É pequena, feia, cheia de deformidades causadas pelo exercício da dança. "Parece um macaco", disseram os críticos da época. No entanto, é altiva, orgulhosa, segura, ocupa o seu espaço de nariz para cima. Ora, ali está uma
menina tortinha que sabe o que quer.
Tive de disfarçar as lágrimas que me vieram aos olhos quando me vi diante dela. Fiquei com um gigantesco nó na garganta, não sei bem porquê. "A soft spot for broken things", à Tyrion Lannister, ou só respeito e admiração pela segurança e altivez daquela coisinha pequenina e torta, e linda, linda, linda, apesar de torta e partida.
Mas isto já é analisar, e acho que uma das minhas não-resoluções de ano novo era deixar-me simplesmente sentir as ondas que aparecem por aqui.
2 comentários:
Fazia-me bem aprender umas coisas com essa bailarina (e depois ainda dizem que é com a idade que vem a sabedoria).
É incrível como encontramos emoção nas coisas mais inesperadas!
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