sala Carvalho, com bocados de carne humana por todos os lados.
Naquele impasse, eis que chega o Carteiro com um pacotito.
Olha, olha, presente para nós! Tréguas?
Ele não respondeu, mas sim, tréguas, desde que fosse ele a abri-lo.

(Reparem na cara de cansaço e resíduo bélico na cara do salafrário. Mas sim, tréguas)

Uma prenda da Ana para nós, Buchinhas! Aquela rapariga não existe. É como um sopro de ar gelado num dia quente, ou o antídoto para beterrabas num dia com beterrabas.
O bebé ganhou umas botinhas de temática medieval giríssimas e causou-me alguma inveja. Mas para ser honesta, ele preferiu mesmo o post-it que as acompanhava.


E eu ganhei um lenço lindo que dá na perfeição com uma camisola que comprei há uns dias - acertaste no gosto, no estilo, na cor, em tudo, minha querida. Muito, muito obrigada pelo mimo.
(Temos isso em comum, adoro dar prendas. Adoro recebê-las e dá-las, na verdade. Adoro pacotes, pronto.)
Aqui está o lenço e um beijinho para ti.

Fica a promessa duma foto com a camisola.
O mais interessante da prendola não ponho aqui: uma cartinha escrita a próprio punho! Há quantos anos não recebem uma assim? A última que recebi foi de uma boa amiga também, em 2000, lembro-me perfeitamente. Trazia uma foto com data lá dentro.É tão bom ver as letrinhas redondas que congelaram no tempo, pois começámos a usar computadores ainda adolescentes. As letras das nossas mães chegaram a transformar-se em letras de senhoras distintas, né?As nossas congelaram no pós-infância em forma abatatada, nada a fazer sobre isso. É lindo e romântico o braço da modernidade não chegar a elas.
Adorei, Ana. És um amor.
Um beijo grande dos dois.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A INVEJA

"Olá Dr. Luis Pinheiro. A minha questão tem a ver com rotinas de sono. O meu filho tem 2 meses e 2 semanas. Há 1 semana começou a dormir das 23h até às 8h da manhã ininterruptamente. Apesar de ser delicioso, é normal, tendo em conta que se trata de um bebé tão pequeno?"

In http://www.lpinheiro.com

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

É tão fixe

Quando ele diz dois maaaas seguidos e parece "mamã"!

(Não pensem que vou escrever aquele post clássico da babyblogosfera, quando os bebés fazem oito meses: O MEU FILHO HOJE DISSE MAMÃ!!! Perdão a qualquer leitora daqui que o tenha feito, mas garanto-vos que é impossível que os dois maaas se refiram a vocês directamente. Na minha leiga opinião, uma consoante labial é perfeita para coçar as gengivas com o lábio inferior, isso sim mais justificável aos oito meses: dentes on the way.)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Para viver um grande amor, por Vinícius, claro

Para Viver Um Grande Amor

Vinicius de Moraes


Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.

Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.

Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.

É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...

Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?

Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.

Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva oscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.

domingo, 4 de outubro de 2009

Amigas que não querem entrar em modo POVOAR

Há dois posts publiquei a carta da Bailarina com conselhos a uma amiga prestes a ter bebé, e hoje deu-me a mim vontade de falar com e sobre as minhas gajolas que escolheram não contribuir para a sobrepopulação mundial, e como estou a tentar ser uma tipa organizada e disciplinada, vou falar por tópicos. Yap.

1. As primeiras vão para as pessoas que franzem o sobrolho diante da opção que cada família faz para si como se se tivessem convertido ao satanismo - doravante, chamarei a essas pessoas "bimbos", para simplificar. Bimbos: essas famílias têm uma taxa de sucesso profissional e amorosa exactamente igual à das pessoas que povoam. O que os leva a não querer ter filhos é exactamente o que nos leva a nós a querê-los: é uma escolha. Faz parte de um projecto. Há tanta, tanta coisa coisa que se pode fazer com a própria vida além de se ter filhos, bimbos, que vocês ficariam admirados. E não são planos B: são planos A+, com prioridade máxima e cheios de emoção e liberdade.

