Claro que amo o meu bebé, claro que a minha vida está mais rica de tudo - preocupações inclusive, mas mais rica em várias outras nuances também. Ter um filho era tudo o que eu queria há muitos anos.
Então porque me sinto assim de vez em quando? Olho para a casa que está caótica, o meu corpo está caótico, o nosso leito conjugal está caótico. Passo uma noite a chorar sem consolo nenhum. Onde é que está o leme disto, pelo amor de Deus, onde o esconderam?
12 comentários:
não sei o que te dizer a não ser o clássico "give it time".
Também me senti um pouco, como dizer, enganada, frustrada, por ninguém falar das dificuldades, do desespero, da tristeza até. Mas olha se quiseres números no meu caso foram cerca de nove / dez meses e tudo melhorou. Será que somos umas urbano-depressivas ou há mesmo gente para quem tudo é fácil e cor de rosa?
força!:)
babylues.
baby-lua!
nove/dez meses é muito tempo, isto tem de passar JÁ.
Olá,
Peço desculpa por "cuscar" o teu blog, mas o assunto chamou-me à atenção.
O teu filhote só tem dois meses, tens que dar tempo ao tempo. Quando o meu filho nasceu, andei de rastos, até dizia: "porquê que quis ter um filho?". É verdade, parece que a nossa vida dá um passo atrás, ficamos dependentes, não é fácil, isso não. Tens que te distrair, vai passear com ele, sai de casa, fala com pessoas..vais ver, ficas melhor...Não sei se o teu filho já faz as noites inteiras, o meu a partir dos 2 meses passou a dormir a noite toda, depois aos 4 meses já tens as papas, aos 6 as sopas..Hoje tenho um bébé de 20 meses, já come sozinho, já anda, já tem as suas caretas engraçadas..(só falta as fraldas..)..e aí dás valor àquilo que é ser mãe..
Só com o tempo é que dás valor ao bébé que tens..e claro com muita paciência e calma..
Não podes ficar em baixo, tens um filho que pede muito amor e muito carinho..
Vá, força..
Bjs
Cat
Não gosto muito do papel de dar conselhos, sobretudo a quem não conheço. Mas gosto tanto do seu blog e acho-a tão rica, luminosa, divertida e boa onda, que vou deixar aqui algumas palavras sobre a minha experiência. O meu filho mais velho tem 3 anos acabados de fazer (a mais nova 7 meses). Os primeiros meses após o nascimento do meu filho foram...horríveis. Não dormia e conseguia chorar 2 horas seguidas, sem consolo possível. Eu fiquei num tal estado de alerta que, mesmo quando ele dormia, eu ficava acordadíssima. Estive 2 meses em casa da minha mãe e, apesar de toda a ajuda, estava cansadíssima e sentia-me extremamente incompetente (logo eu que sempre quis ser mãe...). Quando voltei a minha casa, as coisas começaram a melhorar progressivamente, mas eu só fiquei totalmente bem quando comecei a trabalhar, no fim da licença de 5 meses. Olho agora para as fotografias daqueles meses e apercebo-me que aproveitei muito pouco (e mal) os primeiros meses do meu filho, uma vez que estava demasiado centrada no cansaço, na falta de sono, no medo e nas coisas que corriam mal (apercebo-me também que, afinal, nada correu verdadeiramente mal. Os bebés são assim, chatos, chorões e programados para nos arriliar!). Com a minha filha, tem sido completamente diferente: gozo cada minuto e raramente me sinto cansada ou deprimida. De qualquer modo, acho que, pelo menos para mim, não seria possível viver de outra forma a minha primeira experiência de mãe. Conclusão: passa... e venha daí rapidamente o segundo filho!
costumo escrever apenas sobre as coisas boas, mas ser mãe recém separada de três bebés nao é fácil. e quem fala apenas nas coisas boas está a mentir, a ocultar, a esquecer-me do resto. Também detestei o sentir-me limitada, as alterações do corpo, as diferenças da minha vida em geral. Mas sobrevivi. Com algumas dificuldades, mas sou a prova viva de que tudo se arranja. Com carinho, amor e uma boa dose de organização.
Beijinhos
E dizem que as mulheres são mazinhas umas para as outras. As (poucas) vezes que caí nesta minha casinha fui super bem amparada por todas vocês. Obrigada por partilharem as vossas histórias comigo, elas sempre me dão alento e força para mais um dia.
Maria, obrigada pelos elogios! Assim tudo fica mais fácil!
