quarta-feira, 30 de junho de 2010

Pré-chamada - Luluzinhas Cinéfilas

Depois de ler muitas páginas de crítica internacional, eu, a presidente das Luluzinhas Cinéfilas, declaro que é fundamental vermos Eclipse, até para esquecermos o desastre do Lua Nova.

A data que sugiro é 21 de Julho, para dar tempo às pitóides de lamberem o Pattinson e o Lautner à vontade.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Mais uma curtinha

Por vezes a maternidade não é coerente com o comportamento anterior da mulher, e obedece apenas a uma qualquer voz interna dentro dela que lhe diz o que é certo e o que é errado. Pode ou não fazer sentido com tudo o resto que ela aparenta ser.

E lá por duas mulheres serem parecidas, se darem bem, terem os mesmos valores e o mesmo humor, não significa que serão mães parecidas, com os mesmos valores e o mesmo humor.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Gestão de orçamento doméstico

Quem me conhece sabe que é a cena mais incoerente da minha vida: eu, a pior dona de casa de sempre, a que não dobra cuecas, não passa a roupa, não liga a nódoas nem a cantos dos azulejos pretos, adoro tudo que se relacione à gestão dos dinheiros da casa. Dá-me um gozo tremendo driblar o pouco dinheiro e esticá-lo ao máximo. Ultimamente ando um bocado descontrolada, mas regra geral:

- seguindo a dica da Dona de Casa Perfeita - que por sua vez tirou do America's Cheapest Family - nesta casa, ao sábado ou domingo, investiga-se o que há nos armários, frigoríficos e congelador. Com o que há, criam-se menus para os cinco dias da semana. Vê-se então o que falta de iogurtes, fiambre, etc e, só com a noção real do que se precisa e lista na mão, parte-se para le Pin Doux. Ultimamente, mais por preocupação com a saúde do que propriamente por dinheiro, passámos a comer proteína animal apenas três vezes por semana, e a conta do supermercado desceu uns assombrosos 40%.

- Como já cá disse, tudo que pode ser comprado em segunda mão ou trocado, é-o. Só compramos coisas novas depois de ver se não há outra opção (especialmente para o bebé).

- Como toda a maltinha esperta, uso e abuso das marcas brancas. Dou-lhes hipótese mesmo em produtos a que toda a gente torce o nariz (higiene pessoal, tratamento de roupa, coca-cola). Só não gostamos mesmo de alguns cereais de pequeno-almoço. Não vou dizer que são iguais aos produtos de marca, porque não acho que sejam (alguns até são), mas têm uma excelente relação preço-qualidade.

- Todos os aparelhos eléctricos de resistência (calor) são usados na tarifa bi-horária, a não ser em casos muito urgentes.

- O bebé e a TimeOut ajudam: há sempre montes coisas engraçadas a acontecer na cidade a custo zero, é só procurar um pouquinho. Ficar em casa fins-de-semana a fio por falta de dinheiro é que não.

- Praticamente não compramos livros: temos bibliotecas muito boas no conselho que nos enchem as medidas. Idem idem para livros para o bebé.

- O Hugo leva marmita e lanches para o trabalho, e eu, para a biblioteca.

- Tenho um olho treinado - herança da minha mãe - para descontos, promoções, vouchers, etc. Só ponho gasolina e vou ao cinema com o cartão da zon. Reparo bem nos descontos em cartão do continente e nos talões do minipreço, atenta principalmente às fraldas que eu gosto (que só compro em promoção, de outra forma é marca branca também). Se quero um miminho de spa assim de vez em quando, uso vales que vêm em revistas femininas imbecis.

- O único crédito que temos é o da casa. Somos donos da nossa própria alma.

Pronto, e assim vamos vivendo, às vezes com mais folga e gracinhas do que muita gente que ganha o dobro (é fácil ganhar o dobro do que nós). Poupando assim, sobra dinheiro para ter a bela da empregada quinzenal, porque sou uma nódoa a limpar, dá para comer fora de vez em quando, porque adoramos, e ir fazendo outras coisinhas.

E vocês? Dicas?

O meu filho lindo

Só falo de mim e das minhas crises. Quem vê, pensa que ando por aí no choraminganço, e não ando. Andamos todos muito felizes, porque o Gabriel:

- é lindo, o mais lindo.
- anda maníaco por cães, em primeiro lugar, e mais tudo o resto com quatro patas (que também se chama caaaummm) e de duas patas, além de pombos (que também são caaauuumm).
- Conta: ãã.. ããã... téé... cá.
- Adora dançar, parece o Cadeirudo.
- Já faz birrinha quando quer alguma coisa.
- Anda pela casa toda com os braços para cima, num eterno Vira.
- Adora desligar o PC.
- Gosta muito de fruta e odeia a minha comida.
- Adora fazer poças na praia (também são caaaauummm).

