Quando o meu irmão era bebé, vivíamos num apartamento que dava para uma linha do comboio. Sempre que ele ouvia o som do dito cujo a chegar, ficava em alerta, agarrava em qualquer coisa que lhe servisse de veículo e lá ia ele empurrando tudo pela frente, até chegar à janela, subia no veículo e ficava maravilhado olhando o comboio, repetindo, baixinho:
- "Tem". "Tem".
Vivemos agora num apartamento que dá para um jardim onde as pessoas passeiam os cães. Sempre que ouve algum sinal de que há cão no jardim, o meu bebé agarra em qualquer coisa que sirva de veículo ou vai a gatinhar, empurrando tudo pela frente até chegar à janela, apoiando-se nela e olhando maravilhado para o cão, repetindo, baixinho:
- "Ca". "Ca".
6 comentários:
aqui também moramos perto de uma linha de trem e elas falam "tem", mas não dá para ver na janela. O que temos é um gato do vizinho que vem chamá-las para brincar, e a Bia chorando "aauuuuuuuuuu" com cara de muito dó e um bico espalhado, imitando o gato, será uma das coisas mais fofas por toda a eternidade.
Adoro a capacidade de se maravilharem com o mundo. Como é que prolongo isso ao máximo, hein? Deve ser impossível.
Por outro lado, tanto eu quanto o tio, e pai também, somos grandes contempladores e eu, principalmente, maravilho-me com pouco - vide o post sobre limões e abóboras.
:)
:)
E com formigas?...
A minha é capaz de "correr" maravilhada atrás delas!
Têm força de vontade, os homens da família :)
Quem sai aos seus não degenera :-)
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