sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Curtíssima sobre educação coerente (à minha maneira)

Se a minha cabeça me diz que errei, assumo o erro. Volto atrás. retiro o não ou o sim.

Ah, mas eles têm de aprender que não é não porque a vida dá muitos nãos. E temos de ser consistentes.

Pois, mas aí discordo. Na minha experiência, a vida raramente é preto no branco, e mais raramente ainda são as suas voltas definitivas (passe o paradoxo). Para mim, a vida é muito mais como uns pais relutantes, a aprenderem pelo caminho, do que uma governanta suíça. E a única consistência que me faz falta é a que ele tenha a certeza de que estou sempre com os interesses dele em mente, mesmo nas mudanças de direção.

O resto é sambinha.

11 comentários:

Carla R. disse...

Mas olha que gosto muito da coerência entre o que esperamos dos filhos e o que lhes damos. Se virmos bem as coisas, é mais incoerente não admitir erros e depois andar a insistir com os filhos que peçam desculpa.

Melissa disse...

Não quero que ele cresça a pensar que somos infalíveis. Pode ser incrivelmente confuso no futuro.

Carla R. disse...

E, convenhemos, é uma mentira de perna curta. (Não vamos falar agora aqui do Pai Natal, por favor. Seria desconversar de uma forma abusiva e deselegante).

Melissa disse...

haahahah somos abstémios do Pai Natal. Se ele não fala, nós não falamos. E ele não fala.

Naná disse...

Creio que saber reconhecer um erro é uma das coisas mais importantes na educação dos filhos. Se queremos que eles saibam reconhecer os seus erros à medida que crescem, a melhor forma de aprenderem é pelo exemplo que os pais lhes dão...

Ana C. disse...

Aí até à pré adolescência seremos sempre infalíveis aos olhos deles, mesmo quando estapafurdiamente falíveis e isso tem tanto de encantador, como de assustador. Mesmo quando lhe admitas um erro, ele achará isso encantador :)

gralha disse...

Uma coisa é consistência outra é inflexibilidade. Tal como uma coisa é determinação e outra teimosia. Consistentemente, assumo os meus erros e espero que eles façam o mesmo.

Não me falem do Pai Natal porque não sei o que hei de fazer este ano ao mais velho, com os colegas da escola a darem com a língua nos dentes...

dona da mota disse...

O que retenho deste post é que a vida não é, de todo, preto no branco.

O meu problema com o pai Natal é que os meus sobrinhos já não caem nessa de brincar ao Carnaval no Natal.

Melissa disse...

Aqui o Pai Natal segue sendo irrelevante. Desde que apareça a Disney Infinity no Natal, estamos bem.

No ano passado, um amigo que passa cá as consoadas achou estranho não termos Pai Natal, então lá contou a esparrela da lareira ao Gabriel, que o Pai Natal se metia por ali etc etc. Resultado: PAVOR. Tivemos de JURAR que o Pai Natal estava sem tempo naquela noite.

Melissa disse...

E não se enganem: eles querem é a prenda :)

Amigo Imaginário disse...

Eu acho que se pode ser consistente na inconsistência. Se eu mostrar que sou sempre consistente com a minha consciência, com o questionamento constante sobre se estarei a agir bem (mesmo que isso me obrigue a mudar de direcção), eles perceberão que há um certo fio condutor que não muda. Espero eu... :)