Por isso, sim, ainda vou escrever o filme português do milénio, mas enquanto não tenho tempo, vou sendo fã do Gabriel, que também é uma posição muito agradável.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Hoje fui eu

Depois de algumas amigas, hoje foi a minha vez de ser atingida em cheio pelo último post da Ana de Amsterdam, logo depois de dar o biberão ao Gabriel às 6h30.
Ontem estava a ver um filme que estava a adorar e, mesmo assim, adormeci redonda no sofá aí por volta das 23h. E ontem nem sequer trabalhei, limitei-me a fazer cenas de casa, ir às compras e levar o bebé à praia ao fim do dia. E não me aguentei acordada durante um filme estimulante.

Hoje de manhã, ao lembrar-me disso, pensei se também a ideia incrível que tenho para um filme, para séries, até para livros de contos, terão de esperar pelas asas do Gabriel ou pelas de quem mais estiver por vir. Pensei se vou estar presa unicamente a este blog e aos seus posts de três parágrafos durante os próximos anos. Pensei logo no post da Ana, não lhe dando razão efusiva, mas com um pavor de morte. É que não quero esperar tanto. Quero mais vida para além do trabalho, do casamento e da maternidade. Além de que não quero esperar que estas ideias mudem ou envelheçam comigo, ou simplesmente morram, vencidas pelo cansaço também.

E foi inevitável pensar em como aproveitava mal, mesmo muito mal, o tempo na altura em que não era mãe.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Ir a praia com uma criança de 16 meses

- Levar algumas t-shirts a mais, pois eles invariavelmente sujam ou molham ou croquetam as ditas.
- Levar comida que não agarre areia com facilidade, como bolachas em vez de pêssegos e manga aos bocadinhos.
- Levar fraldas de banho, porque as outras encharcam.
- Levar água doce num borrifador.
- Levar marido.

Learnt the hard way.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Não tenho forças que me levem daqui, deitaste-me um encanto, Não deitei tal, não disse uma palavra, não te toquei, Olhaste-me por dentro, Juro que nunca te olharei por dentro, Juras que não o farás e já o fizeste, Não sabes do que estás a falar, não te olhei por dentro, Se eu ficar, onde durmo, Comigo.


Na minha mente e no meu coração, ao lado de Fermina e Florentino estão Blimunda e Baltazar. Comentámos, há uns bons anos: se Saramago não fosse tão carrancudo, até chamávamos José ao nosso filho.

O casamento dos nossos melhores amigos

Foi em modo furtivo, e não, seus horrorosos, a noiva não está prenhe (que eu saiba, pelo menos).

Casaram hoje, aqueles dois, e mesmo que digam que não muda nada, que é só para ter os direitos que deviam ter de qualquer outra forma, o meu coração não deixa de ficar contente por um motivo bem pató: se deram este passo é porque estão oficialmente muito felizes um com outro.

Pelo salto de fé que acabaram de dar, padrinhagem, esta pequena família dá-vos os parabéns. Queria ter estado no aeroporto com um punhado de arroz também - na verdade, eu e a Tatas tínhamos combinado não deixar passar a cena em branco mas fomos engolidas por circunstâncias várias. Sintam o meu arroz virtual a entrar-vos pelos ouvidos e olhos, sim? Olha mais um punhado aí.
E mais um!

Já sabem, o copo d'água UPS lentilhas levemente alusivas à ocasião serão oferta nossa, em data a combinar. Com todo o gosto do mundo, da nossa parte e da parte das lentilhas.

Sobre a lua-de-mel no México, a invejinha branca não me deixa comentar.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Hora do jantar

Às vezes, quando estou na cozinha a lavar a loiça e a fazer o jantar, descabelada e com a camisola cheia de nódoas e oiço os berros do Gabriel dando luta para comer e a impaciência do Hugo, e estou para ali a tratar de dez coisas desinteressantes e desgastantes ao mesmo tempo, dou por mim a pensar que casamento e filhos é para onde todos nós nos dirigimos por defeito, sacrificando e abafando e esquecendo todos os planos grandiosos que tínhamos para nós, seres brilhantes e criativos e únicos. Não dá para saber que decisões tomámos que nos levaram até aquele lava-loiças com biberons e cascas de cenoura por limpar.

