domingo, 19 de julho de 2015

Também por isto

Consigo passar 20 minutos num crescendo de empolgação a falar como eles eram incríveis e tinham cerca de quatro partes diferentes numa só canção, tudo tão brilhante e bom e sem medo de ser feliz, e não têm só dois álbuns bons, para mim têm mesmo todos, não te lembras de Innuendo? Música enorme, não a oiço há 20 anos. 

Ele está habituado aos meus rabujos monotemáticos de uma hora, vai dizendo que sim, pontua, não conversa, não discorda, não dá corda, deixa-me falar e falar à vontade.

E depois mais tarde estamos em casa, depois de um dia intenso de calor, a aquecer o jantar e a chamá-lo 50 vezes até ouvir um já vou, tão longe de tudo que é épico e brilhante, e de repente o motivo do já vou, meteu-me Innuendo no Spotify, e sim, cliché dos clichés, ergui o pulso fechado no ar com a boca cheia de esparguete, yeah, we'll keep on trying.


1 comentário:

Mafalda disse...

adoro, amo, venero os Queen. Minha banda de eleição de todo o sempre e motivo de desgosto por nunca a poder ver ao vivo. Tinha 11 anos quando ele morreu e ouvi o albúm Innuendo, em vinil, vezes e vezes sem conta. Os meus pais têm a discografia completa, algo que sempre me encheu o peito de orgulho. Posso não ter nada, mas os discos de vinil dos Queen do meu pai serão sempre o meu maior tesouro e legado para a vida.