Foi a Manue que disse uma vez que nós fantasiamos muito a maternidade e esperamos um bebé de cinema, daqueles que estão sempre ou a rir ou a dormir, desde o primeiro momento. O que estou a ver é que os primeiros tempos, mesmo que de muito amor, é muito mais de ajustes à nova realidade, nós a ele, ele a tudo. Não é fácil e não dá para embarcar de olhos fechados.
Consolo-me ao ver as minhas amigas com filhos maiorzinhos a curtirem doidamente as suas crias. Isso dá-me esperança. Porque amo muito os homens desta casa e eles merecem o melhor de mim, e não a histeria hormonal com que têm apanhado.
Voltem sempre, viu? Vou passando pelos vossos cantinhos também.
Eu entendo-te na perfeição. Não agora que essa tempestade já passou. Mas ainda me lembro quando dava por mim a perguntar: Para onde raio é que foi a minha vida? Ainda agora estava aqui e agora perdeu-se algures entre o berreiro, a cama virada do avesso, a cozinha sempre cheia de biberons, a cabeça sempre a pensar na maternidade.
Mas acredita que vai chegar a altura em que a tua rota e a dele vão andar lado a lado em quase sintonia.
A palavra rotina tem sido a minha boia de salvação. Dá uma rotina aos putos desde cedo. Digam o que te disserem esta é a chave do sucesso. Ah Ah como se houvesse chaves para o sucesso...
não pude deixar de comentar neste post. Estou muito em baixo nesta altura. Mesmo. Já estive muito bem. Mesmo. Agora estou assim. parece que o mundo todo vai cair... e na realidade está tudo perfeito... Se parar para pensar: "está tudo bem". Mas tenho passado por muitos ciclos. Tenho visto alterada a minha vida muitas vezes em muito pouco tempo... tenho feito tudo sozinha... tenho resistido ao mau tempo e ao sol intenso. Tenho altos e baixos... Tudo desde que tive o Gui. Como disse a Ana C. e eu concordo inteiramente, sabendo que não há uma chave para o sucesso, a luz ao fundo do tunel está na tal rotina... quando me apercebi disso já tinham passado 5 meses e meio e todo esse tempo com sessões de fisioterapia diárias a horas desencontradas... e a minha vida a desmoronar (nessa altura). Agora, olhando para trás, tal como disse a Maria, percebo que afinal nem custo assim tanto... mas na altura, tal como nesta fase, valha-me Deus... ufa.
Deixo-te um beijo, muita força e ânimo... porque daqui a uns meses vais andar feliz da vida a ajudar o príncipe a dar os primeiros passinhos... e por aí em diante.
beijosssssssssss
Olá Melissa.
Como te entendo!!! Se tens seguido o meu blog, deves ter lido o que escrevi em "mudança de 180º". Fico mais aliviada por ver que afinal é "normal" esse turbilhão de sentimentos que nos assola subitamente. Tal como tu, tb não tive uma mãe ao meu lado (nem o marido!) para me ajudar nos primeiros tempo, por isso olho para trás e vejo os 2 primeiros meses como uma miragem e não os desejo voltar a viver!!! Penso que o pior são mesmo esses 2 meses, vais ver que daqui para a frente ele vai desenvolver muito mais e vai se habituando às rotinas, como já referiram aqui a importância das rotinas.Com o Afonso foi isso que aconteceu, posso dizer que houve uma grande mudança a partir dos 2 meses. Agora vem aí o tempo quente, sai com ele, não te preocupes, só lhes faz bem! Para nós é que é pior, ficamos com as costas todas rebentadas do "...poem ovo, tira ovo..."
Fazes muito bem em desabafar, assim, nós tb acabamos por desabafar, assim aconteceu comigo, daí ter escrito este testamento, mas é tão reconfortante poder falar do que sentimos com pessoas que nos entendem.
Olha agora comigo vem aí a pior parte, está tanto calor que não posso sair com o Afonso para a rua, mas já ando aqui a magicar estratégias para não enloquecer :)
Beijinhos grandes.
P.S. Sim, os nossos filhotes têm semelhanças e claro são LINDOS ;)
ora bem, deve ser tudo menos fácil e eu para lá caminho!!!!!!! Já me apetece gritar por socorro!!!!!
É bom ver que todas vocês falam sem medo sobre as coisas menos boas (e as más) da maternidade.
Parece óbvio que a coisa é difícil independentemente da idade, estado civil, de ser citadina ou não... nunca deve ter sido fácil mas ninguém gosta de falar sobre isso.
Dizem que no final só nos lembramos das coisas boas e é a isso que temos que nos agarrar nos momentos de desespero (se nos conseguirmos lembrar de tal coisa, claro!!!).
Sempre tomamos café no sábado? Já tenho espaço no armário para as compritas e tudo!!!!
Tudo de bom
cm
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