Quando o meu filho acorda aos berros no meio da noite (é raro), apavorado com qualquer coisa, vou lá buscá-lo e trago-o para a nossa cama, onde ele adormece colado a mim ou ao pai. Não tento acalmá-lo lá no sítio dele, porque foi coisa que nunca resultou comigo: quando tinha pesadelos, e tinha muitos, o coração acelerava, as imagens ruins chegavam e a coisa só melhorava com o calor dos meus pais.
Trazê-lo para junto de nós é o que sinto que está certo, embora os reis do achismo pediátrico digam que é errado (e não duvido, devem ter as suas razões).
Confesso que me sinto perdida em muita coisa ainda, em encontrar o equilíbrio entre o que nós esperamos dele e o que ele está, de facto, preparado para fazer. Nessas situações, tento mesmo ouvir os meus sentimentos. Criar um filho é - passo a redundância - um processo criativo. Há que haver método, sim, mas muita alma, muita imaginação, muita observação e troca de energia.
Nisto, a minha coerência é total: como em tudo o resto da minha vida, a educação do Gabriel é muito mais orgânica do que estruturada.
(Isto se já tiver, de facto, começado).
4 comentários:
Então não é que é exactamente isto?
Boa.
Um filho educa-se até aos 4, 5 anos. Já começou, acredita.
ia fazer like ao comentário da ana ahahahah
Na sua auto-educação, andamos radiantes nesta casa: o menino já come connosco, enfiando comida por todos os buracos da cara, mas come. Sem bonecos.
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