quarta-feira, 1 de julho de 2009

Ainda sobre o post anterior

Presença. Presença, estar lá por nós. Às vezes a intervenção nem é precisa, só a presença já nos dá o que precisamos.

O meu pai ficou connosco desde a minha 30a semana até o Gabriel completar um mês. Ele não sabe trocar uma fralda e, com todo o respeito, só dizia disparates no que tocava a recém-nascidos. Mas estava aqui no quarto ao lado, para eu poder virar filha quando a coisa apertava. Não tinha de fazer nada para me ajudar além de ser ele próprio e de estar ali.

É a falta da presença dela, para um telefonema estúpido que seja, que me lixa. Nem um marido estupendo como o meu colmata a ausência de uma mãe.

Mas pronto, vou voltar ao meu eu normaleco que falar disto já começa a custar.

3 comentários:

Ana C. disse...

O saber que existe a possibilidade mãe, como uma reserva sempre disponível. Eu percebi.
Ontem via a minha querida Oprah e falavam dois pais que faziam o luto do filho e como tinha sido complicado aprenderem que não podiam meter nada para dentro, que tinham que exteriorizar muito até aprender a interiorizar...
O teu pai é cinco estrelas :)

sofia disse...

Come te entendo...
Só troca a mãe pelo pai
E ainda um destes dias chorava agarrada à minha filha por esse sentimento mas ligado ao meu pai...
Beijo grande

Rainha disse...

A morte não acaba apenas com aquele que morre mas com todos aqueles que sentem a sua falta. Entendo a falta de um pai mas penso que a falta da mãe será ainda pior...
Um abraço