O lado bom de não ter férias pagas, nem subsídios de ordem alguma, segurança social deficiente e - o pior de tudo - não saber de onde vem o salário daqui a três meses é poder acordar o filho às tantas, estar com ele HORAS no ron-ron-ron de manhã, ir buscá-lo a horas decentes e ir ao parque ou à praia todo santo dia em que não chove.
Todos os dias, no parque ou na praia, olho para o Hugo enquanto o Gabriel chafurda na areia ou no meio dos patos e digo: esta vida é um luxo.
Outros luxos: tomar pequeno-almoço com a Tatas, beber café com as tradutoras durante a semana... Dinheiro e estabilidade não há mesmo, e noites preocupadas abundam. Mas ser-se dono do próprio tempo não tem preço. Especialmente quando a instituição onde o marido trabalha institui horário flexível e o dito passa a sair às 17. Um luxo. Tempo é luxo.
6 comentários:
Um verdadeiro luxo!
:D
É verdade, é muito bom mesmo. A maior liberdade é a de dispormos do nosso tempo.
Pergunto-me - e pergunto-me mesmo - qual seria a nossa resposta se nos fosse oferecido um mega-emprego com um supersalário, mas tendo de vender a alma.
Juro pelos santos que não sei se aceitaríamos (nem um, nem outro).
abdicar da alma = abdicar das noites e fins-de-semana, por exemplo.
Andas a falhar nos cafés com as tradutoras...
Mas tomei pequeno-almoço com a Tatas!
Enviar um comentário