Em noite de Óscares, pensei que, se há uns anos já houvesse dez filmes nomeados em vez de seis, o fabuloso Ratatui teria estado na lista. Para mim, põe o Toy Story 3 no bolso. Aliás, foi o meu filme preferido do seu ano. Que Paris tão linda, e tanto respeito pela comida. Amo, mesmo.
Além do Remy a invocar os aromas dos cozinhados de olhos fechados, uma cena que morará para sempre no meu coração é a da viagem instantânea no tempo feita pelo crítico Ego à primeira garfada de ratattouille. Quem viu, não se esquece: o homem é remetido da sua pomposidade actual para a meninice, que era quando comia a tal mistelada de legumes.
Hoje tive um momento assim, enquanto o Hugo montava o triciclo novo do Gabriel: no momento em que vi o brinquedo de pernas para o ar, com a roda e pedais para cima, PUMF PA ZUUUUUNG, Melissa em 1980, sentada na sua motoca de cabeça para baixo, girando os pedais com as mãos, brincando de "fazer pipoca".
"Fazer pipoca"? Ora, sim. Os pipoqueiros do Brasil têm uma espécie de manivela que sai para fora do carrinho, com a qual vão girando o milho enquanto este explode, exalando aquele cheirinho bom - girar os pedais era bastante parecido. As pipocas estavam, supostamente, dentro da roda preta.
Foi um momento tão bom. Partilhei com o Hugo, que disse um humfp, pois estava há horas a montar o triciclo e queria era despachar-se.
Tudo bem, a viagem já fora feita, e já tinha sido muito boa.
Para completar, acabei de fazer umas pipocas à antiga para mim, no tacho, mesmo.
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