Feministas (homens e mulheres) que gostem de contos, leiam In Love and Trouble. Ia escrever aqui sobre um conto específico desta pequena maravilha de livrinho, a propósito de uma conversa curta e boa que tive com uma amiga há bocado, mas não o encontrei em lado nenhum - chama-se Her Sweet Jerome, e é sobre uma mulher que descobre que a rival que tanto teme não é outra mulher, mas sim uma causa, algo muito mais difícil de fazer frente, e, de facto, não há frente a fazer.
Da mesma maneira que amo os homens fortes a cheirar a cavalo de Hemingway, adoro as mulheres completas de Alice Walker e Toni Morrison. Sei que a intenção de ambas é falar das negras americanas, mas, caramba, falam de todas. Não há mocinhas nem vilãs, são todas tão imperfeitas quanto qualquer uma de nós. E é tão clássico, tão intemporal... de tal forma que quando li Sula - um livro do qual já falei aqui e que não consigo MESMO entender porque não está traduzido (a autora é um Nobel) - não tinha mais de 20 anos e nem sonhava com casamentos nem filhos, mas uma passagem me fez fechar o livro, emocionada, e parar um pouco de ler, respeitando a dor daquela mulher que perdera o marido para as circunstâncias da vida. Graças a Deus que não foi só a mim que provocou isso, porque, ao procurar uma frase-chave na net, encontrei várias ocorrências.
E é assim:
Could he be gone if his tie is still here? He will remember it and come back and then she would... uh. Then she could... tell him. Sit down quietly and tell him. "But Jude," she would say, you knew me. All those days and years, Jude, you knew me. My ways and my hands and how my stomach folded and how we tried to get Mickey to nurse and how about that time when the landlord said... but you said... and I cried, Jude. You knew me and had listened to the things I said in the night, and heard me in the bathroom and laughed at my raggedy girdle and I laughed because I knew you too, Jude. So how could you leave me when you knew me?"
E é maravilhoso. :)
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