Há outras vezes em que exactamente o mesmo quadro me parece pleno de realização, de barulho, e que a luta para comer é viva e vibrante, e que a impaciência parece cheia de amor, e que fazer o jantar é cuidar de quem amo, e penso que casamento e filhos é a melhor ideia do mundo, que ser sozinho ou eternamente adolescente não é para mim, que a minha família me define como mulher e como ser humano e que sou mil vezes mais brilhante, criativa e única agora que os tenho ao meu lado, a encher o meu dia de substância e de assuntos novos.

Tenho tantos de uns como de outros. Estranhamente, não fico triste por não ter muito mais dias dos segundos do que dos primeiros. Não preciso de estar sempre eufórica para ser feliz.

Enfim, isto tudo para dizer a minha frase preferida de todos os tempos, a mais importante e a que mais uso para tudo, é a minha Maizena das frases boas.

"Tudo é uma questão de leitura".

terça-feira, 15 de junho de 2010

O que gostamos em Londres e o que não gostamos parte I

Gostamos:

- O cosmopolitismo (cliché dos clichés). Muito fixe ver rastas ao lado de árabes ao lado de africanos de roupas berrantes ao lado de punks ao lado de mulheres de sari, e todas as suas crianças coloridas. Arrisco-me a dizer que o que mais gostamos de Londres é mesmo ficar a olhar essa gente toda nos bairros, a levar a sua vidinha para a frente em mosaico com todo mundo.

- O chamarem-me "dear" , "love", "gorgeous" e outras coisas, o que me faz sentir-me em Fortaleza, em que todo mundo é "amô".

- As casinhas estreitíssimas, minúsculas por fora, com portinhas pititis, com um aproveitamento de espaço fabuloso lá dentro. O isolamento das casas também. Mas é melhor não começar a falar do frio que se rapa em Portugal porque se não me irrito e imigro.

- O hábito de tirar os sapatos quando se entra em casa. Sim, não é inglês, sabemos bem, mas é lá que nós dois o experimentamos e vemos os seus resultados. Em casa de gente de meias e chinelos não entra caca, só entra pó. Para nós, que temos um ridículo chão branco que me faz querer matar o projectista, seria ouro sobre azul poder implementar a regra cá em casa, mas chegámos à conclusão de que é culturalmente inaceitável pedir isso às pessoas, pelo que aplicámos o hábito a nós mesmos, já com resultados visíveis (ou invisíveis).

- Publicidade de livros em todo o lado! Como cá não há, estamos super frágeis e queremos ler tudo, tudo, tudo. Trouxe uns quantos.

Não gostamos:

- do metro barulhento, feio, sempre em obras, sujo, caro como a potassa.
- não haver caixotes de lixo nas ruas.
- do hábito de comer nas escadas, passeios, etc.

Fim da parte I

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Amor de pai

- Vens ter connosco ao jardim?
- Não, quero pôr o jogo a gravar.
- A gravar? Porque é que não vês em directo?
- Porque é a hora que a avó do Guilherme passeia o Bolinhas.

Pois é. O Gabriel anda completamente fascinado com cães. Aliás, foi a sua primeira palavra dita na perfeição, a ligar som a conceito. Caummm. Bem longo. Caummm.

Trouxemos, pela piada, um livro enorme de cães para ele, de Londres. Mas qual piada. O gajinho PASSOU-SE. É devorar página atrás de página, qual Melissinha a ler revista de fofoca das quentes, a exclamar deliciado, maravilhado, deslumbrado, enquanto o dedinho vai apontando de animal em animal.

Cauummm. Cauummm.

Sim, de Londres falo depois. O Gabriel é mais urgente e lindo.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Para a menina bonita na montanha-russa

Que ano, este 2010 está a ser para ti. Caneco. Tive este teu 2010 em 2003. Quando olhamos para trás, nem acreditamos como é que passámos por aquilo tudo. Mas não já, só depois, sabes porquê? Porque para já, estás no meio da montanha-russa e é assim mesmo.

Somos as duas de marte e não somos de "sentir coisas", além de quero que leias isto e se fosse uma enxurrada gigantesca de parágrafos eu não teria muita hipótese.

Só queria dizer-te que, neste momento, estás lá em cima às piruetas e piruetas e não há muito a fazer cá de baixo além de olhar para cima, à espera, vendo a coisa a abrandar de vez em quando para voltar a acelerar logo a seguir. E lá vai ela mais uma vez... lá vai ela... não dá para subir para uma montanha-russa em movimento. Cada qual tem a sua vez.

