sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Coisas boas que o O. me traz


Leituras deliciosas sobre as disputas entre médicos e parteiras no fim do século XIX, quando o parto se transformou num processo cirúrgico. É tudo muito giro, isto.


"Sobretudo nenhum apego (...) contem com a natureza mais do que com vocês. Mais do que
operar, rezem um terço (...) Continuidade, lentidão, atenção, apalpação mesmo, eis as
recomendações a serem sempre seguidas antes de fazer uso da força" - Antoine Dubois, parteiro da maternidade Port-Royal de Paris até 1825. Os cirurgiões (parteiros) não tinham o menor interesse que as mulheres usassem instrumentos - não por acharem o parto natural melhor, mas por consideraram os fórceps e ventosas seus e só seus. Claro que as parteiras ignoravam esses conselhos olimpicamente e faziam o que tinham a fazer. 

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