quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Vassalagem ao tempo

Porque às vezes, como já disse, não resta nada além de ficar parada a torcer por nós mesmos, sem perder a fé, e reconhecer que não dá para acelerar os dias, o ritmo das coisas, algo muito acima de nós e da nossa compreensão, e ainda mais da nossa intervenção.

Controlar a ansiedade. Viver o presente. Ver as cores de hoje. Sentir as sensações de hoje, humildemente, sem perguntar o que vem a seguir, porque o Tempo, senhor de nariz empinado, não diz.

Não hiperventilar.

5 comentários:

Miguel disse...

É engraçado, o Tempo. Eu, que também espero, já aprendi que não vale a pena apressar o tempo! Porque o tempo que temos à nossa frente é demasiado pesado para empurrar enquanto que o tempo que está para trás parece tão leve que, por vezes nem sequer damos conta que ele já passou!

Ana C. disse...

"Tempo...
E não haver nada,
Ninguém,
Uma Alma penada
Que estrangule a ampulheta de uma vez"

Ginguba disse...

Melissa queria dizer-te que, a mim que muitas vezes estou absolutamente sem fé, estas tuas palavras soaram-me a oração!
"Controlar a ansiedade. Viver o presente. Ver as cores de hoje. Sentir as sensações de hoje, humildemente, sem perguntar o que vem a seguir.
Não hiperventilar- Amém"

Beijo
( Já te disse que gosto muito de ti?)

Melissa disse...

Obrigada, Ginguba :) Assim, sim. Queria dizer que pratico o que escrevo, mas não.

É horrível dar-se conta da superioridade impune do tempo. É quase criminosa.

manue disse...

ai estava a precisar de ler uma coisa assim,ando super ansiosa sem razão