quarta-feira, 19 de março de 2014

Sorte no trabalho, azar na peruíce.

Faço duas coisas que adoro, mas escrever para televisão é a minha preferida. Imaginem que têm um sonho qualquer, ou contam um caso qualquer da vida a um amigo e têm a oportunidade de ver o que sai da vossa cabeça materializado. Nada mais fixe neste mundo, posso garantir-vos. A tradução tem o desafio, o pensamento calmo, a pesquisa. O guionismo é uma montanha-russa. Caneco, que tenho sorte nisso.

Adoro batons, sempre adorei. No entanto, tenho vergonha de usar, por algum motivo idiota. De qualquer forma, comprei um que se chama "barely there" e faz jus ao nome. Mas aí passo o diabo do batom e falta qualquer coisa, então passo o BB cream. Como não estou habituada ao BB cream, logo a seguir à aplicação esfrego as mãos nas calças de ganga e na camisola. Tudo bem, eu sou habituada a nódoas, não me incomodam por aí além, mas caramba, ESTOU DE BATOM. Mudo tudo. E então acho que o barely there está mesmo barely there, então toca a pôr lápis nos olhos, por cima, claro, porque acordei diva. O lápis é daqueles baratinhos da Sephora e, quando chego ao carro, reparo que tenho um risco por cima da pálpebra, porque o lápis passou todo. Tenho um lápis melhorzito na mala, não sei porquê, então retoco com o dito cujo. Claro que não acerto a linha desta vez, seria demasiada sorte, então faço umas três ou quatro até ficarem mais ou menos da mesma espessura. Claro que, entretanto, tendo bebido café, beijado o filho e essas coisas todas, o barely there estava mais para not there, mas aí já me tinha passado tudo. É terrível ter laivos de perua e ser desajeitada ao mesmo tempo.
Sou a penúltima.



4 comentários:

Naná disse...

Adoro a tua honestidade :)

Melissa disse...

E não falei do coçar os olhos.

gralha disse...

Ahahahahah. É uma trabalheira, a peruíce. Eu sofro do síntrome bochechas de palhaço.

Melissa disse...

Ai, ainda não me deu para as bochechas.