- O meu filho fala cada vez melhor e, nesta nova capacidade, já se vislumbra as entoações portuguesas. Não diz "moli", como eu, mas "mol". Estala o R em "flor". E muitas outras coisinhas. Nada que não soubesse, é claro, mas enquanto ele não falava, era igual a mim, igualzinho a mim, parte de mim, bicultural, híbrido, nem-cá-nem-lá. Agora, está mais distante. Mais separado. Mais pai.
- Amanhã é o dia internacional de desmontar a árvore de Natal, ou seja, até agora, estávamos com um pé no ano passado. Amanhã é Ano Novo. Assim o sinto eu, pelo menos. Ano Novo, vida nova. Espero que, desta vez, não seja mais uma promessa (e cá estou eu a fazer futurismo mais uma vez).
Também é o dia em que a minha avó Lourdes, ruiva de olhos verdes e voz estridente, maior crocheteira e noveleira da Aldeota, faria... 88 anos. Oi, vó!
2 comentários:
Eu emigrante na dinamarca e com um filho de três anos com quem SEMPRE falei portugues dou por mim a ouvi-lo com um sotaque de estrangeiro em toda e qualquer palavra de portugues que ele diz. Näo diz o äo, fala mesmo à bife... Facadinhas no meu coracäo de mamä dedicada :D
É pô-lo a ouvir música brasileira até à exaustão :D
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