"Hoje em dia há três alarmes internos, conforme a emergência. Se não houver gente suficiente no quartel para atender, fazemos soar a campainha externa", disse-nos a senhora do café do quartel dos Bombeiros. "E ainda vem gente?", perguntei. "Vem sim, vem muita gente".
O Gabriel entrou para natação na piscina dos Bombeiros a cerca de 50 metros da primeira casa em que vivi em Portugal. Das coisas que mais nos impressionaram no começo foi o soar da campainha a chamar os voluntários. Lembro-me de um pai entregar o filho ao colo da mãe e ir correndo para o quartel a tirar o casaco. Outros homens acorriam vindos de várias ruas, dezenas de Clark Kents a correr para a cabina telefónica. Achávamos aquilo o máximo, não havia nada de parecido no Brasil.
O Hugo partilhou comigo a memória que tinha do banco de madeira em frente à sua casa - está lá ainda - onde a rapaziada se sentava para namorar. Mal soava a campainha moscavidense e lá saía o jovem afobado para cumprir o seu dever de voluntário, deixando a moça lá especada num misto de orgulho e indignação.
A campainha calou-se para os incêndios. "Agora devem ter cá senhores a tempo inteiro", disse eu. O Hugo teimou a dizer que agora convocavam os voluntários por SMS (hahaha). Para o desempate, perguntei à senhora do balcão: A senhora é que deve poder tirar-nos aqui uma dúvida...
3 comentários:
mas toca sempre ao meio dia, é o que me lembra que tenho que almoçar : )
Aqui na minha terra toca muitas vezes mesmo. O que é mau, porque às vezes às 3 da manhã começam a tocar aquela coisa.
E há imensos voluntários, temos fanfarra e tudo, com putos pequeninos (coisinhas fofas), lol
Bjs
Sim, ao meio dia continua e espero que não pare nunca! Dá jeito para uma série de coisas.
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