Mas sabes uma coisa? Um dia, o carrinho chega cá abaixo e pára. Lembras-te da sensação maluca? Pois é. Quando o carrinho parar, vou a correr ter contigo para te ajudar a sair e ganhares o teu equilíbrio de volta. O Hugo e o Gabriel vão estar comigo. Todos os nossos amigos também. Não te prometo que vá ser bom, mas prometo uma coisa: vai ser devagarinho e não vais tropeçar.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Quem é que te mandou ter um?!

De vez em quando há certas expressões que me deixam fora de mim e a interrogar-me como é possível alguém de bom senso usá-las sem perceber que está a fazer figura, vá, de parvo.
O meu mais recente ódio de estimação é o “pois é bebé!” Digam-me lá se é possível fazer alguma ligação coerente entre esta frase pateta e o que a origina, um espanto ou desconhecimento. Não há! É uma parvoíce.
Detesto tanto a expressão que, se fosse um homem solteiro e estivesse num jantar romântico, o uso do “pois é bebé” faria com que abandonasse a mesa sem pagar a conta, mesmo que a senhora sentada à minha frente fosse a Diana Chaves. Se bem que a associação bebé e Diana Chaves não fosse de todo despropositada.
Mas se calhar estou a ser injusto, é porque sempre que vem a palavra bebé à baila a minha alma fica sempre a vaguear por imagens de comida no chão, bolachas empapadas em saliva, fraldas sujas, choros nocturnos e casa toda, mas mesmo toda desarrumada.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Uns dias fora e uns dias fora

Volto a escrever coisas profundas e inteligentes lá para o dia 22, quando volto ao mundo dos vivos! A ver se entretanto o Hugo vem cá dizer coisas.

(Daqui a dois dias partimos para o nosso primeiro fim-de-semana longo sem o bebé. Tenho o coração apertadinho. Uma parte de mim grita: leva-o, leva-o! enquanto a outra diz: vocês merecem um descanso. Está a custar muito. Raça do puto resolveu quadruplicar o seu quociente de fofura nos dias que antecedem a nossa partida.)

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Curtíssima sobre uma coisa puxa a outra

Quando uma coisa corre mal no meu dia, não tenho a menor hipótese de o resto das coisas desse dia correrem menos mal. Sou daquelas que fica elocubrando, elocubrando, sem sair do mesmo sítio. É um defeito recente, este - antes tinha mais forças para virar o jogo. Agora é simplesmente fácil de mais achar que... isso, que NÃO SOU CAPAZ.
Vale para tudo na minha vida: a relação com o meu marido e filho, saúde, trabalho, a alimentação, que é o papão da minha vida, organização doméstica, outro papão da minha vida.

É tão triste. Queria que os dias bons tivessem o poder de contagiar uma semana inteira.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Parabéns, dona Melânia

Hoje o detalhe que lembrei foi o das "pernas de caranguejo" - que era como ela dizia que tinha de ir à depilação (os caranguejos do mangue têm uns pêlos muito grossos nas patas, a metáfora é excelente.)

A minha mãe faria hoje 56 anos, uma mocinha.


Há uns minutos, num blog qualquer, a Lya Luft voltou a fazer-me chorar baba e ranho. Não, a minha mãe não era como a Lya, as suas qualidades eram outras, mas eu, pelo menos, quero ser esta mãe:

Que a nossa vida, meus filhos, tecida de encontros e desencontros, como a de todo mundo, tenha por baixo um rio de águas generosas, um entendimento acima das palavras e um afeto além dos gestos – algo que só pode nascer entre nós. Que quando eu me aproxime, meu filho, você não se encolha nem um milímetro com medo de voltar a ser menino, você que já é um homem. Que quando eu a olhe, minha filha, você não se sinta criticada ou avaliada, mas simplesmente adorada, como desde o primeiro instante.
Que, quando se lembrarem de sua infância, não recordem os dias difíceis (vocês nem sabiam), o trabalho cansativo, o casamento numa pequena ou grande crise, os nervos à flor da pele – aqueles dias em que, até hoje arrependida, dei um palmada que ainda agora dói em mim, ou disse uma palavra injusta. Lembrem-se dos deliciosos momentos em família, das risadas, das histórias na hora de dormir. Que pensando em sua adolescência não recordem minhas distrações, minhas imperfeições e impropriedades, mas as caminhadas pela praia, o sorvete na esquina, a lição de casa na mesa de jantar, a sensação de aconchego, sentados na sala cada um com sua ocupação.

