- Se a Internet só me tivesse dado algumas das pessoas que me deu já teria valido a pena o tempo que cá passo.
- Mas sim, deu-me muito mais: a totalidade do meu trabalho dos últimos três anos começou por networking virtual. Quase tudo muito bom. Fora as coisas que se aprendem.
- Também adoro os ódios de estimação virtuais.
- Adoro simplicidade, odeio simplismo. Mas é que odeio mesmo. Simplismo é burrice e cegueira ao mesmo tempo. "Ah, o problema é X? Duh, faz Y". Tá bem.
- Continuo com coisas a mais dentro de mim para o meu tamanho, e não sou pequena. Sou baixa, mas não sou pequena.
- Cada vez mais gosto de cuidar da casa. Não é nada visível para quem cá vem, porque ainda é um chiqueirinho de brinquedos e merda debaixo dos sofás, mas gosto cada vez mais, o que é melhor do que gostar cada vez menos.
- A Tatas disse-me que o senhor do Adeus do Saldanha morreu, e fiquei mesmo triste. Espero que apareça outro para continuar aquele trabalho que, por acaso, até acho bastante útil.
- Cozinho cada vez melhor, diz o Hugo.
- Tenho-me lembrado de coisas horríveis da minha infância, de quando a minha mãe trabalhava numa creche pública e estavam sempre a morrer bebés de fome, de pneumonia, disto ou daquilo. Tá bem, Portugal não está nada de jeito neste momento, mas falta muito para ser um país de terceiro mundo. Vocês não sabem o que é um país de terceiro mundo.
- Qualquer dia conto a mini-história de um desses bebés, já que é muito, mesmo muito provável que ninguém se lembre dele além de mim (e da mãe, se ainda for viva), e quando mais ninguém se lembra de uma pessoa, ela deixa de existir.
- Também me tenho lembrado de coisas maravilhosas que não podem deixar de existir, por isso, tenho de retomar o meu blog de infância.
5 comentários:
Chorei e amei :)
Choraste de quê, Marineide? :D
Bolas que está mesmo bom.
Ficou-me aquela do "gosto de simplicidade. odeio simplismo".
Quando me falam de histórias tristes com bebés eu choro :(
Tens um blogue de infância? Ou tinhas?
E concordo com o 1, logo. Pena não poder passar cá mais tempo, ou de não poder, por enquanto, estender o "cá" mais para todo o lado.
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