2. Quem não quer ter filhos não o faz por serem monstros comedores de criancinhas. Dentre o meu grupo de amigos e amigas que não querem povoar estão as pessoas mais carinhosas com crianças que conheço, há inclusive uma educadora de infância. São muito mais delicadas e pacientes do que eu, que povoei.
(Já agora, ninguém é obrigado a gostar de fedelhos a saltar-nos para cima, como muitos bimbos costumam pensar.)

3. O tópico mais importante de todos, bimbos, e se quiserem não leiam mais nada mas por favor leiam isto: sabem como se sentem quando pessoas de fora sugerem, mesmo assim muito por alto, que estamos a fazer algo errado com os nossos filhos? Multipliquem isso algumas vezes e é como se sente um casal, especialmente a mulher, quando se lhe aponta um dedo por não quererem engravidar. É quase inevitável que ela fique com a ideia de que vocês, os bimbos, acham que há algo de intrinsecamente errado com a natureza dela, porque a maternidade está no campo da feminilidade, do íntimo do nosso corpo, da nossa vida/desempenho sexual. Tenho a certeza de que vocês não acham isso, e se acharem, tentem guardar essa alarvidade de pensamento para si próprios, porque magoa muito quando é posto cá fora. Se a ti, bimbo, disseram coisas como "não serás menos mãe porque não amamentas", ou porque isto ou por aquilo, e isso fez todo o sentido para ti, é muito natural que entendas que tal e qual opções não fazem uma mãe, um filho não faz uma mulher.

4. Deixando agora os bimbos e falando às minhas meninas que não querem povoar: há uma coisa que observo em quase todas vocês e que queria muito ver mudar: a pressão interna, a necessidade de se explicar a cada vez que alguém pergunta "e para quando os filhos, já te despachavas, não?" Isto faz-me lembrar um comportamento estúpido meu que não vem aqui para o caso e que me constrange a cada vez (mas para não ficar a pairar, digo rapidamente: o explicar timtim por timtim vezes sem conta porque estou tão gorda). Queria que todas vocês se sentissem em paz com a vossa decisão a ponto de falar tanto no assunto como eu falo dos motivos que me levaram a ter o meu filho (claro que sei que é utópico por causa da pressão dos bimbos, por isso, bimbos que conseguiram chegar até aqui, releiam o tópico sobre não dizer nada também.)

5. Uma das diferenças entre povoantes e não-povoantes é que a opção dos últimos é reversível. E aqui volto aos bimbos. Se um dia uma das minhas amigas decidir ter um bebé, se eu ouvir um "eh pá até que enfim", "com que então mudaste de ideias?" ou algo remotamente parecido ao pé de mim, enfio-vos as ventas para dentro.

Sabadão


Os Carvalho: Valentim, Hugo, Gabriel e Manet no chão, quadros por todo o lado (também são Carvalho.)


Gabriel a ouvir coro, claro que teve de cagar também no Carmo - ele anda a fazer a Rota dos Monumentos Lisboetas em cagas.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Entre amigas

A Bailarina, visitante aqui deste cantinho e orgulhosa mamã do Raul (não deixo o link porque o blog é fechado), escreveu um belíssimo post a uma amiga sua que está prestes a ter bebé.
Poderia perfeitamente ter sido eu a escrever - e a Anacê e a Tatas disseram-me coisas parecidas também.
Deixo aqui então. Não deixem de ler - e reler, quando chegar o momento. :)

....

