segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O ano que acabou.

Fui deixar o Gabriel à porta da escola no primeiro dia do segundo ano, entrei no carro e chorei. Chorei porque quando fui deixá-lo no primeiro dia do primeiro ano a minha vida estava uma absoluta merda. Tinha saído de um projeto maluco, com quase cem quilos e a hidropsia coclear no comecinho, a fazer das suas nos meus ouvidos. 

Estava mal, man. Mal, mas mesmo mal. E ainda ia piorar antes de melhorar. Valdoxan, sedoxil e mais umas coisas entraram no dia a dia. Deixei de fazer coisas. Foi horrível.

Mas... no fundo do meu poço há uma mola. Houve sempre.

Fast forward para quinta-feira passada, eis-me num projeto bem mais calmo, com gente criativa e de bem, cercada de amigos queridos, quase 35 quilos a menos, criativa em várias frentes. 

E isto, ontem:

Não estava à espera. Por N motivos que não posso escrever aqui (mas que certamente me lembrarei ao ler isto no futuro). 

No fundo do meu poço há uma mola. E tenho sempre de agradecer a quem me tenta lá enfiar, porque acaba por me acordar para coisas boas. E assim foi, mais uma vez.

Feliz ano novo, Melissa.







5 comentários:

sal disse...

Feliz Ano Novo!

(Gosto muito dessa ideia da mola no fundo do poço. Acredito que também existe uma no fundo do meu. Tem de existir)

Mariana disse...

Feliz ano novo, querida Melissa :)

Susana Neves disse...

Feliz ano; excelente partilha e conclusão. Há anos utilizei uma imagem semelhante (no caso uma piscina) e é bem verdade. Às vezes é preciso bater com os pés no fundo, para reganhar impulso.
Tudo de bom.

Susana Neves

Amigo Imaginário disse...

Não tenho qualquer dúvida de que, às vezes, é mesmo preciso descer muito baixo para poder renascer. São segundas oportunidades que a vida nos dá. Feliz renascimento, amiga!

Ana. disse...

A tua mola ainda te vai levar para sítios espantosos, vais ver! (A outra senhora já dizia, no século passado: The only way is up!)

Feliz Ano Novo e Parabéns!
<3