Que quando precisarem de mim, meus filhos, vocês nunca hesitem em chamar: mãe! Seja para prender um botão de camisa, ficar com uma criança, segurar a mão, tentar fazer baixar a febre, socorrer com qualquer tipo de recurso, ou apenas escutar alguma queixa ou preocupação. Não é preciso constrangerem-se de ser filhos querendo mãe, só porque vocês também já estão grisalhos, ou com filhos crescidos, com suas alegrias e dores, como eu tenho e tive as minhas. Que, independendo da hora e do lugar, a gente se sinta bem pensando no outro.
Lya Luft

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Sociedade de Apreciação Audiovisual Luluzinhas Cinéfilas (Mas Menino Também Entra)

1. Intuito:

A Sociedade de Apreciação Audiovisual Luluzinhas Cinéfilas (Mas Menino Também Entra), doravante designada por SAALCMTE tem como objectivo a reunião semanal de mulheres (mas menino também entra) para apreciar produtos audiovisuais cinematográficos, vulgo filmes. As suas sócias são as Luluzinhas Cinéfilas, doravante designadas por LC.

2. Frequências e horários:

A SAALCMTE terá reuniões semanais, às quartas-feiras para ver a sessão das 21h (mais coisa menos coisa), nos cinemas Zon Lusomundo Cascaisshopping ou Oeirasparque. A razão do dia, hora e locais são as seguintes: a quarta-feira é o meio da semana, quando as LC já estão cansadas de aturar chefes e filhos ou chefes ou filhos ou eventualmente um marido chatinho e precisam de forças para aguentar o resto da semana; às 21h (mais coisa menos coisa) dá-lhes tempo jantar com a família, e os cinemas Zon Lusomundo têm sempre algum tipo de desconto, para que esta Sociedade não pese no bolso de ninguém. Os sítios foram escolhidos em virtude da área de residência da Presidente, Secretária Geral, Tesoureira e - para já - único membro da SAALCMTE.
Se o número de sócias lisboetas (mas menino também entra) justificar, poder-se-ão organizar sessões mensais na capital, à mesma hora (neste caso, nas Amoreiras, que é perto da A5, facilitando a vida da Presidente, Secretária Geral, Tesoureira e - para já - único membro da SAALCMTE.)

3. Regulamento:

.A SAALCMTE é uma democracia: os filmes serão escolhidos em conjunto, sem drama. Filmes estúpidos podem e devem ser visualizados. Filmes com gajos bons podem e devem ser visualizados.

.É permitido chorar durante a sessão: é permitido gozar com quem chora durante a sessão.

. Menino também entra.

. Pipocas são permitidas, embora desaconselhadas pelo índice calórico, e a Presidente, Secretária Geral, Tesoureira e - para já - único membro da SAALCMTE está constantemente em dieta e cede facilmente a tentações.

. Os filmes serão decididos no próprio dia, via email ou, quando o número de sócias se justificar, através de blog fechado.

4. Início das actividades

A Presidente, Secretária Geral, Tesoureira e - para já - único membro da SAALCMTE começará as actividades da SAALCMTE hoje mesmo, no OeirasParque.

Atenciosamente,

Melissinha
Presidente, Secretária Geral, Tesoureira e - para já - único membro da SAALCMTE

terça-feira, 1 de junho de 2010

Criar novas tradições (curtinha sobre)

Das maravilhas da maternidade: fazer as coisas à nossa maneira, corrigindo o que achamos mal na nossa própria criação, copiando o que achamos bem, inventado qualquer coisa que falta, espiando como as amigas fazem. Criar um filho é como... é como cozinhar.

(Sim, eu DISSE isso.)

Hoje é dia da criança e instituo aqui a primeira tradição Lyra de Carvalho: não haverá presentes neste lar neste dia, mas sim, o Gabriel - e quem mais vier - poderá escolher um passeio com os pais à escolha, para o próprio dia, se der, ou para o sábado seguinte. Totalmente à escolha, sem restrições, com 100% da nossa dedicação.

Como ele ainda não fala, o de hoje vou adivinhar: chafurdar na areia da praia e molhar o pezinho na espuma do mar. Eu morro de gastura da areia, faz-me uma impressão descomunal e sinto-me apalpada por milhares de seres microscópicos ao mesmo tempo, mas aí está: sem restrições. E nos seus AWAWAWAWAWAWA tenho a certezinha de que está sempre a pedir para ir para a praia.