O trabalho de parto é isso mesmo, um trabalho, com vista a um objectivo muito nobre e cuja recompensa é realmente fabulosa;
Aquelas histórias medonhas que nos contam, sobre o parto, são mitos urbanos, não têm que ser verdade, eu acho que muitas não são(eeheheh);
A epidural, que foi descoberta para minorar o sofrimento e aumentar o prazer, não faz de nós mães mais fraquinhas e passados 6 meses não me aconteceu nada de mal;
O pós parto é terrível, os pontos doem como o raio, o sentar é difícil, pede gelo e alivia e acredita que passa;
A estadia no hospital não é fabulosa, mas tenta ver isso como uma passagem, sê simpática para as enfermeiras, não leves a sério tudo o que elas dizem, não te sintas pressionada por elas, mas se descobrires uma simpática pede-lhe ajuda se precisares;
A chegada a casa de um bebe têm tanto de maravilhoso, como de imensamente estranho, 3kg e pouco enchem uma casa toda, ocupam tudo, dominam tudo;
A relação marido-mulher fica estranha, não se sabe muito bem se aquele é o marido, se o pai da criança, se o homem com que casámos…A visão fica turva nos primeiros tempos, mas recompõe-se;
Com as pessoas amigas, sê sincera e diz para te visitarem mais tarde, a casa cheia de gente nos primeiros tempos é meio caminho andado para a lágrima;
Sim, as lágrimas estão sempre lá, ou porque sim, ou porque não…
Estar cansada e sem paciência é normal, muito normal, pede ajuda, não é vergonha, não és pior mãe por isso, não monopolizes tudo;
Dorme quando ele dormir, mas dorme mesmo, eu dormia sempre e andei quase sempre fresquinha;
Não exijas que o teu menino faça tudo como fazes, dá-lhe espaço para fazer as coisas à maneira dele, assim ele sente-se mais pai e tu ficas com mais tempo para ti;
Deixar o miúdo 3 horas com alguém de confiança, para ires fazer alguma coisa que te dê prazer não é pecado, não te sintas mal, nem deixes que te façam sentir mal, não és má mãe por isso;
A amamentação é a melhor opção, sem dúvida, insiste, não desistas, mas se não correr bem, não deixes que nenhum médico, enfermeira, amiga, vizinha, ou amiga da amiga que deu de mamar até os 30 anos, te faça sentir mal;
Os maus hábitos, aquilo que te vão dizer para não fazeres porque são maus hábitos, são algo que todos fazem quando isso contribuir para o equilíbrio da família, seja adormecer ao colo, na cama dos pais, a abanar…Não digas tudo o que fazes, assim poupas os olhares críticos de quem já fez o mesmo;
Quando te disserem que é mimado, diz que sim, que é, até porque se não lhe dermos mimo em bebe não estou muito bem a ver quando é;
A pergunta de alguém bem-intencionado: “ será que não é fome”, quando acabaste de dar de mamar, pode provocar um turbilhão hormonal dentro de ti, é normal, e passa;
Vão te dar muitos conselhos e palpites, alguns muito úteis, os que não interessam não vale a pena dizer nada, quem já teve filhos pensa sempre que sabe tudo, é normal, eu já acho isso EHEHEH;
Cada criança é diferente da outra, a receita milagrosa para uma, não serve na outra, são muito complicados estes putos;
Quando te disserem que ele é muito lindo, que quase dá vontade de comer, mais tarde vais lembrar-te que se calhar o devias ter mesmo comido, EEHEHEH;
Eles choram, mais ou menos, é normal, são bebés, faz parte, e muitas vezes choram por duas coisas, por tudo e por nada…Quando tiveres dias assim, ao fim do dia entrega-o ao teu menino e vai arejar;
Para mim o mais importante, foi perceber que se eu estiver bem, ele também está, se eu estiver calma ele também, por isso descobre-te a ti como mãe, e vais ver que vai correr tudo bem;
A maternidade não é cor-de-rosa, não desceu sobre mim um instinto maternal que me faz acordar cheia de energia e super feliz de hora a hora, ou de 2 em 2, ou de 3 em 3, mas o corpo humano adapta-se, e sim é bem verdade que o sorriso deles compensa tudo, mas é que compensa mesmo!
Confia em ti, nos teus, no vosso amor e tudo vai correr bem! ACREDITA

Só para dizer que...

... O blog anda parado porque voltei a trabalhar e tenho o bebé em casa. É tarefa hercúlea e ainda não estou em velocidade de cruzeiro.
Estou muito, mas muito feliz por ter voltado a trabalhar, eu, que já disse tão mal deste trabalho. Na verdade, andava tão esgotada com o muda-fralda-faz-biberão que até tirar bicas para o Pingo Doce seria uma emoção do caraças.

