Os sonhos são uma componente importante dos nossos sonos. Há os bons, os maus, os parvos e aqueles que não nos conseguimos lembrar. Há quem diga que são a cores, outros a preto e branco, que duram 5 minutos, 10 ou uma hora. Existem os teóricos que arranjam significados para tudo e mais alguma coisa e, se formos a uma qualquer livraria, teremos centenas de livros sobre o tema à nossa disposição.
Pergunto quantos de nós não têm ou tiveram a terrível experiência de serem acordados mesmo no meio dum sonho, precisamente naquele momento em que começamos a retirar todo o prazer duma fantasia criada pelo nosso cérebro? Na minha adolescência, estas interrupções ocorriam-me imensos nos idílios mais eróticos. Quando estava tudo preparado para consumar o acto, eis que algum som me acordava, ou era uma panela que escorregava das mãos da minha mãe, ou era um condutor que buzinava irritado com o palhaço que estava estacionado em segunda fila, ou era a vizinha de cima deixava cair com estrondo a sua enigmática esfera de ferro que rebolava com alarido pelo soalho. Esta conjugação infeliz de momentos mundanos deixava-me mesmo pior que estragado e era o suficiente para ficar logo com o dia arruinado. Reparem, nunca tivera muito sucesso com as mulheres e, se não fossem esses pequenos e oportunos instantes, o sexo feminino com todo o seu esplendor físico continuava a ser um mistério complicado de desvendar.
Com a chegada do Gabriel, sonhar uma ilusão completa, do princípio ao fim, está fora de questão. Agora, nem a metade tenho direito. OK, podemos dizer que os filhos fazem-nos sonhar acordados, que são sonhos tornados realidade, bla, bla,bla,bla,bla,bla. Tudo bem, até admito a lamechice, mas agora eu queria era um sonhito daqueles que se tem a dormir, de cabeça na almofada. Mas nada. Mal pego no sono profundo e se começa a desvendar aquilo que promete ser uma desfocada imagem dum devaneio cerebral, eis que o Sr Gabriel se lembra de acordar e fazer pública a sua alvorada.
Neste momento, se os meus sonhos fossem uma sessão de cinema, diria que me ficava pelo aviso para os espectadores desligarem os telemóveis.
Pergunto quantos de nós não têm ou tiveram a terrível experiência de serem acordados mesmo no meio dum sonho, precisamente naquele momento em que começamos a retirar todo o prazer duma fantasia criada pelo nosso cérebro? Na minha adolescência, estas interrupções ocorriam-me imensos nos idílios mais eróticos. Quando estava tudo preparado para consumar o acto, eis que algum som me acordava, ou era uma panela que escorregava das mãos da minha mãe, ou era um condutor que buzinava irritado com o palhaço que estava estacionado em segunda fila, ou era a vizinha de cima deixava cair com estrondo a sua enigmática esfera de ferro que rebolava com alarido pelo soalho. Esta conjugação infeliz de momentos mundanos deixava-me mesmo pior que estragado e era o suficiente para ficar logo com o dia arruinado. Reparem, nunca tivera muito sucesso com as mulheres e, se não fossem esses pequenos e oportunos instantes, o sexo feminino com todo o seu esplendor físico continuava a ser um mistério complicado de desvendar.
Com a chegada do Gabriel, sonhar uma ilusão completa, do princípio ao fim, está fora de questão. Agora, nem a metade tenho direito. OK, podemos dizer que os filhos fazem-nos sonhar acordados, que são sonhos tornados realidade, bla, bla,bla,bla,bla,bla. Tudo bem, até admito a lamechice, mas agora eu queria era um sonhito daqueles que se tem a dormir, de cabeça na almofada. Mas nada. Mal pego no sono profundo e se começa a desvendar aquilo que promete ser uma desfocada imagem dum devaneio cerebral, eis que o Sr Gabriel se lembra de acordar e fazer pública a sua alvorada.
Neste momento, se os meus sonhos fossem uma sessão de cinema, diria que me ficava pelo aviso para os espectadores desligarem os telemóveis.
1 comentário:
..por aqui também se sonha pouco, meus queridos, mas no lugar de uma criança fofa e beijucosa tenho um gerador industrial que não pára para recuperar folego.. :1
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