O meu irmão na cama do hospital um dia depois do acidente, irreconhecível. Segurei-lhe na mão e pedi-lhe para por favor, por favor, por favor, por favor, meu amor, meu bebé, se me ouves, aperta-me a mão. Por favor, por favor, por favor.
E um dedo roçou muito de leve a minha mão direita, no espaço entre o indicador e o maior de todos, aquela bochechinha com calos de condução. Um raspão de nada. E juro pelo que me é mais sagrado que me lembro exactamente da sensação.
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