(Mesmo contente, continuo a suspirar por um trabalho que me tire de casa, me meta nos transportes a ouvir mp3 (no tempo em que eu tinha um emprego assim ainda tinha discman) a ver gente a ler bestsellers e a falar disparates ao telemóvel, e beber o primeiro cafezinho do dia numa estação qualquer. Suspiro mesmo.)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Da consulta de hoje

é possível perder o que preciso perder só com reeducação alimentar?
é que às vezes o caminho parece infinito e desanimo, só isso
madalenam@yahoo.com (Endereço de correio electrónico não verificado) diz:
Reeducação alimentar e reeducação de comportamento... lá iremos cada coisa a seu tempo. Mas claro que sim! Mas tem de se empenhar tanto ou mais que eu em SI!
Melissa diz:
ok
madalenam@yahoo.com (Endereço de correio electrónico não verificado) diz:
O caminho é NECESSARIAMENTE LENTO E LONGO. COLE ISTO NA PAREDE
Melissa diz:
haha isso é deprimente. prefiro não pensar
madalenam@yahoo.com (Endereço de correio electrónico não verificado) diz:
O caminho é NECESSARIAMENTE LENTO E LONGO.
O caminho é NECESSARIAMENTE LENTO E LONGO.
Melissa diz:
"o caminho é necessário" basta-me
madalenam@yahoo.com (Endereço de correio electrónico não verificado) diz:
O caminho é NECESSARIAMENTE LENTO E LONGO.
OK, foi uma dose de realidade. Aterre na realidade quanto antes.
Melissa diz:
ok
madalenam@yahoo.com (Endereço de correio electrónico não verificado) diz:
Isso é uma forma bonita também, desde que seja realista...
Melissa diz:
sim, é tudo por amor. vale a pena

domingo, 27 de setembro de 2009

Gabriel e a cidadania


Fora votar, também fizemos pão.

Rogo uma praga DAQUELAS a quem comparar o pão a qualquer coisa que não seja pão.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Alter ego

Nesta minha nova fase daietch, tenho de fazer um diário alimentar, ou seja, anotar cada merdinha que cá entra - sem batota.
Lá vou eu comprar um caderninho - sim, porque tenho 600 caderninhos nunca usados, mas não é maravilhoso ter um motivo real, de ordem médica para comprar outro? Adoro caderninhos - uma coisa discreta, própria de uma mãe de família.

Até que vi esta colecção.

Ó meu Deus, pensei. É tão gira. GOSTO TANTO. Mas é pink. Super pink. Eu não sou pink, eu sou intelectualizada, culta, cinzentérrima e de humor agreste. Vou em busca do meu caderninho intelectualizado, culto, cinzentérrimo e de humor agreste.
Vá, mas olhar de perto não conta, né? Ainda por cima o supermercado está vazio.

Uma das Menininhas chama-se Mel. E veste-se bem, e é esperta e eu gosto dela. Aliás, gosto não, eu quero ser ela. Quero ser a Mel das menininhas.
Mostro ao Gabriel, que me tira logo o caderno das mãos e mete-o na boca.
Ora bem, só pode ser um sinal divino, penso eu. O meu filho NUNCA poria na boca um caderninho intelectualizado, culto, cinzentérrimo e de humor agreste.
Mas o da Mel, ele pôs.
Porque me reconheceu.

Assim, agora no meio da minha mala de trintona mãe de filhos, dança um caderninho super pink com uma menininha ruiva e sorridente na capa, que poderia ser eu há uns anos, que pode ser um bocado de mim no futuro.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Obrigado, tia Ana C.


Gosto muito de aqui estar, embora continue a chatear os cornos à mãe. Em contrapartida ela está parcialmente vingada, pois como só tem metrimê, mais coisa menos coisa, estou condenado a cá ficar até o meu pai chegar.

este blog anda paradito

Ando mais numas de ler do que de escrever, se calhar.
Também ando sorumbática, e não quero que isto se transforme num blog deprê.
(A todos os amiguinhos: não se preocupem comigo, eu estou bem, só estou sem piada e sem pica.)

