Em Dias de Fortaleza, eu acordou e leio O Povo, e vejo uma notícia de uma médica que comprava votos para o irmão candidato a vereador com consultas gratuitas aos eleitores, e bate uma tristeza fininha, uma tristeza que me diz que nunca mais volto a morar lá, por motivos como este.
E depois vejo vídeos de quadrilhas juninas com canções que conheço desde sempre, cheia de cores garridas e vestidos extravagantes que põem as marchas de Alfama e do raio que o parta a um canto, e aí é quando bate Fortaleza, porque Fortaleza para mim tem textura, tem temperatura, tem gosto e sensação: é maresia colada à bochecha o tempo todo, 32 graus com uma brisa boa a soprar, gosto de caldo de carne durante a semana e caranguejo no sábado e domingo, e um soninho permanente, soninho de depois do almoço de arroz e feijão.
E sim, os dias de Fortaleza às vezes começam com uma canção, um nome, a saudade de alguém, duas goiabas bonitas.
1 comentário:
Até eu estou com vontade de ir já para lá, só pela tua descrição.
Bjinhos
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