terça-feira, 26 de novembro de 2013

Um dia é assim, o outro é como hoje

Se há dias em que me sinto a última coca-cola no deserto, a mulher dos mil afazeres interessantes e desafiadores, uma pessoa que teve a sorte a encontrar o talento a meio do caminho e fazerem com que tudo corresse sobre rodas...

... Há outros como hoje, em que não sou carne nem peixe, não sou boa nem na profissão A nem na B, em vez de ter duas Melissas completas numa só, não, tenho duas metades mal-amanhadas, sendo medíocre em cada uma delas, sem ter tempo (nem força) para me dedicar a ser realmente boa em nada, nem na A, nem na B, e já agora, porque falamos em crise, juntemos-lhe o mãe, o esposa, o irmã e o filha.

É como se tudo estivesse desastrosamente incompleto, como se vivesse em eternos ensaios do que gostaria de ser, na verdade.

Dias de merda. Dias de merda.


Mamãe adorava esta canção, julgo que era a sua preferida. Adoraria saber o que ela me diria num dia de merda.

6 comentários:

Naná disse...

Eu costumo dizer que esses dias são aqueles em que me sinto um "entrouxo"... neura, muita neura!

Venham os outros, bons! Em que és a última coca-cola do deserto ;)

Ginguba disse...

Melissa, vai ler aquele teu post sobre os aeroportos ( só para dar o exemplo mais recente) Vai, vai!
Tu és a última coca cola do deserto, Mulher!
Abraço grande. Amanhã é outro dia!

gralha disse...

Os meus são quase todos assim. Se ao menos acreditasse no poder dos workshops do "ame-se, você é maravilhosa!"...

Melissa disse...

Vocês são lindas <3 A sério.

Cá entre nós, acordei com uma branca monumental, depois de um dia de branca monumental ontem. Trabalho com prazos apertados, não me posso dar ao luxo de brancas. E as brancas trazem toda uma torrente de pensamentos de caca. Mas já passou, graças a Deus. Ainda não me sinto a última coca-cola do deserto, mas já me sinto um calippo na costa da Caparica.

Gralha, eu sou daquelas que "acredita no poder dos workshops". Aliás, sempre que entro em pânico como estes das brancas, lembro-me de uma frase da minha tia: se algo de bom chegou até ti, é porque mereces. É o meu feitiço do bem.

(Mandei-te um mail.)

gralha disse...

Não acredito no poder dos workshops mas vingo-me rodeando-me de pessoas luminosas como tu :)

Ana. disse...

Mel, todos nós temos metades, terços mal amanhados, pedaços de nós indefinidos e insuficientes. Mas o teu conjunto, a soma desses pedaços todos, não é nem de longe nem de perto medíocre. Muito pelo contrário. E se voltas a dizer isso da minha irmã de coração, vou-te às trombas!
Xô, mau astral!