E o inútil do outro colaborador, aka meu amado esposo, nem para vir dar um alô. Ora, francamente.

domingo, 20 de setembro de 2009

Sete meses

De frango e peru e nada de vitela, de bolachas, de viragens involuntárias na cama de grades, de birra de dentes, de birra de sono, de birra de fome, de guerra com a colher, de roupa cheia de papa, de cócegas nos joelhos e no pescoço, de cabelinho farto, de soneiras, de amor, de papa, de muito e muito e muito amor.
É cada vez mais delicioso ter-te no meio de nós.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Menina do Lido


Menina do Lido
Geraldo Azevedo
Composição: Geraldo Azevedo - Carlos Fernando

Menina, eu te conheço
Não sei de onde
Mas por incrível que pareça
Sei o seu nome
Menina
Não sei se foi no bonde
De Santa Teresa
Como podia ser
Numa butique em Copacabana
Ou num chá de caridade, menina
Promovido a quem de direito
E seu vestido era azul-anil
E era domingo, viu
Você nem ligou pra mim
É, eu sou muito vivo
Te lembra, menina
Do passeio, do sorvete
Na Praça do Lido
Tu não te lembras
Do passeio, do sorvete
Na Praça do Lido

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Somos muito desenrascados, levamos o bebé a todo o lado e fazemos tudo o que fazíamos antes.

Bem, nós não.

Não levamos o Gabriel a sítios com multidões.
Não levamos o Gabriel a lugares desconfortáveis para ele, sem condições para lhe dar de comer ou trocar a fralda com um mínimo de estrutura.
Não passamos dias inteiros com o Gabriel na rua, porque ele não é adulto e cansa-se.
Cancelamos compromissos em cima da hora por causa dele.
Evitamos ao máximo mexer na rotina de sono, ou seja, saímos pouco à noite, nem que seja cedinho.
Ele dorme no escurinho e sem barulho, nada de "ahh acostumei-o a dormir em todo o lado." (Também dorme no carro e no carrinho, mas a mais não o obrigamos.)
Nada de rua a horas de sol quente.

Ou seja, nada desenrascados, nada de ir a todo o lado, a vida mudou completamente. Ele não é um terceiro adulto na família, e tentamos agir de acordo.

Por incrível que pareça, saímos e divertimo-nos imenso os três.
Sempre à medida DELE.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O fairy dos bebés


DUROU SETE MESES!!!
Agora comprei o da Corine de Farme. A ver se o gajo é competitivo.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Expectativas

É comer decentemente com uma colher, é aguentar uma noite completa sem fome...
Porque é que eu exijo tanto dele, o meu bebé lindo e pequenino?
Sinto que às vezes concentro-me mais no que ele ainda não faz do que nos seus passos gigantescos.
Ele que faça a merda que quiser com a sopa e que me acorde aos berros para comer.
Não reclamo mais.

(já vira e desvira com muita facilidade :))

domingo na estranja em imagens - II

Baile Moldavo, totalmente eighties, com muitos teclados.

We, Lyras.

Uma fanfarra alucinada de indianos alucinados.

A comida acabou, por isso fomos comer um temaki ao chiado.


Com muita pena não fiz o workshop de Bollywood, mas estava pelas costuras.

Bem, foi tudo muito fixe, espero que para o ano haja mais!

Domingo na estranja em imagens - I

Mapas do mundo feitos com roupa usada sobre colchões. Os putos adoravam mandar-se para cima deles!
Depois quem quisesse podia levar a roupa que lhe servisse consigo.

Bookcrossing com livros de todas as línguas (depois apareceu um bêbedo e levou-os todos, hehe)

Mapa dos Anjos, no Arquivo Fotográfico de Lisboa. Os meninos da escola dos Anjos fizeram um mapa muito colorido, mas antes um mapa dos seus corações: de onde tinham vindo eles próprios, os seus pais, e onde tinham família e amigos. Neste mapa, a Ucrânia podia estar mesmo ao lado da China, que fazia fronteira com Portugal.

