Nada de flores (a coisa mais inútil do mundo, nas palavras dela), chocolates (não gostava, como o meu filho) ou postais (é mais ou menos como as flores). O que a minha mãe gostava mesmo era de uma boa passeata num shopping cheio de lojas baratas. A prenda? 50 eur para desbundar em cacarecos mais inúteis do que flores.
A minha mãe esteve por cá até aos meus 27 anos e aos 17 do Fernando. Não sei o que o meu irmão tem dela, porque o Fernando é todo amor e compaixão e muitos beijinhos, como o meu pai. Eu sou a esquisita dos dois: pouco táctil, nada carinhosa (a não ser com o meu filho e marido), muito poupada e determinada em quase tudo. Sou resiliente e criativa na maioria das situações. E isso, devo-lhe claramente a ela.
Adoraria vê-la como avó.
É tão injusto, ninguém devia morrer aos 50 anos.
* campanha do Boticário deste ano.
3 comentários:
O dia da mãe, agora também é teu. Tu também hás de passar muita, ou pouca, coisa ao Gabriel.
As datas são o que quisermos fazer delas, mas não podem servir para nos aprisionar e impedir de celebrar.
Parabéns pelo dia da Mãe, sua grande mãe :)
Este ano não me deu para a celebração. Não deu mesmo. Mas acredita que aceitar isto foi muito bom, noutros tempos eu enfiada tudo para dentro e punha um sorriso.
Mas obrigadinha, sua mãe de dois.
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