Nope. Ainda me restaram alguns neurónios da última gravidez para não pensar nisso como plano pelos próximos "alguns" anos, no mínimo.
Mas ontem à noite ocorreu-me um pensamentinho. Se a minha sogra tivesse irmãos, teria tido com quem dividir a longuíssima doença da sua mãe, que consumiu 10 anos de vida a ambas.
E Deus sabe o que é que eu faria sem o alucinado do meu irmão, que me tem ajudado imenso com o Gabriel, superando toda e qualquer expectativa.
Isto para dizer que a nossa perspectiva - minha e do Hugo - tem sido muito limitada, assim como a da maioria dos pais, que têm um maninho para o outro "ter com quem brincar". Ora bem, isso é o de MENOS. Fui filha única até muito tarde e nunca me faltaram putos com quem brincar. Nos inevitáveis momentos em que não tinha mesmo remédio se não brincar sozinha, comecei a escrever histórias, ou seja, devo a minha parte mais divertida ao facto de ter sido filha única.
Mas não é só de infância que vive um ser humano, e não é na infância, fase em que estamos cobertos de amor e protecção, que "precisamos" de irmãos. Acho que é justamente quando a infância acaba. Por mais histéricos, excessivamente sinceros, distantes, enlouquecidos ou sabe-se lá mais o quê, salvo as excepções que confirmam a regra, um irmão FICA.
(Lembrei-me também da doença da minha mãe, em que todo o seu enorme clã se transformou dum minuto para o outro em autênticas mães para ela. Os irmãos têm este condão.)
Também tive um pensamentinho nº 2, mas este fica para amanhã.
(Nota: este post sobre irmãos existe porque o meu próprio irmão chegou cá às seis da manhã, provavelmente com os copos, tentando não acordar ninguém mas acordando todo mundo. Quando ele acordar, eu o esgano.)
5 comentários:
eu sou filha única e tenho um enorme desgosto por assim o ser. Para meu grande azar, o meu marido também é filho único. Carregamos os dois a mesma cruz. E por mais incrível ainda que pareça, tanto os meus pais como os dele têm carrrrrraaaadddddaaaaaasssss de irmãos e irmãs e por isso, temos imensos tios, primos e afins. E eu adoro quando nos juntamos todos e a mesa é a confusão que se vê e toda a gente grita e barafusta e é muito expansiva. Mas depois, por outro lado, como sou filha única, não me importo nada por estar sozinha, lido muito bem com isso, aliás, preciso de verdadeiros momentos de reclusão, do meu 'eu' e apesar de adorar estar rodeada de gente, também preciso do meu canto privado.
mas adoraria ter irmãos, muito provavelmente, para passar a vida a discutir com eles! lol
Nem mais. Um irmão é para uma vida inteira, não há relação igual.
As brincadeiras são o que menos importa.
Também há relações entre irmãos muito conflituosas e com pouquissíma cumplicidade, mas quando as coisas resultam penso que não há nada mais sincero e cúmplice do que a amizade de irmão...
Vá, não comecem com isso...
Gosto muito do Gabriel e já dá trabalho de sobra. O que acontece é que não sei se teria forças para voltar a passar por tudo outra vez.
Gosto da ideia de poder passar uma noite deitado no sofá sem ter de acordar de 3 ou 4 em 4 horas.
Hugo eu demorei quase 4 anos a ganhar outra vez coragem e foi preciso MUITA PRESSÃO do meu husband que tem memória curta ;)
Não tenham pressa.
Eu não tenho pressa mesmo nenhuma, até por considerar outras opções como a adopção, sempre numa idade pós-gabriélica.
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