Os meninos eram os guias da exposição de fotografias do bairro. Por serem dos Anjos, cada um deles tinha uma asa com a história de um objecto escrita nela.
Esta é a asa do Vicente, o nosso guia preferido.

sábado, 12 de setembro de 2009

Domingo na estranja

Lembram-se disto?
Amanhã vamos a isto.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Somos uns "estimados leitores"


Nós gostamos de aparecer, e aparecemos assim um cadinhozinho na Time Out, revista preferida da família.
Umas celebridades.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Coisas boas que vêm com a maternidade TOMO II

A antecipação...
A surpresa...
O contentamento...


É como abrir um presente novo a cada moeda.
Sendo uma gaja que odeia acumular coisas, adoro presentes. Adoro. Não conheço ninguém tão fanática por abrir pacotinhos quanto eu. Perco o interesse quase imediatamente, daí não valer mesmo a pena gastar muito dinheiro comigo. Tem é de ser surpresa. E vir embrulhado.
Os meus pais nunca foram muito à bola (hahaha) com as bolas, e agora vingo-me. O bebé ainda tem seis meses e meio, mas gosta muito das porcarias que as bolas trazem.

Sim, claro, porque as bolas são para o Gabriel, não para mim.

Silent night, glory night

Qual recém-nascido, este piolho agora faz uns soninhos miseráveis de duas horas, no máximo três.
Acreditem, mães de dorminhocos, que o nosso instinto maternal não acorda de duas em duas horas. O que acorda é uma parcela amarguinha de nós com algum sentido de dever.
Não há piada nem ternura em sonos assim.
Perguntem à Manue.

sábado, 5 de setembro de 2009

in my life


Tem lugares que me lembram
Minha vida, por onde andei
As histórias, os caminhos
O destino que eu mudei
Cenas do meu filme em branco e preto
Que o vento levou e o tempo traz
Entre todos os amores e amigos
De você me lembro mais

Tem pessoas que a gente
Não esquece nem se esqueceu
O primeiro namorado
Uma estrela da tv
Personagens do meu livro de memórias
Que um dia rasguei do meu cartaz
Entre todas as novelas e romances
De você me lembro mais

Desenhos que a vida vai fazendo
Desbotam alguns, uns ficam iguais
Entre corações que tenho tatuados
De você me lembro mais
De você, não esqueço jamais!

(versão da grande grande Rita Lee)

Voltámos

E adoramos voltar, sempre. :) Somos ratos domésticos.
Os dias fora foram excelentes de várias maneiras. Sem internet nem nada que nos distraísse uns dos outros, fomos família.
Pela primeira vez, eu e o Hugo pensámos: "Que impulso maravilhoso, a decisão de ter o Gabriel". É tudo tão mais bonito, divertido e emocionante agora, com ele sempre entre nós, do que era no ano passado.
É um pouco estranho só agora sentirmos essa plenitude sem dualidades, sem cansaços, sem frustrações. Apenas o prazer de ser feliz e o orgulho de o ter posto no mundo.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Agora é que é mesmo!

Vamos partir para o nosso destino exótico a uns longínquos 40 kms de Lisboa, uau, a coragem dos gajos.
Não tenho net wireless, portanto, até à volta, companheiros!

sábado, 29 de agosto de 2009

O nome Gabriel

Inspirado na Manue, mas aqui é mais fácil.
É Gabriel porquê? Não senhores, nada do anjão Big Kahuna (ou como diz a Cátia, o primeiro Predictor da Humanidade).
É Gabriel por coisas assim:



Odeio o facto de estar na moda neste momento. Nunca poria um nome a um filho só por soar bem, teria de ter significado - nem precisa de ser um célebre nobel, por exemplo, cheguei a considerar "Vicente" porque adoro a igreja de São Vicente de Fora. :)
O segundo nome do meu filho é José, nome do meu pai. Seria sempre o seu segundo nome, a menos que García Marquez não existisse, porque cá em casa também somos fãs de Saramago.
(Antes que perguntem: "e o Hugo nisso?" O Hugo escolheria o nome se fosse mulher, mas obviamente que tinha poder de veto.)
e vocês, miudagem? De onde vieram os nomes dos piás? A Ana C. e a sua intrépida Alice também têm uma história gira, que eu sei.


(E sim, eu ia fazer uma paragem no blog, mas CONSTIPEI-ME A SÉRIA e o Hugo pôs-me em isolamento.)