Os melhores dez segundos finais de um filme, para mim, são os do maravilhoso, quase tão inteligente quanto copiado
. Caramba, ali o ??? de costas, virado contra a parede, na mesma posição das crianças... Ficámos, eu e os meus amigos, ali colados na cadeira, em silêncio, no Cine São Luiz. (Fomos os únicos, na verdade. O resto do público foi abandonando a sala aos poucos. Quem diria que os mockumentaries de terror estariam para se tornar, num futuro médio, a coqueluche dos blockbusters). Mas adiante: saí da Bruxa de Blair estarrecida com aqueles dez segundos finais, e permaneci assim estarrecida até hoje, quando fomos ver o muito, muito bom
ao Corte Inglês. O filme vale muito a pena, tem dois atores muito jovens com uma química incrível e realização impecável, sem muita vaidade, que nos faz reparar no que importa verdadeiramente no filme. Mas o final, finalzinho, mesmo, não é bom nem muito bom: é genial, é delicioso, é grande, é suficiente no seu, vá, meio segundo, 20 frames. Basta aquilo para resolver o filme todo e fazer-nos ficar de respiração suspensa. Depois, ecrã negro. E eu para o Hugo: não acredito. Não acredito na perfeição deste final. Tu viste a perfeição deste final? TU VISTE BEM A PERFEIÇÃO DESTE FINAL???
Acho que falei da perfeição daqueles 20 frames durante todo o jantar. Adoraria pôr tudo aqui, mas vocês não viram e não ia ter piada.
Isto para dizer: vejam.
(Ah, e não tem puto a ver com a Bruxa de Blair: "Irmã" é um filme de coming-of-age, que é como quem diz "amadurecimento", mas não exatamente, em estrangeiro).
1 comentário:
Eu odiei o Bruxa de Blair! Ainda hoje lhe guardo uma tremenda raiva... pela maneira como foi feito...
Quanto ao outro, desconheço.
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