Hemingway é o meu escritor preferido, o que não deixa de ser cliché para uma mulher Carneiro.
Não, não é o meu contista preferido, é mesmo o meu escritor preferido. Não me vou pôr com disparates e fazer aqui um elogio, sairia sempre uma coisinha medíocre, além de não dizer nada de novo - o indefectível Harold Bloom explica timtim por timtim o que eu sinto em How to Read and Why, (há em português em qualquer biblioteca e vale muito a pena). Digo só, rapidamente, que adoro a economia, adoro as frases curtas, a absoluta limpeza do texto, a dignidade e sensibilidade masculinas, o sexo, a bebida. Falei da economia? Um génio, para mim, diz mais com menos. Tira tudo que não é David da pedra. E deixa-me completar o que não está dito.
É por isso que Os Assassinos tem, para mim, a escrita perfeita.
(Ou será o crístico caso de Francis Macomber? Ou o velhote solitário que procura um café bem iluminado que ofereça uma pausa da escuridão? Ou o regresso do jovem que nunca será como antes, ou será o menino que quer ser toureiro e aquilo tudo acabou muito mal. Sinto uma empatia enorme por todos os homens de Hemingway).
4 comentários:
Vais ter de explicar essa do Hemingway e das mulheres Carneiro. É que eu não sou grande apreciadora, torço mais pela trupe do Faulkner. Mas continua a rubrica, por favor, estou a gostar.
Somos de marte!
Há mais posts desta rubrica, todos de autores americanos. Claro, como não uso etiquetas, é um jogo do gato e rato...
Tá aqui o primeiro: http://demeldemelao.blogspot.com/2009/12/e-literatura-camarada-parte-i.html
Os outros estão logo a seguir!
Tenha eu tempo em breve para aproveitar estas sugestões! :)
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